Posts

A certificação florestal é um atestado de que os produtos florestais foram obtidos por meio de práticas sustentáveis, sem a geração de passivos indesejáveis, ou seja, de impactos negativos do ponto de vista econômico, ambiental ou social. Se você quer investir no plantio de madeiras nobres, a certificação é um passo importante para garantir o sucesso do seu empreendimento. Neste artigo, vamos explicar o porquê, e o que você precisa fazer para obtê-la.

Primeiramente, vale ressaltar que a certificação florestal é uma forma de reconhecer e valorizar produtores e empreendedores que buscam um desenvolvimento sustentável e garantir aos compradores e consumidores finais que eles não estão admitindo passivos em suas aquisições.

Fazer a certificação florestal é um investimento que pode parecer alto. No entanto, no mercado global, ela já é uma exigência frequente. A tendência é que o mercado do mogno africano no Brasil siga esse padrão. Logo, certificar o plantio deixa de ser um diferencial e passa a ser considerada, na prática, um item obrigatório para muitos compradores.

Mas as vantagens de fazer a certificação são muitas. As normas podem parecer muito extensas e elaboradas, mas a verdade é que a maioria dos pequenos produtores já cumpre grande parte do que é exigido antes mesmo de buscar a certificação.

Confira a lista de vantagens a seguir e entenda como seu investimento será recompensado:

A certificação oferece auxílio na gestão do negócio florestal!

As normas da certificação funcionam como um guia de boas práticas que você pode seguir para gerir seu empreendimento e aumentar as chances de sucesso.

Você garante que seu produto final não terá prejudicado o meio ambiente.

A certificação garante a conservação dos recursos naturais e a ausência do desmatamento. Produzir madeiras nobres de forma sustentável já é uma grande vantagem por si só, mas essa é também uma garantia de que seu produto final vai agradar o mercado: a preocupação ambiental é uma tendência e as pessoas evitam, cada vez mais, consumir produtos que prejudicam o planeta. 

A certificação te estimula a manter indicadores de performance, fazer um monitoramento frequente da fazenda e executar planos de ações mais apropriados ao negócio.

O investimento na certificação pode funcionar como um estímulo para que você e toda a sua equipe mantenham boas práticas de gestão durante todo o processo de plantio, cultivo, desbaste e venda do mogno africano.

Seus produtos florestais terão um valor mais alto no mercado.

Tecnicamente, não existe nenhuma norma na certificação florestal que indique a cobrança de preços mais altos no produto final. No entanto, produtos certificados têm preços melhores, uma vez que a sustentabilidade agrega valor para o consumidor, inclusive para o mogno jovem.

>> Perspectivas de mercado para o mogno jovem: descubra como essa madeira pode ser utilizada aqui!

Além disso, o preço final da madeira considera o custo na produção. Na prática, produtos certificados têm mais valor, já que o custo de produção da madeira certificada é maior.

Você terá produtos competitivos para exportação e mais chances de fidelizar clientes

O mercado estrangeiro exige rastreabilidade total e ausência de passivos de produtos florestais. Logo, a certificação florestal é uma forma de tornar seus produtos aptos para a exportação. Assim você também promove a fidelização dos compradores, que ficarão satisfeitos com a qualidade do produto adquirido da sua fazenda.

Quais os tipos de certificação florestal no Brasil?

Existem diversos sistemas de certificações ou selos que oferecem garantias diferentes. Vamos falar aqui sobre os dois sistemas disponíveis mais relevantes no mercado e que têm boa aceitação mundial: o Forest Stewardship Council (FSC); e o Programme for the Endorsement of Forest Certification Schemes (PEFC) – Certificação Florestal (CERFLOR).

Essas certificações exigem performances semelhantes, mas funcionam de formas diferentes. O brasileiro CERFLOR é reconhecido pelo internacional PEFC, que o permite identificar seus produtos como tal. A certificação é de responsabilidade do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e os processos são conduzidos pela Coordenação Geral de Acreditação (CGCRE) do Inmetro, que atua como o orgão de acreditação.

O Sistema FSC assume a liderança no mercado por garantir a participação equitativa de todos os seus associados nas tomadas de decisões. Ele também tem um conjunto de normas mais robusto. O FSC credencia e autoriza seus certificadores a conduzirem processos de certificação. Suas exigências incluem:

  • questões fundiárias (legalidade do terreno);
  • respeito ao direito dos trabalhadores;
  • respeito aos direito das comunidades tradicionais do entorno do plantio;
  • uso múltiplo da floresta;
  • redução de impactos ambientais;
  • plano sustentável de manejo e gestão do plantio e melhores práticas operacionais;
  • realização de monitoramentos operacionais e socioambientais;
  • conservação de atributos de alto valor da fauna e flora local.

