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Uma das grandes dúvidas dos investidores em mogno-africano é a rentabilidade que ele pode esperar da sua floresta.

A resposta para essa pergunta não é simples. Isso porque a rentabilidade dependerá de diversos fatores, como, por exemplo, o espaçamento adotado, o desenvolvimento da floresta e a destinação da madeira após o corte.

Muito se fala que a rentabilidade do mogno-africano pode chegar a R$300 mil por hectare. Mas como essa estimativa é possível?

Nós, do Viveiro Origem, fizemos uma análise aprofundada para explicar como esta projeção tão promissora para a cultura do mogno-africano pode se concretizar. Confira!

Como calcular a rentabilidade do mogno africano?

O cálculo da rentabilidade de mogno-africano envolve o custo do plantio, custos de manutenção e manejo, custos e receitas esperadas com o (s) desbaste (s) e corte final, além da classificação da madeira produzida nos cortes. 

Em relação ao plantio, muitas variáveis devem ser consideradas, como qualidade das mudas, irrigação e manejo. Você pode saber tudo sobre esta etapa de planejamento neste artigo.

A depender do espaçamento adotado, os desbastes da floresta de mogno-africano poderão ocorrer, aproximadamente, aos 8 anos e 11 anos de cultivo. Já o corte final ocorrerá, normalmente, acima de 18 anos, conforme nossas projeções. 

Por fim, a classificação da madeira é feita de acordo com suas características. Na tabela, podemos constatar as características de cada uma delas:

classificacao madeira mogno africano

A classificação AA Adulto é a madeira com mais qualidade e valor no mercado.

Quando acontece o primeiro retorno da floresta de mogno?

Considerando todos os fatores mencionados acima, fizemos um estudo pesquisando os valores de cada etapa, para mostrar como é possível ter rentabilidade na floresta de mogno-africano.

O cálculo foi feito baseado em uma floresta de mogno-africano de um hectare. Nela, foram plantadas 400 mudas por hectare em um espaçamento de 5 x 5.

Espera-se que o primeiro retorno de uma floresta de mogno-africano aconteça no desbaste da floresta Em nossa projeção, este desbaste ocorrerá apenas uma vez e quando o cultivo atingir 11 anos. 

Geralmente, nesta etapa, espera-se que metade da floresta (200 árvores) tenha atingido um DAP – Diâmetro na Altura do Peito – médio de 20 cm e altura de fuste de 10 m. Espera-se, assim, retirar aproximadamente 61m3 de tora por hectare e o destino esperado para esta madeira seria o seguinte:

grafico segundo desbaste

Na tabela abaixo, você pode ver a expectativa de valores esperados no primeiro desbaste, conforme categorias de produtos e subprodutos da madeira:

tabela segundo desbaste

Repare que, neste primeiro desbaste, a expectativa de rentabilidade não é alta. Entretanto, o desbaste é um manejo necessário e essencial para serem reduzidas drasticamente o número de indivíduos da floresta e, com isto, as árvores remanescentes (máximo 200) possam se desenvolver melhor, com mais acesso à luminosidade, nutrientes e água.

Quando alcanço o lucro final com a floresta de mogno?

Espera-se que o corte final da floresta de mogno-africano seja feito com aproximadamente 18 anos. Nesse momento, o restante da floresta (os outros 50%) já teria atingido o DAP médio de 45 cm e altura de fuste de aproximadamente 13 m. Com isto, estima-se obter aproximadamente 330m3 de tora para serem tratadas e comercializadas. 

Nessa fase final, o aproveitamento da madeira se dará da seguinte forma:

grafico corte final

Os valores de cada uma dessas classificações estão na tabela abaixo:

tabela corte final

Para fazer o cálculo da rentabilidade final, você deve somar o valor do desbaste com o valor do corte final.

Dessa soma devem ser retirados todos os custos com plantio, manutenção da floresta, corte e custos para secar e serrar a madeira. Com isso, você encontra o valor do lucro estimado sem impostos.

Desse montante são subtraídos os impostos sobre a venda da madeira. Esses impostos são, em média, 15% sobre o valor do lucro bruto, mas, tenha em mente, que isso pode variar, pois dependerá da tributação incidente sobre a venda de cada Estado, além da forma de tributação adotada pelo produtor rural (pessoa física ou jurídica). 

Assim, podemos chegar a um lucro líquido estimado final. Na tabela a seguir, mostramos o quanto você lucraria se tivesse uma floresta com as características que citamos neste resumo:

receita final floresta mogno africano

Esta é uma estimativa feita com base nas premissas que adotamos acima (espaçamento, desbaste, diâmetros/alturas/volumes esperados, etc.) e, também, com base em referências de valores que já vêm sendo praticados no mercado por alguns produtores de mogno. 

A ideia, no entanto, não é exaurir o tema, mas criar referências sérias e fundamentadas que permitam ao produtor planejar e criar seu próprio plano de negócios.

O propósito do Viveiro Origem é reforçar que cada floresta de mogno-africano é única. É um investimento promissor e que, certamente, vale muito a pena. Mas o alto rendimento vem a longo prazo e depende, obviamente, de investimentos, manejos constantes e, principalmente, do olho atento do produtor, tanto na floresta quanto no mercado. 

E, mais importante, há muitas variáveis nesse cálculo, por isso, é essencial buscar empresas transparentes e éticas no mercado para lhe auxiliar em seu projeto.

Para saber mais sobre o aproveitamento da madeira, entre em contato com a equipe do Viveiro Origem!

Originalidade foi o tema da CASACOR Minas 2021. A exposição, uma das mais importantes do segmento de arquitetura e paisagismo, reuniu mais de 75 projetos de diferentes designers, arquitetos e paisagistas no Palácio das Mangabeiras entre os dias 14 de setembro e 31 de outubro de 2021.

Em meio a inúmeros talentos e instalações de tirar o fôlego, o mogno-africano foi um dos destaques. A madeira, historicamente valorizada por sua beleza e versatilidade, foi ponto central do espaço idealizado por Gustavo Greco.

A instalação, chamada Siré (Xiré), ficou logo na entrada da CASACOR Minas e atraiu a atenção dos espectadores ao passar pelo percurso rodeado por cobogós feitos de mogno-africano. Foram 660 peças artesanais compondo o espaço.

casa cor minas mogno africano entrada

As peças exibiam símbolos que representam os Orixás, trabalhando os conceitos de ancestralidade, brasilidade e identidade. O nome da instalação é uma palavra em iorubá e significa roda ou dança utilizada para evocar os orixás. A ideia era fazer uma alusão entre a origem do mogno-africano e a cultura africana.

Além dos cobogós, todo o piso era feito com mogno-africano. A forma que o designer utilizou a madeira reforça o quanto essa espécie é versátil. Além disso, revela a facilidade de se trabalhar o mogno, comprovando, mais uma vez, que esta é a madeira do futuro.

O mogno-africano também brilhou no Espaço Origem Minas, marca da loja de produtos típicos de Minas Gerais, desenvolvida pelo SEBRAE. 

espaço sebrae casa cor minas

O ambiente, assinado por Cynthia Silva e Maakaroun Arquitetura, tinha prateleiras, esquadrias e estantes construídas com mogno-africano maciço. Essa é mais uma das maneiras que se pode usar o mogno-africano, matéria-prima nobre no mercado. 

O mogno-africano ainda deu vida aos projetos de Cynthia Viana, no Bar da Piscina e na loja de essências de Andrea Pinto Coelho. 

bar pisciina casa cor minas

Para fechar com maestria a presença da madeira na mostra, peças desenhadas por Juliana Vasconcellos ficaram espalhadas em pontos estratégicos da CASACOR. Um exemplo, foi a premiada Poltrona Mahog, que adornou a loja do SEBRAE.

A presença do mogno-africano em eventos como o da CASACOR é fruto do trabalho da Associação Brasileira de Produtores de Mogno-Africano (ABPMA), parceira oficial da mostra e fornecedora (por meio de seus associados) da madeira para vários ambientes. 

Vale lembrar que a madeira trabalhada pelos profissionais é jovem, ou seja, não chegou a sua capacidade máxima e não é oriunda do corte final de uma floresta.

Mesmo assim, o mogno-africano rendeu peças de extrema qualidade, reforçando todo o potencial da madeira para o comércio.

Veja o depoimento dos profissionais sobre o uso do mogno-africano na CASACOR:

Os benefícios do mogno-africano, no entanto, vão além da estética. O diferencial da madeira está justamente na possibilidade dos novos plantios e da extração futura dessas florestas serem facilitados. 

Afinal, não há necessidade de autorização prévia para plantio, caso este seja feito em áreas sem restrições. 

Logo, o fator sustentabilidade está presente na floresta de mogno-africano. E a CASACOR apenas ressalta o quanto o mogno-africano tem evoluído no mercado, não só no Brasil, como no mundo. 

Que tal saber mais sobre esse investimento? Fale com o Viveiro Origem!

A madeira é uma matéria-prima muito valorizada e sempre figurou como uma das commodities mais comercializadas no mundo. Com o mogno-africano a história não é diferente.

A espécie sempre foi muito procurada pelos mercados internacionais devido à sua beleza e versatilidade Entretanto, na África, sua região de origem, o mogno está cada vez mais escasso e tende a ser protegido. 

A facilidade de cultivo em grande parte do Brasil e a qualidade da madeira têm atraído cada dia mais investidores para este mercado, tanto que o mogno-africano já está sendo considerado a madeira do futuro.

Neste artigo, explicaremos porque a demanda por madeira está crescendo, como estão comportando os preços históricos alcançados pela venda da madeira e como isso pode beneficiar os produtores de mogno-africano no Brasil.

Demanda por madeira está em alta 

O Brasil nunca exportou tanta madeira bruta quanto em abril e maio de 2021, de acordo com os dados da Secretaria de Relações Exteriores e Comércio.

Foram cerca de 573 mil toneladas de toras enviadas entre abril e maio de 2021. Isso é 3 vezes mais se compararmos com o mesmo período em 2020. 

Já nos primeiros cinco meses do ano de 2021, o país exportou 1 milhão de toneladas de madeira, o que representa 116% a mais que o volume exportado no mesmo período de 2020.

Com isso, a receita subiu para 84 milhões de dólares nos primeiros cinco meses, um aumento de 80% em relação ao mesmo período em 2020.

A pandemia pode ter sido um dos pontos que influenciaram a procura por madeira no mercado internacional. O fato de as pessoas começarem a trabalhar mais de casa e a migração para espaços maiores, impulsionaram o mercado imobiliário nos EUA, por exemplo.

Esse fator pode ter aquecido a área de construção e reforma, criando uma procura maior por madeira, que é um item cada dia mais procurado para a construção civil, por sua beleza, versatilidade e apelo ecológico positivo (madeiras rastreadas e/ou certificadas). 

