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Cada silvicultura tem o seu próprio “dialeto”. Com o mogno-africano não é diferente. É comum, quando estamos pesquisando sobre o plantio da espécie, nos depararmos com termos como “DAP da árvore” ou “rustificação da muda” e não sabermos exatamente o que eles significam.

Se esse é um desafio para você que está começando a sua jornada no mundo do mogno-africano, este post é a solução. Separamos por fases de cultivo, os principais conceitos usados no dia a dia de quem investe em floresta de mogno para você poder consultar sempre que tiver dúvidas. Confira!

Termos de plantio

A primeira etapa do plantio do mogno-africano envolve o planejamento, escolha das mudas, adubação e outras etapas que você pode saber mais aqui. Então, durante esse período da sua pesquisa, você verá os seguintes termos:

Sobre a espécie

  • Mudas obtidas pelo processo de clonagem: são as cópias idênticas à planta de onde se retirou o material vegetal para sua produção, que é chamada de matriz.
  • Mudas seminais: são mudas provenientes de sementes da planta.
  • Khaya: é o nome científico do gênero do mogno-africano.
  • Khaya grandifoliola: conhecida como mogno-da-folha-grande, a khaya grandifoliola é uma das Khayas mais plantadas em território brasileiro, pois se adaptou muito bem ao clima e ao solo. Existem mais outras três espécies de mogno-africano e explicamos as diferenças entre cada uma delas no vídeo abaixo:
  • Raízes ativas: são as raízes novas e bastante vitalidade, na cor branca, e têm a função de absorver a água e os nutrientes do solo, permitindo o desenvolvimento da planta.
  • Raiz enovelada: a tendência das raízes do mogno-africano é de crescer para baixo, afinal, elas vão sustentar toda a árvore. Quando as mudas são cultivadas de maneira não adequada, como, por exemplo, em saquinhos por longo período, as raízes podem enrolar (ou enovelar) umas nas outras e isso prejudica o crescimento da planta. Por isso, uma muda de mogno-africano de qualidade não deve ter as raízes enoveladas.
  • Haste lignificada: é a condição que indica que a haste da muda está madura e firme para a realização do plantio. Para saber se a haste já atingiu essa firmeza, ela precisa estar mais rígida e apresentar a tonalidade marrom.

Sobre planejamento

  • Espaçamento: é a distância escolhida entre as mudas na hora do plantio. Existem vários espaçamentos sugeridos para o cultivo do mogno-africano e neste link você encontra mais detalhes sobre o assunto. 
  • Análise do solo: é uma análise feita em laboratório a partir de uma amostra do solo, que visa indicar sua composição e apontar para a necessidade de eventuais correções, conforme a cultura que se pretende implementar na área. Deve ser feita antes do plantio e sempre que necessário para novas adubações. Neste link você encontra um vídeo no qual ensinamos uma forma de fazer esta coleta de material para envio ao laboratório.
  • Irrigação: fornecimento de água suplementar para suprir a deficiência hídrica (falta de água) das regiões nas quais as mudas foram plantadas, evitando o prejuízo no funcionamento do seu metabolismo. 
  • Irrigação localizada: é a aplicação direta de água na região onde a muda foi plantada, irrigando diretamente as raízes da planta. A irrigação pode ser feita por superfície, com a técnica de gotejamento (mais utilizada e mais econômica), ou por microaspersão, simulando uma chuva e umidificando não só o solo, mas também a planta. 
  • Irrigação de salvamento: é feita com a utilização de carros pipa, mas que pode gerar custos superiores aos de uma irrigação convencional a depender do tamanho do plantio e volume de água utilizado.

Sobre adubação

  • Calagem: é uma etapa do preparo do solo que consiste na adição de calcário ou cal virgem para diminuir a acidez e fornecer nutrientes para as plantas.
  • Cova: é o espaço aberto no solo para receber o plantio da muda. No caso do mogno-africano, deve ser realizado o coveamento manual ou mecanizado a uma profundidade de no mínimo 60 cm, de modo a favorecer o melhor desenvolvimento do sistema radicular, como mostra a imagem:

Cova

  • Nutrientes: são compostos presentes no solo e que servem para nutrir a planta. Quando se faz uma análise de solo, por exemplo, um dos pontos verificados são os nutrientes presentes na terra. A boa nutrição ajuda no desenvolvimento e no sucesso do plantio. Os nutrientes são divididos em duas categorias: macronutrientes e micronutrientes.
  • Micronutrientes: são os nutrientes que asseguram o desenvolvimento saudável das plantas, mas são absorvidos por elas em menor quantidade. Exemplos de micronutrientes: zinco, ferro, manganês, boro, cloro, cobre e molibdênio. 
  • Macronutrientes: são os nutrientes principais para a saúde das plantas e são absorvidos em maior quantidade. Como macronutrientes primários temos: nitrogênio, fósforo, e potássio (famoso NPK). Além desses, são também essenciais para as plantas o cálcio, o magnésio e o enxofre, que são considerados macronutrientes secundários.

