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Uma das grandes dúvidas dos investidores em mogno-africano é a rentabilidade que ele pode esperar da sua floresta.

A resposta para essa pergunta não é simples. Isso porque a rentabilidade dependerá de diversos fatores, como, por exemplo, o espaçamento adotado, o desenvolvimento da floresta e a destinação da madeira após o corte.

Muito se fala que a rentabilidade do mogno-africano pode chegar a R$300 mil por hectare. Mas como essa estimativa é possível?

Nós, do Viveiro Origem, fizemos uma análise aprofundada para explicar como esta projeção tão promissora para a cultura do mogno-africano pode se concretizar. Confira!

Como calcular a rentabilidade do mogno africano?

O cálculo da rentabilidade de mogno-africano envolve o custo do plantio, custos de manutenção e manejo, custos e receitas esperadas com o (s) desbaste (s) e corte final, além da classificação da madeira produzida nos cortes. 

Em relação ao plantio, muitas variáveis devem ser consideradas, como qualidade das mudas, irrigação e manejo. Você pode saber tudo sobre esta etapa de planejamento neste artigo.

A depender do espaçamento adotado, os desbastes da floresta de mogno-africano poderão ocorrer, aproximadamente, aos 8 anos e 11 anos de cultivo. Já o corte final ocorrerá, normalmente, acima de 18 anos, conforme nossas projeções. 

Por fim, a classificação da madeira é feita de acordo com suas características. Na tabela, podemos constatar as características de cada uma delas:

classificacao madeira mogno africano

A classificação AA Adulto é a madeira com mais qualidade e valor no mercado.

Quando acontece o primeiro retorno da floresta de mogno?

Considerando todos os fatores mencionados acima, fizemos um estudo pesquisando os valores de cada etapa, para mostrar como é possível ter rentabilidade na floresta de mogno-africano.

O cálculo foi feito baseado em uma floresta de mogno-africano de um hectare. Nela, foram plantadas 400 mudas por hectare em um espaçamento de 5 x 5.

Espera-se que o primeiro retorno de uma floresta de mogno-africano aconteça no desbaste da floresta Em nossa projeção, este desbaste ocorrerá apenas uma vez e quando o cultivo atingir 11 anos. 

Geralmente, nesta etapa, espera-se que metade da floresta (200 árvores) tenha atingido um DAP – Diâmetro na Altura do Peito – médio de 20 cm e altura de fuste de 10 m. Espera-se, assim, retirar aproximadamente 61m3 de tora por hectare e o destino esperado para esta madeira seria o seguinte:

grafico segundo desbaste

Na tabela abaixo, você pode ver a expectativa de valores esperados no primeiro desbaste, conforme categorias de produtos e subprodutos da madeira:

tabela segundo desbaste

Repare que, neste primeiro desbaste, a expectativa de rentabilidade não é alta. Entretanto, o desbaste é um manejo necessário e essencial para serem reduzidas drasticamente o número de indivíduos da floresta e, com isto, as árvores remanescentes (máximo 200) possam se desenvolver melhor, com mais acesso à luminosidade, nutrientes e água.

Quando alcanço o lucro final com a floresta de mogno?

Espera-se que o corte final da floresta de mogno-africano seja feito com aproximadamente 18 anos. Nesse momento, o restante da floresta (os outros 50%) já teria atingido o DAP médio de 45 cm e altura de fuste de aproximadamente 13 m. Com isto, estima-se obter aproximadamente 330m3 de tora para serem tratadas e comercializadas. 

Nessa fase final, o aproveitamento da madeira se dará da seguinte forma:

grafico corte final

Os valores de cada uma dessas classificações estão na tabela abaixo:

tabela corte final

Para fazer o cálculo da rentabilidade final, você deve somar o valor do desbaste com o valor do corte final.

Dessa soma devem ser retirados todos os custos com plantio, manutenção da floresta, corte e custos para secar e serrar a madeira. Com isso, você encontra o valor do lucro estimado sem impostos.

Desse montante são subtraídos os impostos sobre a venda da madeira. Esses impostos são, em média, 15% sobre o valor do lucro bruto, mas, tenha em mente, que isso pode variar, pois dependerá da tributação incidente sobre a venda de cada Estado, além da forma de tributação adotada pelo produtor rural (pessoa física ou jurídica). 

Assim, podemos chegar a um lucro líquido estimado final. Na tabela a seguir, mostramos o quanto você lucraria se tivesse uma floresta com as características que citamos neste resumo:

receita final floresta mogno africano

Esta é uma estimativa feita com base nas premissas que adotamos acima (espaçamento, desbaste, diâmetros/alturas/volumes esperados, etc.) e, também, com base em referências de valores que já vêm sendo praticados no mercado por alguns produtores de mogno. 

A ideia, no entanto, não é exaurir o tema, mas criar referências sérias e fundamentadas que permitam ao produtor planejar e criar seu próprio plano de negócios.

O propósito do Viveiro Origem é reforçar que cada floresta de mogno-africano é única. É um investimento promissor e que, certamente, vale muito a pena. Mas o alto rendimento vem a longo prazo e depende, obviamente, de investimentos, manejos constantes e, principalmente, do olho atento do produtor, tanto na floresta quanto no mercado. 

E, mais importante, há muitas variáveis nesse cálculo, por isso, é essencial buscar empresas transparentes e éticas no mercado para lhe auxiliar em seu projeto.

Para saber mais sobre o aproveitamento da madeira, entre em contato com a equipe do Viveiro Origem!

Madeira de lei.

As árvores de Mogno Africano Khaya ivorensis foram cortadas no estado brasileiro do Pará, recentemente ao completarem dezoito anos de idade. Observamos um fuste muito bom. Diferente de outras espécies de Mogno Africano. Esse fuste mais alto é característica da espécie ivorensis. E com um cerne bem desenvolvido. Investir em Mogno de qualidade é sem dúvida promessa de retorno excelente. Em breve publicaremos o resultado final da Madeira trabalhada tanto em itens de construção civil como em movelaria. As ranhuras características do Mogno fazem toda a diferença no embelezamento da peça final.