Outra questão que pode impactar a alta demanda por madeira é o que conhecemos como apagão florestal. 

Segundo estudo realizado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), haverá uma redução de 64% da oferta de madeira até 2030, enquanto, no mesmo período, a previsão é de um aumento de quatro vezes na demanda por esse material, chegando a 21 milhões de m³ ao ano. 

Imagine o que acontecerá com o valor da madeira quando a oferta cai e a demanda cresce? Isso mesmo, certamente a tendência é só aumentar!

Mercado alcança preços históricos em madeira serrada

Antes de entrarmos na variável preços de madeira, é preciso deixar bem claro que existem dois tipos de mercados: o internacional e o nacional. 

Cada um tem suas características e faz todo sentido que os valores praticados difiram entre si. Por isso, abordaremos a evolução dos preços da madeira de maneira separada neste texto.

Mercado internacional

A comercialização de madeira serrada, incluindo o mogno-africano, é bastante consolidada fora do Brasil. Portanto, faz sentido haver um histórico dos preços e, com base nestes dados, podemos apurar que o valor praticado é mais elevado do que o praticado no mercado nacional.

Como podemos observar no gráfico abaixo, nos últimos 10 anos o valor da madeira indica uma tendência de crescimento. 

Em 2012, o preço da madeira serrada era vendida em média por US$300. Já em julho de 2021, o preço chegou a US$580. 

Gráfico mostra o histórico do preço da madeira serrada nos últimos 10 anos. Fonte: Trading Economics.

A madeira serrada deve ser negociada em torno de US $800 até o final do terceiro trimestre de 2021, de acordo com os modelos macro globais publicados pela Trading Economics e as expectativas dos analistas. 

Olhando para o futuro, estima-se que a madeira serrada seja negociada em média de US$1100 nos próximos 12 meses.

Vale ressaltar que o pico no gráfico acima representa o recorde histórico do preço médio da madeira, no dia 7 de maio de 2021. Nessa data, o preço médio da madeira serrada chegou  a quase US $1.700.  

Isso se deve ao fato de que as serrarias não conseguiram cumprir a demanda por construção de casas e reformas estimuladas pelos bloqueios decorrentes do coronavírus.

Também não é possível identificar no gráfico da Trading Economics o valor do mogno individualmente, pois a média demonstrada é de toda madeira serrada. Mas por ser uma madeira nobre, o seu valor tende a ser superior ao das demais madeiras.

Oportunidade para a exportação de madeira

A conjuntura do mercado é muito interessante para a exportação de madeira cultivada no Brasil e, neste caminho, o mogno plantado em nosso país (estimado em mais de 30 mil hectares) se apresenta com um fortíssimo potencial para consolidar em breve este mercado. Para isto, os produtores precisam se preparar para atender às exigências deste mercado externo. 

Os maiores importadores de madeira sempre buscam volume e continuidade para estabelecerem contratos duradouros. Não adianta ter uma madeira maravilhosa se não tivermos volume para alimentar o mercado. 

Com a maturação das florestas de mogno no Brasil (que ainda são jovens), o volume necessário em breve será atingido. 

Para se produzir madeira de qualidade (seca e serrada conforme parâmetros de excelência) e conseguirmos ter um volume expressivo para exportar, os produtores precisarão se unir para criar esta estrutura. 

A ABPMA — Associação Brasileira de Produtores de Mogno Africano, da qual o Viveiro Origem faz parte, realiza um trabalho sério e estruturado neste sentido.

 Outro ponto importante para quem tem o objetivo de exportar madeiras nobres, é definir a sua origem e como ela foi produzida. Florestas plantadas, como é o caso do mogno-africano no Brasil, demonstram que não houve extração ilegal de madeira nativa. A rastreabilidade e certificação da madeira são extremamente importantes neste cenário.

Uma pesquisa feita pela FLEGT Independent Market Monitor com mais de 130 empresas na União Europeia e no Reino Unido, que representam os maiores importadores de produtos de madeira tropical, mostra a valorização por madeiras certificadas. 

A certificação pode ser feita em conjunto para vários produtores, o que pode baratear o processo. Trata-se de uma ótima ferramenta de levantamento de dados e também dá bastante transparência ao processo sob vários aspectos (social, ambiental, legal, etc.). 

Vale lembrar que o plantio do mogno-africano é legalizado no Brasil e mais fácil de ser implementado se comparado a um plantio de árvores nativas. No vídeo abaixo, explicamos mais sobre a autorização e a certificação do plantio da espécie:

Mercado nacional

Ainda não temos um histórico de preços da madeira serrada que inclua o mogno-africano no mercado nacional. O motivo é que o cultivo da espécie é recente no Brasil, portanto, não há dados suficientes para traçar uma evolução da comercialização. 

Contudo, a alta rentabilidade do mogno-africano está sendo um assunto acompanhado de perto pela Associação Brasileira de Produtos de Mogno-Africano (ABPMA).

A madeira jovem da espécie (com largura média de 20 cm), por exemplo, pode ser comercializada por até R$3.000 no mercado nacional. Veja abaixo as cotações em junho de 2021:

Se a madeira de mogno-africano jovem já está nesse valor, imagina o preço que o mogno adulto poderá atingir? A expectativa é grande e bastante positiva!

Além disso, conforme o livro sobre mogno-africano publicado pela Embrapa, foi estimado que cada hectare (10 mil metros quadrados) plantado no território nacional poderá obter 160 m³ de madeira serrada, a um valor de mercado de R$2.300 mil por m³. 

Portanto, ao final do ciclo, a expectativa de resultado obtido com a madeira serrada e seca em estufa, conforme este estudo, poderá chegar a aproximadamente R$370 mil por hectare. 

Cenário pode favorecer produtores de mogno-africano

O mogno-africano busca atender tanto o mercado exigente de madeiras nobres e de qualidade quanto o aspecto de investimento atrelado a bons resultados em médio e longo prazos, como mostra essa matéria do Globo Rural.

Os dados mencionados neste post, nos mostram que a evolução do mogno-africano está acontecendo de maneira rápida e que o investimento na espécie é promissor. Aliás, alguns produtores brasileiros que já iniciaram sua floresta de mogno, confirmam esse panorama.

No entanto, não se deixe guiar apenas pelo alto preço da madeira para tomar suas decisões em relação ao plantio do mogno-africano. Assim como em qualquer negócio, o sucesso da sua floresta é uma combinação de fatores, que envolve trabalho duro, boas parcerias e acompanhamento contínuo do plantio. 

O retorno financeiro vem, mas é preciso não criar a ilusão de que ficará milionário em pouco tempo, pois isso não é fácil. Promessas de R$1 milhão de resultado por hectare não nos parecem números factíveis e sustentáveis. 

Vale lembrar que o volume de madeira produzido por hectare não pode ser avaliado como única variável para formação de preços! A qualidade, tamanho e padronização desta madeira é o que agregará valor a este produto. 

Então, para começar seu investimento conscientemente, saiba quais as condições de plantio que favorecem um maior rendimento em mogno-africano!

O mogno-africano é uma das madeiras nobres que está chamando a atenção dos produtores brasileiros. A sua versatilidade, manejo mais simples se comparado com outras culturas e perspectivas de alta rentabilidade são pontos de destaque da espécie.

Embora a silvicultura esteja crescendo no país, ainda existem dúvidas a respeito do seu cultivo. Será que vale a pena plantar mogno-africano?

Bom, nada melhor do que perguntar aos produtores que já investem em mogno para responderem a essa pergunta, não é mesmo? Por isso, conversamos com alguns dos clientes do Viveiro Origem para contar um pouco sobre como está sendo a experiência deles. Confira!

O que motiva os produtores a investir em mogno-africano?

São muitas as vantagens que levam os produtores a escolherem o mogno-africano como um investimento. Para o médico ortopedista Henrique Cembranelli, foi um conjunto de fatores que determinou o mogno como uma espécie boa para plantio em sua fazenda.

“Iniciei o plantio com meus dois irmãos, mas foi o Eduardo, meu irmão mais novo, que primeiro descobriu o mogno. Ele viu no jornal sobre a espécie e começou a fazer uma pesquisa a respeito, encontrando informações positivas sobre rentabilidade, manejo e a facilidade na plantação. Ele até fez um curso na área, mas deixamos a ideia de investir de lado por um tempo. Depois de alguns anos pesquisando, ao visitar novamente a nossa terra, resolvemos retomar a ideia de plantar mogno-africano”, conta.

mudas de mogno africano viveiro origem

Mudas de mogno-africano do Viveiro Origem

Em novembro de 2019, os irmãos fizeram o primeiro plantio de mogno-africano, na Fazenda do Céu, localizada na cidade de Caçapava, região do Vale da Paraíba, em São Paulo. 

“A escolha pelo mogno foi de encontro com nossos objetivos: queremos valorizar nossas terras e fazer um investimento com um prazo maior (entre 18 a 20 anos), então, o que inicialmente parece uma desvantagem, na verdade é uma vantagem para nós”, afirma Henrique.

Outro produtor que apostou as suas fichas no mogno-africano foi Ricardo Rogano, proprietário da fazenda Santíssima Trindade. Ele explica que a ideia de investir na espécie surgiu de maneira inusitada, em uma viagem com amigos a Campos de Jordão, em 2016.

“Na época o dólar estava baixo e os juros também, então, as aplicações financeiras estavam dando pouco retorno. Foi quando no meio da conversa surgiu o assunto de pessoas que compraram terras para plantar Eucalipto e vender para indústria de celulose”.

Sim, Ricardo a princípio pensou em plantar Eucalipto. O que fez ele mudar de ideia? O baixo retorno financeiro dessa cultura. 

“Ainda estava no início da discussão de plantios de madeiras nobres, mas vi que elas podiam ter um retorno mais interessante. Então, eu comecei a pesquisar com minha esposa sobre o assunto e vimos que havia uma demanda grande por mogno no mercado internacional”, recorda.

Após muita pesquisa, Ricardo decidiu comprar uma fazenda na cidade de Lorena, também na região do Vale do Paraíba.

A escolha pelo local foi planejada. Ricardo considerou a fertilidade da terra, o índice pluviométrico e a logística para fazer escoamento de madeira no futuro. Todos esses fatores contribuem para que o plantio do mogno obtenha sucesso no futuro.

Todos os clientes contaram com o apoio da equipe do Viveiro Origem

Embora o plantio tenha começado tímido, Ricardo já está há 5 anos investindo em mogno-africano e sua floresta tem plantios de 6 meses a 5 anos. “Eu planto todo ano para ter talhões com idades diferentes para efeito de manejo, pois isso permite ter uma rotação natural das árvores”, explica.

Na Santíssima Trindade, fazenda que recebe esse nome em homenagem aos seus trigêmeos e também a sua religião, podemos encontrar espécies diferentes de mogno: uma pequena parte de khaya senegalensis e 95% de khaya grandifoliola.

