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Já ouviu aquele ditado “O olho do dono é que engorda o gado”? Então, ele faz todo sentido quando falamos do desenvolvimento saudável de uma floresta de mogno-africano. 

Quando o plantio da espécie já está estabelecido, temos que monitorá-lo para ver se as decisões tomadas durante o planejamento foram adequadas, bem como identificar o que é necessário corrigir para obter melhores resultados.

Uma das formas mais efetivas de se fazer o monitoramento do desenvolvimento da floresta é por meio de inventários anuais. Com os dados levantados, o produtor pode quantificar e qualificar sua floresta, além de projetar qual será o seu resultado.

Como cada povoamento tem suas próprias características, não existe uma fórmula única para fazer os desbastes e intervenções para manter sua floresta saudável. Cada produtor terá que encontrar as medidas que mais se adequam ao seu negócio. 

Contudo, existem alguns aspectos chaves para os quais todos os silvicultores de mogno-africano devem ficar atentos, caso queiram obter sucesso no investimento. Confira!

DAP

O Diâmetro à Altura do Peito (DAP) é uma das variáveis mais importantes medidas em um inventário florestal. Ele afere um dos parâmetros que irão indicar se a sua floresta está ganhando volume, ou seja, se não está estagnada. 

Existem vários instrumentos para se medir o DAP de uma árvore, mas o instrumento mais prático e acessível para se medir o DAP é a fita métrica. Mede-se, na verdade, o CAP – Circunferência à Altura do Peito. 

Depois, é feito um cálculo convertendo esse valor para diâmetro. A fórmula utilizada para se achar o DAP de uma árvore é a seguinte:

Ou seja, medida a circunferência à altura do peito, divide-se este valor por = 3,141592para se encontrar o diâmetro da árvore analisada. Veja na imagem abaixo a sinalização do CAP e do DAP:

Fonte: KLOCK (2008) – adaptado. KLOCK, U. ENGENHARIA INDUSTRIAL DA MADEIRA-AT062: medição de madeira. Curitiba: UFPFR, 2008.

Segundo a Embrapa, por questões de ergonomia e praticidade, a medição do diâmetro da árvore é padronizada em uma altura de 1,30 m do nível do solo, como mostra a imagem a seguir:

Fonte: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO

Se a floresta não estiver ganhando volume, será preciso fazer intervenções, como desbastes para diminuir a competição entre as árvores ou a adubação complementar, por exemplo.

Altura 

Outra variável importante é a altura do fuste da árvore. Esse dado também é importante para determinar o volume de madeira da floresta.

A altura de fuste ou comercial, é medida desde a base da árvore até o ponto mais elevado próximo da copa. Com essa informação é possível ver o quanto de madeira a sua floresta terá para comercializar. 

Se a sua floresta gerar árvores com copas baixas, por exemplo, o fuste será pequeno e terá menor valor comercial.

Na imagem abaixo, você pode ver o exemplo de um inventário que mostra a evolução do DAP e a altura de fuste da floresta de mogno-africano da Fazenda Atlântica, em Pirapora (MG), com uma comparação entre mudas de origem seminal e clonal (feitas por estaquia): 

Formato dos troncos

O que se busca em um plantio comercial destinado à exploração da madeira é a obtenção de fustes retos e com qualidade, para se obter um bom aproveitamento nas serrarias. Portanto, não adianta ter volume se não tiver um bom padrão de madeira. Fustes tortuosos, bifurcados, com doenças e deformações podem comprometer todo o trabalho feito. Veja na imagem abaixo os diferentes formatos de troncos:

Fonte: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO

Enquanto não se tem para o mogno as cultivares (clones registrados) com uma maior uniformidade nos plantios, os fatores que podem influenciar no formato dos fustes da floresta são os seguintes: 

  • Espaçamento entre as árvores. Sugerimos de 400 a 550 árvores iniciais por hectare para atingir de 100 a 200 unidades no final do ciclo.
  • Desbastes periódicos para redução do número de indivíduos por hectare (reduzindo a competição entre as árvores e preservando os melhores indivíduos).
  • Controle da adubação e água. O excesso pode gerar um crescimento acelerado sem qualidade que pode deixar a planta sem estrutura e suscetível à tombamentos ou tortuosidade.
  • Análise da necessidade de barreiras físicas para quebrar o vento (com eucalipto, por exemplo).

Baixa incidência de pragas

A floresta precisa ser sempre monitorada para não ser acometida por pragas e doenças. É importante observar se estão surgindo formigas, abelhas ou outros insetos na área do plantio, bem como, verificar a coloração das folhas e dos troncos, para ter certeza que não há a presença de fungos ou outros patógenos. 

É extremamente relevante, durante esse monitoramento, documentar a quantidade de árvores que foram atacadas por pragas ou doenças e registrar essa porcentagem no inventário. São essas informações que permitirão traçar medidas corretivas e/ou preventivas para minimizar os impactos na floresta. 

Vale ainda observar a necessidade frequente de  combater a mato-competição. Já existem estudos científicos comprovando o impacto negativo do mato no desenvolvimento do mogno.

Como fazer o monitoramento da floresta?

O ideal é contratar um técnico capacitado, que possa visitar a área periodicamente para elaborar inventários e avaliar as condições gerais da floresta. Estas visitas têm como objetivo identificar os pontos a serem melhorados e, assim, propor as intervenções necessárias para manter o plantio em desenvolvimento com o máximo de qualidade.

Caso o produtor não consiga investir em um técnico no momento, a ação mais recomendada é ele mesmo coletar esses dados, por meio de visitas frequentes ao plantio, para fazer registros fotográficos e levantamento de dados e informações que poderão ser analisadas e discutidas posteriormente com um profissional. 

Nós, do Viveiro Origem, podemos ajudar nossos clientes a identificar a necessidade de possíveis intervenções na floresta com base nos dados coletados.

Vale ressaltar que este suporte é uma espécie de dupla checagem que dará ainda mais segurança aos nossos clientes. Nada substitui um inventário completo e uma análise técnica executada por profissionais capacitados para a função. 

Quer saber mais sobre como o Viveiro Origem pode potencializar o seu investimento em mogno-africano? Entre em contato conosco!