Termos de desenvolvimento da floresta

Depois do plantio, a próxima fase é acompanhar o crescimento da sua floresta. Será comum você planejar e discutir sobre os conceitos a seguir:

  • DAP: é a sigla para diâmetro à altura do peito. É uma das mais importantes variáveis que precisam ser medidas para o inventário florestal. É a medida que se refere ao estudo das dimensões das árvores, com o objetivo de determinar o volume de uma floresta.
  • Desbaste: Os desbastes são cortes feitos em árvores de mogno jovem para favorecer os indivíduos que se desenvolveram melhor até o momento, deixando mais espaço para eles e diminuindo a competição pelos nutrientes do solo, iluminação e água.
  • Fechamento de copa: é o que acontece quando as partes aéreas do mogno (compostas pelos galhos e folhas) são densas e largas o suficiente para sombrear a maior parte do solo da floresta. 
  • Matocompetição: é quando o mato entra em competição pelos nutrientes do solo com as mudas plantadas, prejudicando o desenvolvimento da floresta.
  • Manejo: é um conjunto de técnicas usadas para o bom cultivo do mogno africano, garantindo que a floresta tenha um bom desenvolvimento.
  • Desrama: é a remoção de ramos/galhos das árvores para otimizar o seu desenvolvimento. A desrama pode se dar de forma natural (como geralmente ocorre com as Khayas grandifoliolas) ou de forma mecanizada (mais utilizada na espécie Khaya senegalensis).

Termos de comercialização

A negociação está presente em todas as etapas da silvicultura do mogno-africano, começando pela compra de mudas até a venda final da madeira. Por isso, você ouvirá falar bastante de:

  • Viveiro de mudas: é a estrutura para o cultivo de mudas (como mostra a foto abaixo). Esse espaço oferece condições controladas para que as mudas cresçam e se desenvolvam até atingir a maturidade ideal para serem comercializadas e replantadas pelos produtores. 
Viveiro de mudas de mogno-africano

Viveiro de mudas de mogno-africano do Viveiro Origem.

  • Processo de rustificação: consiste em diminuir a irrigação da muda e aumentar a sua exposição à luz para que ela fique mais resistente, permitindo uma fácil transição entre o viveiro e o campo. O tempo de rustificação varia de acordo com o destino da muda e da necessidade do produtor, mas geralmente, o processo dura no mínimo 15 dias e deve ser feito antes da fase de expedição.
  • Fuste: é a parte principal do tronco de uma árvore, aquela situada entre o solo e as primeiras ramificações, portanto, é a parte mais comercial da árvore.
  • Corte raso: é quando todas as árvores de uma floresta atingem seu ciclo de maturidade esperada e são cortadas. É a fase final do manejo da floresta. O corte raso do mogno-africano costuma ser feito entre o 16.º e o 20.º ano.
  • Madeira em pé: é a madeira vendida como está na floresta, onde o comprador normalmente assume todos os custos de corte, retirada e transporte da madeira para futuro beneficiamento. O preço da madeira em pé é bem menor que o preço da madeira beneficiada.
  • Madeira beneficiada: é uma madeira que passa por um processo rigoroso de secagem (natural ou estufa), tratamento, corte e preparo das peças para o mercado. Portanto, a qualidade final precisa ser bem alta. Por agregar valor ao produto final (peças beneficiadas), é vendida com valor mais caro no mercado. 

Sabendo todos os conceitos será muito mais fácil continuar a sua pesquisa e até fazer negociações para o seu investimento em mogno-africano. 

Tem algum outro termo que já ouviu sobre cultivo do mogno e ainda não sabe o significado? Então, maratone o nosso canal do Youtube para ficar por dentro do assunto!

O plantio de mogno-africano, apesar de novo no Brasil, tem se mostrado uma alternativa promissora para os produtores rurais. A rentabilidade desse investimento é atrativa e o manejo das florestas é menos complexo se comparado a outras espécies madeireiras.

Apesar deste cenário promissor, ainda existem dúvidas sobre o cultivo dessa espécie, desde o tipo de muda que deve ser usada no plantio até como pode ser realizada a venda da madeira (em toras ou beneficiada?). Uma boa forma de deixar todo o investimento em mogno-africano mais simples é ter ajuda de uma assessoria técnica. Neste post, explicaremos mais sobre o que é esse serviço e sua importância para ter uma floresta de mogno mais eficiente.

O que é uma assessoria técnica para plantio de mogno?