“São 80 hectares de fazenda, sendo 60 deles com plantação de mogno-africano, 10 hectares de mata nativa e 10 de hectares de reserva ambiental”, revela Ricardo.

Já para Daniel César Alvarenga, a vontade de plantar mogno veio do rendimento agregado que esse cultivo oferece. “Eu pensei o que poderia plantar na minha fazenda para ter o máximo de aproveitamento. Pesquisei muito e quando li a matéria sobre o Augusto Cury a respeito do mogno, tomei a minha decisão”, afirma. 

Daniel dedicou toda a área da sua fazenda (chamada Santa Marta e localizada em Vargem Bonita, Minas Gerais) para o plantio de mogno-africano. São 60 hectares plantados há dois anos e meio. 

Vale a pena ter uma floresta de mogno-africano?

Com toda certeza! Henrique Cembranelli afirma que o mogno é uma forma de diversificar suas aplicações com um grau de segurança e previsibilidade maior. “O mercado é menos volátil se compararmos com outros segmentos do mercado financeiro”, diz.

Daniel César Alvarenga também indicaria o investimento em mogno. “É seguro, você pode aproveitar uma área improdutiva da sua fazenda e, no longo prazo, é melhor que muitos outros investimentos”, reforça. 

Contudo, vale lembrar que os produtores são dedicados a esse cultivo. Uma floresta de mogno-africano exige cuidados contínuos e é importante ter isso em mente antes de iniciar o negócio. 

Floresta de mogno-africano no Brasil

É um investimento de muito trabalho e a longo prazo. É bom ter sempre em mente que é uma cultura que exige dedicação na sua manutenção, não pode apenas plantar e esquecer do plantio. É preciso combater a mato-competição e a concorrência de outros elementos naturais, como formigas, principalmente nas mudas mais jovens”, reforça o produtor Ricardo Rogano. 

O produtor também recomenda o plantio do mogno, fazendo uma analogia interessante: “Investir em Eucalipto é como investir em poupança. Já investir em mogno é como investir em uma ação de uma startup. Então, se você tem apetite de risco, fazendo o cálculo financeiro e sendo dedicado ao trabalho que esse plantio exige, é um investimento feito para você, pois é um mercado muito promissor”. 

Outro fator que o produtor ressalta é a parte intangível desse tipo de cultivo, que, segundo ele, só ficou mais claro depois que começou a se conectar mais com a sua floresta. “O ato de cuidar das mudas, de ver as árvores se desenvolverem — eu até dou nome para algumas das minhas árvores — de devolver uma parcela para a natureza de tudo aquilo que ela nos fornece, esse sentimento não tem dinheiro que pague”, diz.

Mudas de mogno-africano na estufa

Vale lembrar que o plantio de mogno-africano é uma alternativa para o reflorestamento, justamente por ter um crescimento relativamente rápido da árvore e que possibilita a recuperação de áreas degradadas em menor tempo. Fato comprovado por pesquisa da Embrapa e também pela experiência do Ricardo.

“Plantar a minha floresta foi também uma forma de ver como a natureza tem a possibilidade de se regenerar e reerguer, pois a floresta de mogno se uniu com a Mata Atlântica que tinha próxima da região”, conta o produtor Ricardo Rogano.

Como começar o seu plantio com o Viveiro Origem?

Nosso viveiro investe muito em pesquisa científica para obter as melhores mudas para os nossos clientes. São anos de estudos e dedicação ao mercado de mogno-africano.

“O Viveiro Origem nos deu toda a assessoria possível quando compramos as mudas. Além disso, as mudas são de alta qualidade e chegaram saudáveis na nossa fazenda. Nossas mudas estão crescendo bem e a assistência pós-venda também tem nos ajudado bastante”, afirma Henrique Cembranelli.

Além disso, trabalhamos em conjunto com nossos clientes, dando toda a assessoria necessária para ele alcançar um plantio de sucesso. “Pude fazer uma visita no viveiro com o agrônomo da minha fazenda e, com isso, vi as mudas de perto. Viramos clientes de carteirinha, pois o suporte foi maravilhoso. O Carlos e a Luciana são pessoas muito flexíveis, que oferecem mudas de qualidade, boa condição comercial e de entrega do produto”, reforça Ricardo Rogano.

Outro cliente que investe em mogno-africano é o Mauro Salles. Ele ressalta que comprou mudas de diversos viveiros, mas o que fez o Viveiro Origem se destacar entre os outros foi a entrega da documentação, cumprir o prazo de entrega e, principalmente, a qualidade. Veja abaixo o vídeo com o depoimento completo:

Como gostamos de frisar com nossos clientes, quando se trata do cultivo de mogno-africano, para ir longe é preciso caminhar em grupo.

O mogno-africano é a madeira do futuro e uma silvicultura muito promissora. Que tal começar hoje mesmo a fazer o seu investimento? Solicite o seu orçamento!

Investir em mogno-africano vai além de comprar mudas e plantá-las. É preciso fazer um acompanhamento de perto e completo para saber se a sua floresta está crescendo de forma saudável e dentro de uma média esperada para a espécie.

Imagine uma criança que acabou de nascer. Você pode preparar o melhor berço, alimentá-la e cuidar com carinho, mas se esquecer de levá-la ao pediatra para monitorar o desenvolvimento e a saúde do bebê, poderá enfrentar situações desagradáveis e não poderá voltar mais no tempo! 

A mesma coisa acontece em uma floresta de mogno-africano. Sem ficar “vigiando” o seu desenvolvimento, corre-se o risco de comprometer grande parte do seu investimento.

Uma etapa importante para acompanhar o desempenho da sua floresta é documentar e monitorar os dados de evolução da floresta. Muitos produtores deixam de lado essa tarefa, seja porque não têm tempo para executá-la, não destinam  verba para contratação de um técnico ou até mesmo por falta de informação.

Para tornar esse trabalho o mais simples possível, criamos uma lista de monitoramento da sua floresta. Veja abaixo o passo a passo!

1.º passo: levantamento dos dados primários

Ao comprar suas mudas de mogno-africano, você já tem acesso a informações relevantes para o seu cultivo. Logo, a primeira coisa a se fazer é documentar sua aquisição. Anote:

  • a espécie de khaya adquirida;
  • o viveiro de origem;
  • o tipo da muda (se é seminal ou clonal/estaquia);
  • número da Nota Fiscal de aquisição das mudas.

Sugerimos sempre exigir do fornecedor das mudas a Nota Fiscal e o Termo de Conformidade assinado pelo responsável técnico do viveiro, pois estes documentos poderão ser importantes futuramente na hipótese de certificação da floresta.

Anotações feitas e documentos arquivados, é hora de aprofundar mais um pouco!

2.º passo: registro do plantio original

Com as mudas de mogno-africano em mãos, certifique-se que sua área possui as condições ideais para o plantio.

Tudo certo para receber as mudas? Então, execute o plantio. Após finalizá-lo, documente as seguintes informações:

    • Local: cidade e Estado onde foram plantadas as mudas;
    • Coordenadas geográficas: indique a latitude e a longitude da sua propriedade;
    • Data: anote o dia, mês e ano do plantio;
    • Pre
      paro do solo:
      o que foi feito para preparar o solo? Gradagem, subsolagem, outros;
    • Características do solo: se você realizou a análise de solo da área antes do plantio, você terá as informações no relatório técnico gerado; 
    • Correções feitas no solo antes do plantio e adubações feitas na cova: detalhe o máximo possível, informando quantidade, tipo de adubação, data de realização;
    • Espaçamento original: qual foi o adensamento definido. Consulte nosso post se tiver dúvidas sobre espaçamento;
  • Mudas totais plantadas;
  • Área total original plantada.

plantio mogno africano

Vencida essa etapa, vamos para uma fase com ainda mais registro de dados!

3.º passo: manejo após o plantio

Alguns meses após o plantio, é normal e até positivo fazer pequenos ajustes. Sendo assim, adicione às suas anotações o seguinte:

  • Irrigação: registre se foi necessário irrigar as mudas, tipo de irrigação implantada, volume de água usado por planta e até qual idade a planta precisou dessa técnica;
  • Consórcio: se decidiu diversificar a sua floresta, anote as culturas que plantou com o mogno-africano, bem como o espaçamento utilizado na linha e nas entrelinhas (para ambas as culturas);
  • Adubação: informe o que foi feito de adubação após o plantio (frequência e quantidade);
  • Combates a pragas e doenças: o que foi feito e quantas vezes foi realizado? Houve perda de mudas por este motivo? Informar se houve o aparecimento de formigas, abelhas, fungos, se houve a morte de alguma árvore ou outras intercorrências. 
  • Replantios: caso tenham sido feitos, anotar a data e registro das mudas como descrito no passo 1.

Pronto! Em 3 passos você já fez a maior parte do trabalho de monitoramento da sua floresta. Se você cumpriu à risca a nossa lista até aqui, a última etapa será mais fácil!

4.º passo: Inventário florestal contínuo (monitoramento anual)

Geralmente, depois de um ano de plantio é preciso fazer um levantamento de dados para saber o quanto a sua floresta cresceu e desenvolveu. Nesse primeiro ano, o intuito maior do levantamento é quantificar a mortalidade das mudas e a altura média. Essa parte do inventário é feita por meio de métodos de amostragem baseados em estatísticas e deve ser realizada, preferencialmente, anualmente, como explicamos no vídeo abaixo:

O mais recomendado é monitorar pelo menos 2 a 5% das árvores plantadas de forma aleatória no plantio (de acordo com o total de área monitorada), porém o cálculo do erro do inventário que lhe trará tal confiabilidade. 

Esqueça a subjetividade e preferência. Ao realizar a amostragem, escolha árvores localizadas em diferentes partes do seu plantio, garantindo assim que não irá medir apenas as melhores e superestimar os valores. 

Importante lembrar de sempre monitorar a mesma amostra original (parcela), ou seja, é esse conjunto de árvores que você acompanhará até o corte final.

O que registrar no inventário anual: 

  • Tamanho da amostra: indicar a porcentagem de árvores analisadas e demarcadas na parcela amostral (formato e tamanho da parcela devem ser definidos previamente).
  • Data da medição: o dia, mês e ano. 
  • DAP: medir a circunferência de cada árvore a 1,30m do solo (CAP= circunferência à altura do peito). Tal medida é convertida em diâmetro em razão da constante 𝝅.
  • Altura: medir a altura total da árvore e também do fuste (geralmente até onde a árvore bifurca ou então abre sua copa). Para medição das alturas, equipamentos específicos são necessários — clinômetros e hipsômetros. É comum na prática de inventário florestal medir apenas parte das alturas e posteriormente estimar as demais com um modelo matemático de regressão. 
  • Informações qualitativas: informações sobre a qualidade do plantio também devem ser incluídas no inventário. Como exemplos podemos citar a qualidade do fuste (tortuosidade) e presença de cancro (intensidade no tronco).