Ficou com dúvidas sobre qual selo escolher? Acompanhe o passo a passo para obter a certificação e descubra como optar pela melhor alternativa para o seu investimento!

Como obter a certificação em 4 passos

1) Defina o escopo da certificação, ou seja, a abrangência.

Você precisa ter clareza se irá certificar somente uma parte ou toda sua produção, seja florestal ou de processamento dos produtos.

2) Defina o arranjo da certificação: você vai passar pelo processo de forma individual ou em cooperação com outros empreendedores com negócios semelhantes?

Deixamos aqui nossa dica para pequenos produtores: optar pela certificação em grupo pode baratear o processo, uma vez que a cooperativa pode dividir os custos de prestadores de serviço e consultores. Os envolvidos também podem compartilhar e trocar conhecimentos, orientações e oportunidades, e se apresentarem, juntos, como um fornecedor mais competitivo no mercado.

3) O próximo passo é diagnosticar seu nível de cumprimento da certificação.

Aqui, é feita uma avaliação dos seus métodos de produção para verificar quais procedimentos exigidos pelos sistemas a sua fazenda já cumpre.

Neste momento, pode ser interessante contratar uma consultoria e avaliar as diferentes exigências dos sistemas de certificação. Assim, você descobre para qual selo sua produção está mais apta.

Mas este não deve ser o único fator por trás da escolha do selo. Lembre-se de considerar também a aceitação no mercado e a conformidade com os seus objetivos de venda no futuro.

4) Agora é hora de escolher um certificador.

É importante que você analise perfis, propostas e cotações de cada um dos certificadores e alinhe, com o profissional escolhido, todo o cronograma de prazos de cumprimento das exigências.

Florestas sustentáveis são indispensáveis para um desenvolvimento saudável e o progresso da sociedade como um todo. O mercado de madeiras nobres, assim como o meio ambiente, só tem a ganhar quando negócios florestais passam a ser promotores de impactos socioambientais positivos. Invista nessa ideia! Nós, do Viveiro Origem, queremos ser o seu parceiro nesse empreendimento. As melhores mudas de mogno africano estão aqui!

Se você está interessado em investir no plantio de madeiras nobres, pode ser que já tenha se perguntado se é necessário obter uma autorização prévia para cultivar as árvores exóticas, como o mogno africano, no Brasil.

 

O Novo Código Florestal (Lei Federal nº 12.651/2012), que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa, já havia estabelecido que não, esse tipo de plantio não depende de autorização. No entanto, é obrigatório que a atividade seja informada aos órgãos competentes:

 

Art. 35, § 1º: “O plantio ou o reflorestamento com espécies florestais nativas independem de autorização prévia, desde que observadas as limitações e condições previstas nesta Lei, devendo ser informados ao órgão competente, no prazo de até 1 (um) ano, para fins de controle de origem.”

 

Desde o estabelecimento dessa lei, em 2012, não haviam sido, ainda, disponibilizados os formulários para o cadastro de plantios em Minas Gerais. As diretrizes só foram estabelecidas, recentemente, em fevereiro de 2020, pela Portaria 28 do Instituto Estadual de Florestas (IEF) de Minas Gerais

 

Veja a portaria completa aqui.

Entenda qual o procedimento estabelecido pela Portaria


Ficou definido pelo IEF que todos os plantadores de mogno africano (ou de outras espécies exóticas) de Minas Gerais devem cadastrar seus plantios nos seguintes prazos: 

  • Novos plantios a partir da publicação da portaria: Deverão ser cadastrados em até um ano após sua implantação.
  • Plantios anteriores à portaria: Deverão ser cadastrados até a data da colheita.

 

Para fazer o cadastro junto ao IEF, é necessário preencher formulários para cada uma das propriedades rurais. Nestes documentos, devem ser detalhados os dados de cada talhão, em planilha e em arquivo em formato shapefile. Esse cadastro é um passo importante para o mapeamento dos plantios existentes em Minas Gerais. 

A colheita precisa de autorização ou declaração ao IEF?

 

Uma vez que o plantio florestal está cadastrado e declarado ao IEF, conforme explicamos acima, não será necessária nenhuma autorização prévia ou declaração para a colheita futura da floresta. Porém, é necessário fazer a Comunicação de Colheita, para o recolhimento da Taxa Florestal devida. 

 

Agora que você já sabe que não precisa de autorização para cultivar o mogno africano, que tal começar a investir? É possível faturar mais de R$300 mil com um hectare. No Viveiro Origem, você encontra mudas da melhor qualidade e profissionais capacitados para oferecer as orientações básicas para o plantio. Saiba mais sobre o nosso viveiro!