A assessoria técnica nada mais é do que uma equipe de profissionais especializados em silvicultura de mogno contratada para auxiliar todas as etapas de planejamento, execução, manutenção, monitoramento da floresta e colheita da árvore.

O plantio de mogno-africano, como qualquer outro cultivo em madeiras nobres, envolve peculiaridades que estão diretamente relacionadas à produtividade da floresta. Sendo assim, para obter o máximo de aproveitamento e rentabilidade, é preciso que o plantio, o cultivo e o manejo sejam feitos da melhor forma possível.

Nesse sentido, a assessoria técnica vem para auxiliar nas tomadas de decisões do produtor, como:

  • definir o espaçamento adequado no plantio;
  • escolher o tipo de muda;
  • determinar a área na qual será plantada a floresta;
  • avaliar a necessidade de irrigação complementar;
  • definir correções de solo;
  • avaliar se haverá uso de máquinas, etc.

A silvicultura do mogno ainda é recente no Brasil, assim, ter a ajuda de especialistas técnicos é uma forma de estar sempre a par das novidades que podem melhorar o desempenho da sua floresta.

Como o Viveiro Origem pode te ajudar a ter sucesso em seu plantio?

O Viveiro Origem é especializado na produção das melhores mudas seminais (oriundas de sementes selecionadas) e também as obtidas pelo método de clonagem de ótimas matrizes de mogno-africano, que são fornecidas para plantios em todo o Brasil. Além de oferecermos mudas de qualidade, nos importamos com a sua floresta. Por isso, damos todo o suporte para os nossos clientes, compartilhando informações valiosas para que os seus projetos alcancem sucesso. Veja a seguir:

Acesso a um manual básico para o plantio

Após a compra das mudas, o próximo passo é o seu plantio. Nesse momento, é comum surgirem dúvidas, como o preparo do solo, como fazer a retirada das mudas do tubete, espaçamento, dicas para o plantio, etc.

Para guiar o nosso cliente, disponibilizamos um manual básico respondendo  questões gerais para tornar o processo do plantio do mogno-africano o mais claro possível.

Interpretação da análise de solo exclusiva para os clientes

Todo silvicultor sabe o quão importante é realizar uma análise de solo. É a partir desse estudo que você poderá planejar as adubações necessárias para o plantio e manejo do mogno-africano. O estudo do solo é um documento bastante técnico, o que pode dificultar o seu entendimento.

Por isso, oferecemos uma interpretação da análise do solo sem custo e exclusiva para clientes que compram acima de 1000 mudas.

Veja como funciona a coleta de análise de solo:

Indicação de técnicos capacitados

Muitas vezes, o produtor não sabe onde encontrar profissionais capacitados para obter uma assessoria técnica mais completa e personalizada, com visitas periódicas ao plantio e manejo contínuo da floresta.

Como somos uma empresa com contatos no mercado, inclusive associados da ABPMA – Associação Brasileira de Produtores de Mogno Africano, conhecemos técnicos capacitados para o plantio e acompanhamento do desenvolvimento da floresta de mogno, em diversas regiões do Brasil. Indicamos, sem qualquer vínculo comercial, profissionais que já possuem experiência com mogno e têm desenvolvido ótimos projetos.

Monitoramento das florestas plantadas

Quem investe em qualquer tipo de cultivo, sabe que é algo que exige dedicação. Acompanhar o desenvolvimento da floresta permite que o produtor possa identificar eventuais necessidades de intervenções estratégicas para alcançar um resultado positivo.

O ideal é adotar a prática de efetuar inventários periódicos, coordenados por um técnico capacitado, para que seja feito o monitoramento do desenvolvimento da floresta e a identificação a tempo para as intervenções necessárias, que podem ser:

  • novas adubações;
  • incremento ou redução de irrigação;
  • necessidade de podas e desbastes, etc. 

Por meio de registros periódicos fotográficos e uma amostragem numérica de alguns dados de desenvolvimento da floresta, é possível identificar alguns parâmetros que podem dar indícios se sua floresta está ou não com um desenvolvimento razoável.

Se o cliente fornecer essas informações para a equipe do Viveiro Origem, podemos, após compará-los com dados de plantios exemplares, sinalizar para a eventual necessidade de possíveis intervenções posteriores.

Obviamente, estamos falando de médias e comparações preliminares que deverão ser checadas, caso necessário, por meio de um inventário completo e análise técnica, ambos executados por profissionais técnicos capacitados.

Contratar um acompanhamento técnico para iniciar sua floresta de mogno-africano é extremamente importante para que o produtor consiga manejar adequadamente a floresta e otimizar a sua qualidade/produtividade. Adicionalmente a essa estratégia, vale a pena comprar mudas de uma empresa que investe em pesquisa, como o Viveiro Origem. Veja aqui como funciona a seleção das nossas matrizes de mudas e nossas parcerias!