Preste muita atenção nessa dica: se existirem setores com características de mudas, plantios e manejos distintos, recomenda-se avaliar separadamente cada área. A sugestão é tratar como estas áreas como “talhões” e ponderar a quantidade de parcelas amostrais entre os setores.

O ideal é que nesta etapa, caso o produtor não tenha experiência, que se contrate um especialista para realizar o inventário florestal, pois este profissional terá os aparelhos necessários e o treinamento adequado para realizar as medições eficientemente e de forma confiável. 

Os custos de inventário devem ser encarados como parte do investimento quando se pensa em investir em florestas. O retorno virá em produtividade e ganhos gerados por intervenções precoces, graças aos resultados e apontamentos presentes no relatório do inventário florestal. 

Cumprido o quarto passo, você finalizou o seu monitoramento e já documentou os dados mais importantes de sua plantação de mogno-africano.

A importância de cumprir a lista de monitoramento da floresta de mogno

Assim como em outras áreas da nossa vida, só conseguimos melhorar algo se identificarmos o que pode ser medido. Um maratonista, por exemplo, mede o seu tempo de corrida todos os dias. Só assim ele identifica qual tática pode implementar para baixar o seu tempo e, assim, melhorar sua performance.

A floresta de mogno-africano segue o mesmo princípio. Só conseguiremos ter um resultado positivo se acompanharmos de perto o seu desenvolvimento. Dentre os principais benefícios de fazer o monitoramento, podemos destacar:

  • Antecipação de problemas, como a incidência de pragas para combate imediato.
  • Informações para modificar a estratégia do cultivo, já que com os dados coletados é possível comparar o desenvolvimento de sua floresta com outras que possuam condições similares.
  • Tranquilidade para o produtor, que terá dados suficientes para intervir no curso do plantio, caso melhorias possam ser implementadas.
  • Fortalecimento do mercado brasileiro de mogno-africano, já que os dados ajudam em pesquisas científicas para trazer melhorias para a silvicultura da espécie.

Não é uma tarefa fácil coletar todos os dados de uma vez. Contudo, se fizer como sugerimos aqui, todo o processo ficará mais simples e leve. Monitorar a floresta é parte importante do projeto e do investimento. 

Como usar os dados do meu inventário com eficiência

Quem investe em algo tão inovador como o mogno-africano precisa ter a quem recorrer quando precisar tomar decisões referentes ao manejo do cultivo. Dessa forma, o Viveiro Origem oferece todo suporte aos nossos clientes.

Nossos clientes podem compartilhar, via e-mail, todos os dados coletados em inventário conosco. 

Após o recebimento dessas informações, nós iremos compará-los com registros de plantios exemplares de outros clientes que já fazem este monitoramento há muitos anos e, com isto, poderemos sinalizar para você eventuais necessidades de intervenções na sua floresta, caso seja necessário.

Lembrando que oferecemos comparações preliminares e médias, que deverão sempre ser checadas e executadas por profissionais técnicos capacitados

Obviamente, esse processo envolve todo o sigilo dos dados. Para nós, oferecer segurança aos nossos clientes é um pilar essencial do nosso negócio. Conheça um pouco do nosso trabalho:

Nosso objetivo é construir uma parceria a longo prazo com os produtores e queremos que o ciclo do seu investimento se feche de maneira positiva. Nosso lema é: não vendemos mudas, vendemos árvores. O acompanhamento do pós-venda e análise de dados é uma maneira de ajudar nossos clientes a terem um investimento que lhes traga retornos reais no futuro.

Quer entender mais sobre a nossa proposta? Solicite um orçamento!

Qual o cenário atual sobre melhoramento genético de mudas clonais de mogno-africano no Brasil? Como a escolha entre muda clonal e seminal afeta a minha floresta? 

Essas questões são comuns entre os interessados em cultivar mogno-africano. Para esclarecer essas dúvidas, a Associação Brasileira de Produtores de Mogno Africano (ABPMA) convocou um time de pesquisadores em silvicultura e viveiristas para uma conversa rica sobre o tema, ocorrida no dia 26 de abril de 2021.

Participaram do encontro:

  • Milton Frank, Especialista em khayas e Mediador da Roda de Conversa da ABPMA.
  • Dr. Evandro Novaes, Engenheiro Florestal, Mestre em Genética e Melhoramento e PhD em Recursos Florestais.
  • Teotônio Assis, Mestre em Genética e Melhoramento, Engenheiro Florestal e Consultor na Empresa Assistech.
  • Jaldes Langer, Engenheiro Florestal da empresa Langermaz e Flora Sinop.
  • Luciana Maluf, Administradora e Diretora do Viveiro Origem, especializado em mudas de mogno-africano.
  • Patricia Alves Fonseca, Diretora Executiva da ABPMA.

O objetivo do bate-papo, além de mostrar ao produtor os fatores envolvidos na produção de uma muda de qualidade, fez parte da celebração dos 10 anos de existência da ABPMA. 

A entidade visa fortalecer o mercado do mogno no Brasil e reforçar que, unindo planejamento e parcerias certas, a espécie é um ótimo investimento.

Por isso, fizemos um resumo da conversa com os principais pontos neste post. Confira!

O que significa clonar uma árvore?

Entender o processo de clonagem é um ponto importante para saber como essa técnica pode impactar a produtividade da sua floresta. 

Segundo Teotônio Assis, clone é“… um conjunto de plantas propagadas vegetativamente oriundas de um indivíduo e têm como características serem geneticamente idênticas entre si e idênticas à árvore de origem”.

Ainda de acordo com Teotônio,  uma árvore superior, através da clonagem, pode se transformar em uma floresta superior porque tem esse potencial, e a clonagem é uma técnica que cria milhares e milhares de cópias idênticas. 

Assim, se você tem uma árvore superior e consegue clonar esta árvore, considerando que o clone cresça em um ambiente semelhante ao da árvore original e que não se cometa nenhum pecado fisiológico no meio do caminho, a tendência é que você transforme uma árvore superior em uma floresta superior.   

Luciana Maluf, que é a proprietária do Viveiro Origem, complementou os ensinamentos compartilhados por Teotônio, apresentando o conceito de família clonal, na qual a base genética não é única, como acontece no caso dos clones registrados e protegidos (conhecidos como cultivares).

Desde a criação do Viveiro Origem, em 2002, foram estabelecidos jardins clonais com mudas selecionadas e, atualmente, o Viveiro conta com mais de 60 mil matrizes produtivas. 

Mudas do Viveiro Origem

Estas matrizes vêm produzindo mudas por meio da técnica de clonagem (reprodução assexuada por meio de estaquia) e estas mudas têm demonstrado um resultado superior no campo se comparadas às mudas seminais.  

Os resultados obtidos serão melhor explicados abaixo nos exemplos de iniciativas existentes para o mogno-africano no Brasil relacionados ao processo de melhoramento de mudas.

Existem riscos na clonagem de mudas de mogno-africano?

Assim como qualquer ciência, existem margens de risco no processo de clonagem das mudas. Teotônio, especialista no assunto, explica que: 

“Os riscos são inerentes de qualquer processo onde você reduz muito a base genética. Então, uma floresta de um clone só é uma floresta de uma árvore só. Então, se essa árvore, por algum efeito do ambiente ou de pragas e de doenças vier a ser afetada, a floresta inteira será”.

Quando o plantio é por semente, existe uma variabilidade genética incorporada neste material.

sementes de mogno-africano

Sementes de mogno-africano

Apesar de que, do ponto de vista biológico, exista esta fragilidade teórica, no Brasil já temos experiência há mais de 40 anos fazendo clones e até hoje nunca aconteceu uma catástrofe que pudesse ser atribuída exclusivamente ao uso da clonagem. 

Ainda segundo Teotônio, a clonagem foi capaz de elevar a produtividade volumétrica das plantações de eucalipto no Brasil de 8m3 por hectare/ano na década de 70/80 para mais de 41 m3 por hectare/ano em 2010. Um resultado 5 vezes superior à produtividade inicial.  

Os riscos existem, mas são pequenos. Se os processos de clonagem e testagem forem feitos adequadamente, a tendência é que a técnica funcione da mesma maneira para o mogno-africano.

O professor Evandro complementou a reflexão, alertando para o balanço que se deve fazer entre ganho e risco, já que a clonagem tende a gerar muito ganho, mas, também, pode aumentar um pouco os riscos, à medida que diminui a variabilidade genética. 

Em sua opinião, nenhum produtor deveria plantar um único clone, mas sim clones variados até que estes sejam exaustivamente testados e comprovados.

Como está a pesquisa de melhoramento genético para o mogno-africano?

pesquisas em mogno africano

Pesquisas crescem no mogno-africano

O cultivo das espécies khayas no Brasil ainda é algo muito recente. Conforme palavras do próprio professor Evandro, ainda estamos engatinhando em termos de melhoramento genético para o mogno-africano no Brasil.

Além das pesquisas ainda estarem em fases iniciais, o professor pontuou muito bem a questão climática que envolve todos os testes de melhoramento genético. 

Por mais que se diversifique as áreas para os testes de clonagem e se faça o plantio em diferentes regiões do país, o clima influencia muito nos resultados e é um fator imprevisível.

Ainda assim, os produtores podem se manter otimistas sobre o melhoramento genético. Pesquisas e testes em relação à qualidade das mudas e também a clonagem de árvores superiores têm sido feitos em várias partes do país. 

Abaixo, citaremos os exemplos que se destacam no mercado e que foram citados na “Roda de Conversa”:

Minas Gerais

Em Minas Gerais, o trabalho do Viveiro Origem, com início em 2012, tem sido importante devido ao seu investimento em pesquisa. Foi criado um laboratório de biotecnologia dentro do viveiro para desenvolver estudos que visam melhorar a qualidade das mudas entregues ao produtor. 

Hoje, o viveiro conta com mais de 60 mil matrizes escolhidas por critérios rigorosos de qualidade da origem e características fenotípicas das mudas. Estas matrizes (família clonal) vêm produzindo mudas por meio da técnica de clonagem.  

Mesmo que estas matrizes ainda não sejam registradas e de um clone único, este meio de propagação já vem demonstrando um resultado superior e positivo em campo. 

Registros feitos por meio de inventários em locais nos quais foram plantadas mudas seminais e mudas clonais (clones multifamiliares) apresentaram os seguintes resultados, cuja divulgação foi permitida pelo proprietário das duas fazendas, o empresário Ricardo Tavares:

  • Fazenda Atlântica: localizada em Pirapora/MG, com plantio irrigado e com quase 10 anos. Neste plantio, as mudas clonais tiveram um ganho superior em termo de DAP e fuste se comparadas às mudas seminais plantadas na mesma época. O volume do ganho foi superior em quase 17%.
  • Fazenda Florestas da Canastra: localizada em São Roque de Minas/MG, com plantio não irrigado e com 1 ano e meio. Neste plantio de 40 hectares, feito com mudas do Viveiro Origem, as mudas clonais apresentaram um DAP 23% e altura 9,5% superiores em comparação às mudas seminais.

Esta superioridade pode ser justificada por meio dos resultados de um trabalho de mestrado desenvolvido pela aluna Natallia Campelo, orientanda da Dra. Gracielle Costa, que é pesquisadora responsável pelo Laboratório do Viveiro Origem e coordenadora do Mestrado em Biotecnologia do UNIFEMM em Sete Lagoas/MG. 

Este estudo demonstrou que as mudas de mogno-africano feitas pela técnica de clonagem apresentam volume superior de sistema radicular em 25% se comparados às mudas seminais. Este trabalho de mestrado será em breve publicado.

Outra justificativa para a superioridade em campo seria a idade genética das matrizes clonais, que dariam mais maturidade às plantas em campo. 

Goiânia

O professor Evandro desenvolveu um trabalho na área de clonagem com o Viveiro Mudas Nobres, em Goiânia. Na ocasião, foi realizada uma visita nas fazendas mais antigas de mogno-africano no Brasil e avaliou-se a altura e diâmetro de mais de 4 mil árvores. 

Desse volume, foram selecionadas as 53 melhores árvores em termos de diâmetro, altura de fuste, além de outros aspectos que indicassem que esses indivíduos estavam saudáveis. 

Essas árvores foram clonadas e instalaram-se os primeiros testes clonais em fazendas em diferentes regiões do país. Os resultados iniciais são muito bons e em breve será publicado um artigo a respeito. Estes testes têm 4 anos.

Mato Grosso

Jaldes Langer, Engenheiro Florestal da empresa Langermaz e Flora Sinop, contou ter iniciado seu trabalho com 200 sementes obtidas no Pará, na sede da Embrapa em 1998. 

Estas árvores plantadas foram monitoradas e as melhores matrizes foram selecionadas. Destas árvores superiores foram produzidas mudas de sementes e, em 2016, iniciou-se um processo de coleta de material apical destas matrizes para introdução no viveiro. 

Este material foi plantado em 4 repetições. Ainda não se tem o resultado definitivo, pois é um trabalho complexo. 

“A passos lentos, mas com segurança e profissionalismo, o Brasil todo está hoje gostando da cultura do mogno-africano. Eu acredito que nós teremos bons frutos a médio e longo prazo, pois estamos fazendo o trabalho de casa muito bem-feito e embasado, com parcerias com empresas e universidades. Estamos no caminho certo”, completou Jaldes em seu depoimento

São Paulo

Outra iniciativa, reportada pelo Professor Evandro Novaes, foi iniciada pela empresa Futuro Florestal com o mogno da espécie khaya senegalensis, na qual foram importadas da África 30 progênies de 3 locais diferentes que estão sendo testadas em 7 regiões distintas do Brasil.

Como escolher a muda ideal de mogno-africano?

Mudas de mogno-africano em tubetes

É possível encontrar mudas clonais de diferentes valores no mercado. Os viveiristas presentes na Roda de Conversa ressaltam que existe um trabalho muito complexo e de alto investimento no manejo e qualidade das mudas dentro do viveiro, que, obviamente, reflete no preço final da venda.

Segundo informações passadas por Luciana Maluf, “um processo sério envolve custo e manejo desde a nutrição do jardim clonal, passando pela composição e volume do substrato que não pode ser qualquer um. A boa muda para chegar no ponto ideal tem que ter espaço de viveiro para mantê-las segregadas. São vários fatores que a gente analisa para, na hora de fazer a expedição da muda, ter um critério rigorosíssimo de qualidade”. 

A estimativa é de 6 meses a 1 ano para que uma muda de mogno-africano atinja a boa formação e maturidade para ir ao campo. 

Por esse motivo, o preço não pode ser o único fator para determinar a sua decisão de compra. Desenvolver mudas clonais e seminais de qualidade envolve um trabalho de alta complexidade.

Como pode ser definida a qualidade genética superior de uma árvore?

Muitas vezes o produtor confunde a aparência com a qualidade genética da árvore. 

Quando se vê uma árvore forte, bonita, com bom DAP, fuste e livre de doenças no campo automaticamente associamos isso a uma boa qualidade genética. 

No entanto, essas características não são garantia de que, ao se plantar clones dessa árvore, você terá uma floresta de sucesso. A superioridade pode ser decorrente de fatores genéticos, mas também de fatores externos.

Segundo o professor Evandro Novaes, “o que vemos externamente em uma árvore não é a sua condição pura e simplesmente genética, mas a expressão da sua genética influenciada pelo ambiente. Então, olhando uma única árvore fica difícil saber se aquela superioridade é de natureza genética e se será transmitido para as próximas gerações. A superioridade ambiental dependerá de você replicar aquele ambiente e isso só se consegue avaliar com experimentação”.

Considerações finais

Todo processo de clonagem envolve muita pesquisa e testes. Considerando que o mogno-africano é uma cultura recente no país, é de se esperar que se leve tempo para amadurecer a técnica.

Conforme bem pontuado pelo Mestre em genética, Teotônio Assis, para o mogno, em uma projeção de cenário mais consercador, para se definir o clone partindo-se de matrizes escolhidas seriam necessários 42 anos para finalizar esse trabalho. 

Existe a possibilidade de redução com seleções precoces, como foi feito para o eucalipto, que poderia reduzir este prazo para 22 anos. 

Como exemplo, ele citou que para o eucalipto, menos de 1% das matrizes superiores selecionadas se transformam em clones recomendados. Problemas na propagação podem atrapalhar o processo de clonagem.

Segundo suas palavras, “como a questão é muito nova em mogno-africano teremos que ir aprendendo aos poucos. Não existe nenhuma regra pronta. O que podemos afirmar é que todas as espécies lenhosas sofrem o efeito da maturação e da juvenilidade. A juvenilidade é fundamental para que se possa transmitir a superioridade da árvore para o clone”. 

Os participantes finalizaram a conversa entrando em um consenso geral sobre o futuro do mogno-africano no Brasil: de que é um caminho que ainda está começando, mas com grandes perspectivas de sucesso.

O otimismo é muito pautado pelas boas iniciativas promovidas pela ABPMA na construção e condução de parcerias que incentivam a disseminação de informação de qualidade, de valorização da pesquisa e de muita troca de conhecimento entre produtores de mogno-africano em todo país.

O mercado do mogno tem um potencial enorme, mas ficou claro que só dará bons frutos se for feito um trabalho de equipe. Como bem lembrou Luciana Maluf, no encerramento da conversa, “Se quiser ir rápido, vá sozinho. Se quiser ir longe, vá em grupo”.  

Com isso, terminamos o nosso resumo. Para mais informações e detalhes sobre o futuro do melhoramento genético do mogno-africano vale muito à pena conferir o bate-papo completo, disponível abaixo:

 

Ainda têm dúvidas sobre como comprar uma muda de qualidade? Entre em contato com o Viveiro Origem!

A madeira é uma das matérias-primas mais utilizadas pelo homem ao longo dos anos. Olhe ao seu redor. Garanto que encontrou algum item feito desse material, não é mesmo? Então, é fácil entender os motivos que tornam esse mercado tão promissor no Brasil e no mundo.

Se o seu objetivo é comercializar este produto, já sabe que qualidade é um valor inegociável para ter alto rendimento. Também entende que é preciso seguir uma legislação rigorosa para explorar o mercado madeireiro. Por fim, tem consciência de como é difícil alinhar todos esses fatores.

Bom, é por isso que você precisa conhecer mais sobre mogno-africano. A madeira dessa espécie tem sido considerada como um ótimo investimento por vários motivos e neste texto explicaremos cada um deles. Confira!

Uma madeira nobre e versátil

A versatilidade do mogno-africano é um dos principais fatores que fazem a espécie ser escolhida para cultivo no Brasil. Sua madeira serve de insumo para:

  • Fabricação de móveis;
  • Criação de adornos e objetos;
  • Construção civil;
  • Confecção de revestimentos e acabamentos.

De tom rosado e castanho mais avermelhado, é um tipo de madeira fácil de ser tonalizada e de alcançar um excelente acabamento. Isso deixa o aspecto final das peças criadas com uma estética diferenciada.

Além disso, a qualidade do mogno-africano já é reconhecida por marceneiros, designers e arquitetos desde meados dos anos 2000. A Associação Brasileira dos Produtores de Mogno Africano (ABPMA), por exemplo, criou em 2016 o Mahog Project, iniciativa que convidou diferentes profissionais para criarem peças com o mogno-africano e que alcançou uma repercussão bastante positiva para o setor.

Eventos importantes do segmento de design e com projeção internacional, como a Casa Cor, sempre expõem vários utensílios feitos com a madeira e muitos profissionais criam ambientes utilizando o mogno para enfatizar toda a sua beleza, durabilidade e qualidade. 

Por fim, várias empresas estão fazendo parcerias com profissionais renomados do mercado para inserir ainda mais o mogno-africano em seus produtos. Um exemplo é a linha criada por Paulo Alves em conjunto com a Westwing. As peças confeccionadas usando a madeira foram as cadeiras Bo, em homenagem à Lina Bo Bardi, o banco Samba e a mesa Jô.

Créditos: Divulgação/Site Paulo Alves (pauloalves.com.br)

Facilidade no cultivo e alta rentabilidade

Além da questão estética, outros aspectos do mogno-africano o tornam um bom investimento para os produtores brasileiros, como:

  • Fácil adaptação ao solo;
  • Baixa incidência de pragas e doenças;
  • Cultivo e manejo simplificado se comparado com outras espécies de madeiras nobres.

A maturação da espécie para a comercialização de madeira beneficiada demora entre 15 a 20 anos, a depender dos objetivos do produtor e desenvolvimento da floresta. No entanto, durante os desbastes realizados para a manutenção da floresta, já seria possível vender a madeira (conhecida como “mogno-jovem”) para serrarias ou beneficiá-la, o que contribui para o silvicultor já ter algum rendimento antes do corte raso da floresta.

A viabilidade e rentabilidade desse investimento também possui altos valores de taxa interna de retorno, entre 14% e 20% para a madeira beneficiada, conforme dados contidos no livro “Mogno-africano — atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil” publicado pela Embrapa, sendo superiores à maioria das opções de renda fixa disponíveis no mercado.

No vídeo a seguir, você pode conferir também mais algumas informações que indicam a força do mogno-africano no mercado: 

Alternativa para o reflorestamento 

O diferencial do mogno-africano está especialmente na possibilidade de os novos plantios e a extração futura dessas florestas serem facilitados, visto não haver necessidade de autorização prévia para plantio, caso este seja feito em áreas sem restrições/impedimentos, como, por exemplo, áreas de reserva legal, áreas de preservação permanente ou áreas que precisem ser desmatadas para plantar. 

O que a legislação exige é apenas a comunicação do plantio aos órgãos ambientais estaduais. Portanto, os plantios de madeira exótica (não nativas do Brasil) são desburocratizados, o que facilita todo o processo de silvicultura e comercialização.

Outro ponto positivo é que o mogno é uma madeira muito apreciada nos mercados europeu, norte-americano e chinês. A sua versatilidade e durabilidade, como já citamos anteriormente, fazem com que essa matéria-prima seja muito procurada nesses locais para atender às indústrias de mobiliário, decoração, automotiva, aeronáutica, farmacêutica e naval.

Além disso, de acordo com uma recente publicação da Embrapa, o mogno-africano tem se tornado uma das espécies preferidas pelos reflorestadores. O crescimento relativamente rápido da árvore possibilita a recuperação de áreas degradadas em menor tempo, favorecendo a recuperação da flora e fauna do local do plantio.

O reflorestamento é uma atividade sustentável e sua realização contribui para:

  • Melhorar o microclima da região na qual o plantio é feito.
  • Aumentar a retenção de água no solo.
  • Reduzir erosões.
  • Recompor a fauna da região.
  • Evitar que a madeira nativa seja derrubada e novas áreas sejam degradadas.

Com todos esses benefícios, o mogno-africano deixou de ser uma tendência e passou a assumir um papel de protagonista na silvicultura brasileira. 

Quer fazer parte desse futuro promissor? Entre em contato com o Viveiros Origem e solicite o seu orçamento!

 

Já ouviu aquele ditado “O olho do dono é que engorda o gado”? Então, ele faz todo sentido quando falamos do desenvolvimento saudável de uma floresta de mogno-africano. 

Quando o plantio da espécie já está estabelecido, temos que monitorá-lo para ver se as decisões tomadas durante o planejamento foram adequadas, bem como identificar o que é necessário corrigir para obter melhores resultados.

Uma das formas mais efetivas de se fazer o monitoramento do desenvolvimento da floresta é por meio de inventários anuais. Com os dados levantados, o produtor pode quantificar e qualificar sua floresta, além de projetar qual será o seu resultado.

Como cada povoamento tem suas próprias características, não existe uma fórmula única para fazer os desbastes e intervenções para manter sua floresta saudável. Cada produtor terá que encontrar as medidas que mais se adequam ao seu negócio. 

Contudo, existem alguns aspectos chaves para os quais todos os silvicultores de mogno-africano devem ficar atentos, caso queiram obter sucesso no investimento. Confira!

DAP

O Diâmetro à Altura do Peito (DAP) é uma das variáveis mais importantes medidas em um inventário florestal. Ele afere um dos parâmetros que irão indicar se a sua floresta está ganhando volume, ou seja, se não está estagnada. 

Existem vários instrumentos para se medir o DAP de uma árvore, mas o instrumento mais prático e acessível para se medir o DAP é a fita métrica. Mede-se, na verdade, o CAP – Circunferência à Altura do Peito. 

Depois, é feito um cálculo convertendo esse valor para diâmetro. A fórmula utilizada para se achar o DAP de uma árvore é a seguinte:

Ou seja, medida a circunferência à altura do peito, divide-se este valor por = 3,141592para se encontrar o diâmetro da árvore analisada. Veja na imagem abaixo a sinalização do CAP e do DAP:

Fonte: KLOCK (2008) – adaptado. KLOCK, U. ENGENHARIA INDUSTRIAL DA MADEIRA-AT062: medição de madeira. Curitiba: UFPFR, 2008.

Segundo a Embrapa, por questões de ergonomia e praticidade, a medição do diâmetro da árvore é padronizada em uma altura de 1,30 m do nível do solo, como mostra a imagem a seguir:

Fonte: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO

Se a floresta não estiver ganhando volume, será preciso fazer intervenções, como desbastes para diminuir a competição entre as árvores ou a adubação complementar, por exemplo.

Altura 

Outra variável importante é a altura do fuste da árvore. Esse dado também é importante para determinar o volume de madeira da floresta.

A altura de fuste ou comercial, é medida desde a base da árvore até o ponto mais elevado próximo da copa. Com essa informação é possível ver o quanto de madeira a sua floresta terá para comercializar. 

Se a sua floresta gerar árvores com copas baixas, por exemplo, o fuste será pequeno e terá menor valor comercial.

Na imagem abaixo, você pode ver o exemplo de um inventário que mostra a evolução do DAP e a altura de fuste da floresta de mogno-africano da Fazenda Atlântica, em Pirapora (MG), com uma comparação entre mudas de origem seminal e clonal (feitas por estaquia): 

Formato dos troncos

O que se busca em um plantio comercial destinado à exploração da madeira é a obtenção de fustes retos e com qualidade, para se obter um bom aproveitamento nas serrarias. Portanto, não adianta ter volume se não tiver um bom padrão de madeira. Fustes tortuosos, bifurcados, com doenças e deformações podem comprometer todo o trabalho feito. Veja na imagem abaixo os diferentes formatos de troncos:

Fonte: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO

Enquanto não se tem para o mogno as cultivares (clones registrados) com uma maior uniformidade nos plantios, os fatores que podem influenciar no formato dos fustes da floresta são os seguintes: 

  • Espaçamento entre as árvores. Sugerimos de 400 a 550 árvores iniciais por hectare para atingir de 100 a 200 unidades no final do ciclo.
  • Desbastes periódicos para redução do número de indivíduos por hectare (reduzindo a competição entre as árvores e preservando os melhores indivíduos).
  • Controle da adubação e água. O excesso pode gerar um crescimento acelerado sem qualidade que pode deixar a planta sem estrutura e suscetível à tombamentos ou tortuosidade.
  • Análise da necessidade de barreiras físicas para quebrar o vento (com eucalipto, por exemplo).

Baixa incidência de pragas

A floresta precisa ser sempre monitorada para não ser acometida por pragas e doenças. É importante observar se estão surgindo formigas, abelhas ou outros insetos na área do plantio, bem como, verificar a coloração das folhas e dos troncos, para ter certeza que não há a presença de fungos ou outros patógenos. 

É extremamente relevante, durante esse monitoramento, documentar a quantidade de árvores que foram atacadas por pragas ou doenças e registrar essa porcentagem no inventário. São essas informações que permitirão traçar medidas corretivas e/ou preventivas para minimizar os impactos na floresta. 

Vale ainda observar a necessidade frequente de  combater a mato-competição. Já existem estudos científicos comprovando o impacto negativo do mato no desenvolvimento do mogno.

Como fazer o monitoramento da floresta?

O ideal é contratar um técnico capacitado, que possa visitar a área periodicamente para elaborar inventários e avaliar as condições gerais da floresta. Estas visitas têm como objetivo identificar os pontos a serem melhorados e, assim, propor as intervenções necessárias para manter o plantio em desenvolvimento com o máximo de qualidade.

Caso o produtor não consiga investir em um técnico no momento, a ação mais recomendada é ele mesmo coletar esses dados, por meio de visitas frequentes ao plantio, para fazer registros fotográficos e levantamento de dados e informações que poderão ser analisadas e discutidas posteriormente com um profissional. 

Nós, do Viveiro Origem, podemos ajudar nossos clientes a identificar a necessidade de possíveis intervenções na floresta com base nos dados coletados.

Vale ressaltar que este suporte é uma espécie de dupla checagem que dará ainda mais segurança aos nossos clientes. Nada substitui um inventário completo e uma análise técnica executada por profissionais capacitados para a função. 

Quer saber mais sobre como o Viveiro Origem pode potencializar o seu investimento em mogno-africano? Entre em contato conosco!

Cada silvicultura tem o seu próprio “dialeto”. Com o mogno-africano não é diferente. É comum, quando estamos pesquisando sobre o plantio da espécie, nos depararmos com termos como “DAP da árvore” ou “rustificação da muda” e não sabermos exatamente o que eles significam.

Se esse é um desafio para você que está começando a sua jornada no mundo do mogno-africano, este post é a solução. Separamos por fases de cultivo, os principais conceitos usados no dia a dia de quem investe em floresta de mogno para você poder consultar sempre que tiver dúvidas. Confira!

Termos de plantio

A primeira etapa do plantio do mogno-africano envolve o planejamento, escolha das mudas, adubação e outras etapas que você pode saber mais aqui. Então, durante esse período da sua pesquisa, você verá os seguintes termos:

Sobre a espécie

  • Mudas obtidas pelo processo de clonagem: são as cópias idênticas à planta de onde se retirou o material vegetal para sua produção, que é chamada de matriz.
  • Mudas seminais: são mudas provenientes de sementes da planta.
  • Khaya: é o nome científico do gênero do mogno-africano.
  • Khaya grandifoliola: conhecida como mogno-da-folha-grande, a khaya grandifoliola é uma das Khayas mais plantadas em território brasileiro, pois se adaptou muito bem ao clima e ao solo. Existem mais outras três espécies de mogno-africano e explicamos as diferenças entre cada uma delas no vídeo abaixo:
  • Raízes ativas: são as raízes novas e bastante vitalidade, na cor branca, e têm a função de absorver a água e os nutrientes do solo, permitindo o desenvolvimento da planta.
  • Raiz enovelada: a tendência das raízes do mogno-africano é de crescer para baixo, afinal, elas vão sustentar toda a árvore. Quando as mudas são cultivadas de maneira não adequada, como, por exemplo, em saquinhos por longo período, as raízes podem enrolar (ou enovelar) umas nas outras e isso prejudica o crescimento da planta. Por isso, uma muda de mogno-africano de qualidade não deve ter as raízes enoveladas.
  • Haste lignificada: é a condição que indica que a haste da muda está madura e firme para a realização do plantio. Para saber se a haste já atingiu essa firmeza, ela precisa estar mais rígida e apresentar a tonalidade marrom.

Sobre planejamento

  • Espaçamento: é a distância escolhida entre as mudas na hora do plantio. Existem vários espaçamentos sugeridos para o cultivo do mogno-africano e neste link você encontra mais detalhes sobre o assunto. 
  • Análise do solo: é uma análise feita em laboratório a partir de uma amostra do solo, que visa indicar sua composição e apontar para a necessidade de eventuais correções, conforme a cultura que se pretende implementar na área. Deve ser feita antes do plantio e sempre que necessário para novas adubações. Neste link você encontra um vídeo no qual ensinamos uma forma de fazer esta coleta de material para envio ao laboratório.
  • Irrigação: fornecimento de água suplementar para suprir a deficiência hídrica (falta de água) das regiões nas quais as mudas foram plantadas, evitando o prejuízo no funcionamento do seu metabolismo. 
  • Irrigação localizada: é a aplicação direta de água na região onde a muda foi plantada, irrigando diretamente as raízes da planta. A irrigação pode ser feita por superfície, com a técnica de gotejamento (mais utilizada e mais econômica), ou por microaspersão, simulando uma chuva e umidificando não só o solo, mas também a planta. 
  • Irrigação de salvamento: é feita com a utilização de carros pipa, mas que pode gerar custos superiores aos de uma irrigação convencional a depender do tamanho do plantio e volume de água utilizado.

Sobre adubação

  • Calagem: é uma etapa do preparo do solo que consiste na adição de calcário ou cal virgem para diminuir a acidez e fornecer nutrientes para as plantas.
  • Cova: é o espaço aberto no solo para receber o plantio da muda. No caso do mogno-africano, deve ser realizado o coveamento manual ou mecanizado a uma profundidade de no mínimo 60 cm, de modo a favorecer o melhor desenvolvimento do sistema radicular, como mostra a imagem:

Cova

  • Nutrientes: são compostos presentes no solo e que servem para nutrir a planta. Quando se faz uma análise de solo, por exemplo, um dos pontos verificados são os nutrientes presentes na terra. A boa nutrição ajuda no desenvolvimento e no sucesso do plantio. Os nutrientes são divididos em duas categorias: macronutrientes e micronutrientes.
  • Micronutrientes: são os nutrientes que asseguram o desenvolvimento saudável das plantas, mas são absorvidos por elas em menor quantidade. Exemplos de micronutrientes: zinco, ferro, manganês, boro, cloro, cobre e molibdênio. 
  • Macronutrientes: são os nutrientes principais para a saúde das plantas e são absorvidos em maior quantidade. Como macronutrientes primários temos: nitrogênio, fósforo, e potássio (famoso NPK). Além desses, são também essenciais para as plantas o cálcio, o magnésio e o enxofre, que são considerados macronutrientes secundários.

Termos de desenvolvimento da floresta

Depois do plantio, a próxima fase é acompanhar o crescimento da sua floresta. Será comum você planejar e discutir sobre os conceitos a seguir:

  • DAP: é a sigla para diâmetro à altura do peito. É uma das mais importantes variáveis que precisam ser medidas para o inventário florestal. É a medida que se refere ao estudo das dimensões das árvores, com o objetivo de determinar o volume de uma floresta.
  • Desbaste: Os desbastes são cortes feitos em árvores de mogno jovem para favorecer os indivíduos que se desenvolveram melhor até o momento, deixando mais espaço para eles e diminuindo a competição pelos nutrientes do solo, iluminação e água.
  • Fechamento de copa: é o que acontece quando as partes aéreas do mogno (compostas pelos galhos e folhas) são densas e largas o suficiente para sombrear a maior parte do solo da floresta. 
  • Matocompetição: é quando o mato entra em competição pelos nutrientes do solo com as mudas plantadas, prejudicando o desenvolvimento da floresta.
  • Manejo: é um conjunto de técnicas usadas para o bom cultivo do mogno africano, garantindo que a floresta tenha um bom desenvolvimento.
  • Desrama: é a remoção de ramos/galhos das árvores para otimizar o seu desenvolvimento. A desrama pode se dar de forma natural (como geralmente ocorre com as Khayas grandifoliolas) ou de forma mecanizada (mais utilizada na espécie Khaya senegalensis).

Termos de comercialização

A negociação está presente em todas as etapas da silvicultura do mogno-africano, começando pela compra de mudas até a venda final da madeira. Por isso, você ouvirá falar bastante de:

  • Viveiro de mudas: é a estrutura para o cultivo de mudas (como mostra a foto abaixo). Esse espaço oferece condições controladas para que as mudas cresçam e se desenvolvam até atingir a maturidade ideal para serem comercializadas e replantadas pelos produtores. 
Viveiro de mudas de mogno-africano

Viveiro de mudas de mogno-africano do Viveiro Origem.

  • Processo de rustificação: consiste em diminuir a irrigação da muda e aumentar a sua exposição à luz para que ela fique mais resistente, permitindo uma fácil transição entre o viveiro e o campo. O tempo de rustificação varia de acordo com o destino da muda e da necessidade do produtor, mas geralmente, o processo dura no mínimo 15 dias e deve ser feito antes da fase de expedição.
  • Fuste: é a parte principal do tronco de uma árvore, aquela situada entre o solo e as primeiras ramificações, portanto, é a parte mais comercial da árvore.
  • Corte raso: é quando todas as árvores de uma floresta atingem seu ciclo de maturidade esperada e são cortadas. É a fase final do manejo da floresta. O corte raso do mogno-africano costuma ser feito entre o 16.º e o 20.º ano.
  • Madeira em pé: é a madeira vendida como está na floresta, onde o comprador normalmente assume todos os custos de corte, retirada e transporte da madeira para futuro beneficiamento. O preço da madeira em pé é bem menor que o preço da madeira beneficiada.
  • Madeira beneficiada: é uma madeira que passa por um processo rigoroso de secagem (natural ou estufa), tratamento, corte e preparo das peças para o mercado. Portanto, a qualidade final precisa ser bem alta. Por agregar valor ao produto final (peças beneficiadas), é vendida com valor mais caro no mercado. 

Sabendo todos os conceitos será muito mais fácil continuar a sua pesquisa e até fazer negociações para o seu investimento em mogno-africano. 

Tem algum outro termo que já ouviu sobre cultivo do mogno e ainda não sabe o significado? Então, maratone o nosso canal do Youtube para ficar por dentro do assunto!

O plantio de mogno-africano, apesar de novo no Brasil, tem se mostrado uma alternativa promissora para os produtores rurais. A rentabilidade desse investimento é atrativa e o manejo das florestas é menos complexo se comparado a outras espécies madeireiras.

Apesar deste cenário promissor, ainda existem dúvidas sobre o cultivo dessa espécie, desde o tipo de muda que deve ser usada no plantio até como pode ser realizada a venda da madeira (em toras ou beneficiada?). Uma boa forma de deixar todo o investimento em mogno-africano mais simples é ter ajuda de uma assessoria técnica. Neste post, explicaremos mais sobre o que é esse serviço e sua importância para ter uma floresta de mogno mais eficiente.

O que é uma assessoria técnica para plantio de mogno?

A assessoria técnica nada mais é do que uma equipe de profissionais especializados em silvicultura de mogno contratada para auxiliar todas as etapas de planejamento, execução, manutenção, monitoramento da floresta e colheita da árvore.

O plantio de mogno-africano, como qualquer outro cultivo em madeiras nobres, envolve peculiaridades que estão diretamente relacionadas à produtividade da floresta. Sendo assim, para obter o máximo de aproveitamento e rentabilidade, é preciso que o plantio, o cultivo e o manejo sejam feitos da melhor forma possível.

Nesse sentido, a assessoria técnica vem para auxiliar nas tomadas de decisões do produtor, como:

  • definir o espaçamento adequado no plantio;
  • escolher o tipo de muda;
  • determinar a área na qual será plantada a floresta;
  • avaliar a necessidade de irrigação complementar;
  • definir correções de solo;
  • avaliar se haverá uso de máquinas, etc.

A silvicultura do mogno ainda é recente no Brasil, assim, ter a ajuda de especialistas técnicos é uma forma de estar sempre a par das novidades que podem melhorar o desempenho da sua floresta.

Como o Viveiro Origem pode te ajudar a ter sucesso em seu plantio?

O Viveiro Origem é especializado na produção das melhores mudas seminais (oriundas de sementes selecionadas) e também as obtidas pelo método de clonagem de ótimas matrizes de mogno-africano, que são fornecidas para plantios em todo o Brasil. Além de oferecermos mudas de qualidade, nos importamos com a sua floresta. Por isso, damos todo o suporte para os nossos clientes, compartilhando informações valiosas para que os seus projetos alcancem sucesso. Veja a seguir:

Acesso a um manual básico para o plantio

Após a compra das mudas, o próximo passo é o seu plantio. Nesse momento, é comum surgirem dúvidas, como o preparo do solo, como fazer a retirada das mudas do tubete, espaçamento, dicas para o plantio, etc.

Para guiar o nosso cliente, disponibilizamos um manual básico respondendo  questões gerais para tornar o processo do plantio do mogno-africano o mais claro possível.

Interpretação da análise de solo exclusiva para os clientes

Todo silvicultor sabe o quão importante é realizar uma análise de solo. É a partir desse estudo que você poderá planejar as adubações necessárias para o plantio e manejo do mogno-africano. O estudo do solo é um documento bastante técnico, o que pode dificultar o seu entendimento.

Por isso, oferecemos uma interpretação da análise do solo sem custo e exclusiva para clientes que compram acima de 1000 mudas.

Veja como funciona a coleta de análise de solo:

Indicação de técnicos capacitados

Muitas vezes, o produtor não sabe onde encontrar profissionais capacitados para obter uma assessoria técnica mais completa e personalizada, com visitas periódicas ao plantio e manejo contínuo da floresta.

Como somos uma empresa com contatos no mercado, inclusive associados da ABPMA – Associação Brasileira de Produtores de Mogno Africano, conhecemos técnicos capacitados para o plantio e acompanhamento do desenvolvimento da floresta de mogno, em diversas regiões do Brasil. Indicamos, sem qualquer vínculo comercial, profissionais que já possuem experiência com mogno e têm desenvolvido ótimos projetos.

Monitoramento das florestas plantadas

Quem investe em qualquer tipo de cultivo, sabe que é algo que exige dedicação. Acompanhar o desenvolvimento da floresta permite que o produtor possa identificar eventuais necessidades de intervenções estratégicas para alcançar um resultado positivo.

O ideal é adotar a prática de efetuar inventários periódicos, coordenados por um técnico capacitado, para que seja feito o monitoramento do desenvolvimento da floresta e a identificação a tempo para as intervenções necessárias, que podem ser:

  • novas adubações;
  • incremento ou redução de irrigação;
  • necessidade de podas e desbastes, etc. 

Por meio de registros periódicos fotográficos e uma amostragem numérica de alguns dados de desenvolvimento da floresta, é possível identificar alguns parâmetros que podem dar indícios se sua floresta está ou não com um desenvolvimento razoável.

Se o cliente fornecer essas informações para a equipe do Viveiro Origem, podemos, após compará-los com dados de plantios exemplares, sinalizar para a eventual necessidade de possíveis intervenções posteriores.

Obviamente, estamos falando de médias e comparações preliminares que deverão ser checadas, caso necessário, por meio de um inventário completo e análise técnica, ambos executados por profissionais técnicos capacitados.

Contratar um acompanhamento técnico para iniciar sua floresta de mogno-africano é extremamente importante para que o produtor consiga manejar adequadamente a floresta e otimizar a sua qualidade/produtividade. Adicionalmente a essa estratégia, vale a pena comprar mudas de uma empresa que investe em pesquisa, como o Viveiro Origem. Veja aqui como funciona a seleção das nossas matrizes de mudas e nossas parcerias! 

Por ser um investimento com potencial de alto rendimento e uma espécie de fácil adaptação em grande parte do solo nacional, o interesse em plantar mogno-africano tem crescido no mercado brasileiro. No entanto, para ter rentabilidade, é preciso planejar o plantio e entender detalhadamente os passos necessários para iniciar o negócio. 

Se você tem interesse em investir em mogno-africano, este post trará o passo a passo para você iniciar esse projeto. Confira!

Como iniciar o planejamento para investir em uma floresta de mogno-africano?

Antes de investir no plantio de madeiras para fins comerciais, é importante estudar os objetivos e etapas necessárias para a implantação da floresta, para que seu plantio, seja ele grande ou pequeno, atinja seus objetivos. Os principais aspectos a serem incluídos no projeto são:

1. Efetuar uma análise de solo 

A análise do solo é essencial para conhecer as características e necessidades de eventuais ajustes na área de plantio, propiciando um melhor estabelecimento da floresta. Então, coletar amostra do solo e enviar para um laboratório fazer a análise é o primeiro passo no planejamento do plantio.

Com o resultado da análise em mãos, é possível direcionar as melhores práticas de preparo do solo e verificar quais tipos de correção são necessárias para aumentar a produtividade do plantio. 

A correção do solo pode ser feita com a aplicação de macro e micronutrientes que ajudarão, posteriormente, na etapa de nutrição da planta. Por exemplo, se a análise identificar que o solo é muito ácido, correções prévias deverão ser efetuadas para que o solo esteja preparado para receber o plantio.

É importante ressaltar que existem vários métodos de correção para melhorar a qualidade do solo e, assim, garantir a nutrição adequada da planta. O que pode ser bom para sua floresta, não necessariamente será bom para outro silvicultor. Portanto, a sua escolha de correção e, consequentemente, adubação, dependerá única e exclusivamente do relatório de análise de solo da sua área de plantio.

Ainda vale lembrar que, mesmo com a possibilidade de correções, existem solos que não são adequados para o plantio de mogno. Por exemplo, devem ser evitados solos com aflorações rochosas ou impedimentos físicos (lajes ou “toás”) e também áreas que sofram alagamentos com frequência. 

Então, fique atento a esses detalhes antes de iniciar o plantio. O Viveiro Origem, por exemplo, a partir da compra de 1000 mudas, faz a recomendação da correção do solo se o cliente apresentar a análise realizada. Essa assessoria ajuda muito para fazer um plantio mais produtivo.

2. Avaliar a topografia do terreno

Saber a topografia da área de plantio é fundamento para analisar como será feita a drenagem do solo e também os custos de implantação do projeto. Em áreas de topografia muito acidentada*, por exemplo, devem ser considerados parâmetros necessários para o uso de práticas conservacionistas dos solos.

É a partir dessa avaliação da topografia que também pode ser identificada uma necessidade de sondagem da área para se conhecer tanto o perfil do solo, quanto para se obter informações das condições de compactação, profundidade e drenagem do solo.

3. Verificar o índice pluviométrico histórico da região 

Saber a quantidade de chuva média e histórica da região é importante para avaliar a necessidade e a melhor forma de irrigação das mudas após o plantio. O índice pluviométrico ideal para bom desenvolvimento do mogno-africano da espécie Khaya grandifoliola é acima de 1200 mm por ano de forma bem distribuída durante os meses do ano. Abaixo deste parâmetro, é recomendável investir em uma forma de irrigação complementar. 

É indicado plantar a muda de mogno sempre nos períodos chuvosos do ano. Por isso, comece o planejamento antes desse período! Além disso, mesmo que a região mostre bons índices pluviométricos, deverá ser dedicado um cuidado especial às mudas nos primeiros anos de vida. Por isso, é recomendado, até o estabelecimento das mudas no campo (mínimo até os dois primeiros anos de plantio), a irrigação mecânica ou manual das mudas para garantir a complementação das chuvas, já que a falta de água neste período sensível da muda pode comprometer todo o investimento. 

No vídeo abaixo, o engenheiro agrônomo, João Emílio Duarte Matias, explica com mais detalhes a importância desse fator para o plantio do mogno:

4. Determinar o espaçamento a ser adotado 

Outro passo necessário antes de realizar o plantio do mogno é estabelecer o espaçamento entre as mudas. Só assim, será possível definir a quantidade de mudas e as necessidades de desbastes da floresta.

O espaçamento recomendado depende do local escolhido para o plantio (área plana ou em morros) e da existência de atividades consorciadas com o mogno (exemplos: café, melancia, pimenta, etc). Caso não seja feito consórcio com outras culturas, recomendamos o plantio de 400 a 550 mudas por hectare, ou seja, plantios menos adensados para se obter madeira de qualidade com o menor custo-benefício disponível no ciclo total da floresta. 

Com esta quantidade implantada por hectare, as mudas poderão se desenvolver com menos competição, com mais acesso à nutrientes, água e iluminação, além da menor necessidade de desbastes (que geram elevados custos e normalmente possuem pouco valor comercial). Você pode saber mais sobre o espaçamento ideal para o plantio de mogno neste vídeo!

5. Escolher o tipo de muda que será plantada

As mudas de mogno-africano podem ser clonais ou seminais, ou seja, elas podem ser produzidas de formas distintas. As mudas clonais são cópias idênticas da planta de onde se retirou o material vegetativo para sua produção, enquanto as mudas seminais são provenientes das sementes coletadas.

Independentemente do tipo de muda selecionada, o produtor deve sempre prezar pela compra em um viveiro que invista em pesquisa e possua todos os registros perante o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento — MAPA. Isso garante não só a qualidade das mudas, mas também é parte importante para o sucesso do seu plantio.

6. Avaliar o manejo 

Por fim, mas não menos importante, é necessário planejar e avaliar como será feito o manejo da sua floresta de mogno. Essa etapa inclui:

  • Determinar ações de combate contínuo às pragas;
  • Estabelecer o momento de desbaste;
  • Fazer novas adubações.

Esses são todos os passos necessários para se planejar e começar o plantio de mogno-africano. Como em qualquer investimento, não existe uma fórmula mágica para o sucesso, mas sim caminhos mais eficientes para garantir um bom resultado.

Gostou das dicas mas ainda não sabe se vale a pena investir em mogno-africano? Então, confira o post sobre rentabilidade do mogno-africano comparado às outras espécies antes de tomar a sua decisão! 

 

O investimento em mogno é um negócio de longo prazo, portanto, estar atento aos detalhes em todas as fases do processo é essencial para alcançar o melhor resultado. Uma dessas fases inclui a escolha das mudas que serão utilizadas no plantio.

Uma muda de qualidade é o primeiro passo para um plantio bem feito e, consequentemente, para obter maior produtividade em campo. Neste post, vamos mostrar  porque a aquisição de uma boa muda é tão importante e como cuidar dessa fase tão sensível do projeto.

Por que comprar uma muda de qualidade?

Se trabalhada de maneira adequada, uma boa muda proporcionará mais chances de ter uma floresta mais produtiva no futuro. Comprar uma muda que não segue os parâmetros mínimos de sanidade recomendados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) ou de viveiros que não estão credenciados junto a este órgão, pode representar um risco grande ao seu investimento.

É necessário ainda ter a garantia legal no processo, ou seja, além de receber boas mudas para o plantio, ter a Nota Fiscal e o Termo de Conformidade da compra. Estes documentos irão lastrear a origem de sua floresta e poderão ser utilizados para futura certificação do plantio e comercialização da madeira produzida.

Como saber se uma muda de mogno tem qualidade?

O produtor deve observar os seguintes pontos para identificar uma boa muda de mogno-africano:

Aparência e qualidade das raízes

As raízes devem ser ativas (na cor branca), abundantes, agregadas ao substrato e bem distribuídas no tubete. As raízes ativas são importantes porque elas têm a função de absorver a água e os nutrientes do solo, permitindo o desenvolvimento da planta.

Altura e qualidade da haste

A haste da muda deve ter o comprimento mínimo de 25 a 30 cm, não ter bifurcações e estar lignificada, ou seja, madura, em tom marrom. Estas características são importantes para dar firmeza ao caule no momento do plantio.

Estado nutricional da muda

A muda precisa estar rustificada, sem sinais de deficiências nutricionais e de estresse hídrico. O processo de rustificação consiste em diminuir a irrigação da muda e aumentar a sua exposição à luz para que ela fique mais resistente, permitindo uma fácil transição entre o viveiro e o campo. 

Quando a muda está no viveiro, ela recebe irrigação contínua e luminosidade certa para o seu desenvolvimento, mas no campo a realidade é outra e essas características são diferentes de acordo com o local do plantio. Logo, se a muda não passa pelo processo de rustificação, o produtor poderá ter um resultado inferior ao esperado, pois ela não estará preparada para enfrentar as condições ambientais de sua “nova casa”.

O tempo de rustificação varia de acordo com o destino da muda e da necessidade do produtor, mas geralmente, o processo dura no mínimo 15 dias e deve ser feito antes da fase de expedição.

Visual e quantidade de folhas

Uma muda de qualidade deve ter no mínimo 3 pares de folhas maduras e com características de uma planta jovem. As folhas em tons de verde não tão intensos ou até mesmo um pouco amareladas indicam que a muda passou pelo processo de rustificação.

Cultivo da muda

É preferível que o cultivo da muda seja em um tubete de 180 cm³  tubetes com dimensões menores podem prejudicar a qualidade da muda  para que o sistema radicular da planta se desenvolva de maneira mais uniforme e não enovele (efeito que faz as raízes começarem a enrolar e que pode acontecer na muda de saquinho). Uma muda com raízes enoveladas não permite que os nutrientes do solo passem para a planta, dificultando o seu crescimento e podendo levar à morte da árvore.

No vídeo abaixo, você consegue entender detalhadamente todos os aspectos citados para ajudar no momento de compra da sua muda. Confira:

https://www.youtube.com/watch?v=27LVN_tUrcM&ab_channel=MudasOrigem

Evidentemente, o sucesso de uma floresta de mogno depende de um conjunto de boas práticas que estão interligadas e que vão muito além de ter mudas de qualidade. Afinal, de que adianta uma muda perfeita, se ela for plantada no espaçamento inadequado ou se não for adubada/irrigada adequadamente? Sem outros parâmetros de qualidade, o produtor corre o risco de perder tempo e dinheiro.

Ainda assim, iniciar com o pé direito no plantio de mogno-africano só é possível com a compra de boas mudas. Então, onde encontrá-las? Em viveiros credenciados ao MAPA, como o Viveiro Origem. Confira este post no qual explicamos como a definição do viveiro pode influenciar na qualidade das mudas e comece hoje mesmo a se preparar para investir em mogno-africano!