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Uma madeira nobre, versátil e que vem despertando o interesse dos produtores no Brasil. Assim podemos definir o mogno-africano, espécie que é conhecida e admirada no mundo todo e cuja produção tende a crescer nos próximos anos.

Tamanho sucesso na silvicultura rendeu ao mogno-africano papel de destaque em reportagem ao Globo Rural, um dos programas mais famosos no país sobre agricultura. Por isso, achamos interessante ressaltar alguns pontos da reportagem neste post. Confira!

Quanto os produtores investiram por hectare em mogno-africano?

Várias árvores de mogno-africano

Essa pergunta é uma das primeiras que as pessoas fazem quando querem iniciar o plantio em mogno-africano. Bom, o valor de investimento por hectare depende de vários fatores relacionados à realidade de cada fazenda/produtor, como:

  • distância dos fornecedores;
  • custos de mão de obra;
  • investimentos em correção do solo;
  • espaçamento escolhido durante o plantio;
  • necessidades de manejo na floresta;
  • quantidade de mudas plantadas por hectare;
  • entre outros.

Em entrevista ao Globo Rural, dois agricultores que foram precursores no plantio de mogno-africano no Brasil, relataram como foi o planejamento e o orçamento destinado para esse investimento.

Ricardo Tavares

O agricultor e empresário destinou 500 hectares do espaço da sua fazenda, em Pirapora (MG), para o plantio da espécie khaya grandifoliola

Ele separou o plantio de mogno em duas áreas: uma com espaçamento 6 m × 6 m e outra com espaçamento 10 m × 10 m. A área com espaçamento mais adensado (6 m x 6 m) foi a que teve maior rendimento. 

Segundo Tavares, em reportagem concedida ao Globo Rural, o custo total do projeto em uma estimativa de 20 anos foi em torno de R$70 mil por hectare. O empresário ainda estima que conseguirá um rendimento final de 400 m³ de tora por hectare.

Na fazenda de Tavares ainda há uma coleção com 17 outras espécies de árvores, entre elas: Cedro Australiano, Ipê, Jatobá e Teca. Ele afirma na reportagem que é claramente visível como o mogno-africano se desenvolveu mais do que as outras espécies de madeira plantadas.

Paulo Sabonge

Na fazenda em Paracatu (MG), também é possível encontrar uma floresta de mogno-africano em crescimento. O plantio da espécie foi feito com um espaçamento ainda mais adensado (6 m × 4 m) e já foi realizado o primeiro desbaste das árvores. 

Em reportagem ao Globo Rural, Paulo Sabonge, afirmou que foram investidos R$6,5 mil por hectare para o plantio (sem sistema de irrigação) e que o plano é realizar o plantio de 25 hectares ao ano.

Você pode conferir a matéria completa sobre mogno-africano realizada pelo Globo Rural aqui.

Como dissemos acima, o valor do investimento depende de vários fatores, mas verificamos que no primeiro ano (implantação da floresta), os custos têm girado entre R$6 e R$18 mil. Fora estes custos, existirão custos de irrigação, manejo da floresta, corte (desbastes e corte final) e do possível beneficiamento da madeira.

É possível ter uma noção dos valores do investimento no mogno usando a nossa calculadora. 

Qual o retorno que os produtores podem ter investindo em mogno-africano?

É importante mencionar que todas as estimativas de retorno em mogno-africano ainda se tratam de projeções, visto que não existem no Brasil ciclos comerciais fechados com volumes históricos relevantes. Além disso, os valores comerciais disponíveis no mercado internacional são provenientes de florestas naturais.

Ainda assim, o investimento em mogno-africano é promissor. Um estudo realizado pela International Tropical Timber Organization (ITTO), comprova que o valor do metro cúbico de madeira serrada vem crescendo nos últimos anos, como mostra o gráfico* a seguir: 

*O gráfico foi construído utilizando os valores de exportação de madeira serrada de K. ivorensis proveniente de florestas nativas da República do Gana, disponibilizados pela ITTO nos relatórios de mercado de madeira tropical (primeira quinzena mensal), numa série histórica de cinco anos, desde abril de 2013 a abril de 2018. Fonte: Livro “Mogno-africano (khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil”, publicado em 2019.

O mesmo estudo ainda revela que, uma vez bem planejado e com a realização das manutenções necessárias, o plantio de floresta de mogno-africano pode render altos valores, atingindo taxas internas de retorno de 14% a 20%, se mostrando superior à maioria das taxas de renda fixa disponíveis no mercado. 

Já uma pesquisa feita pela Embrapa, estima que cada hectare (10 mil metros quadrados) plantado no território nacional atualmente pode obter 160 m³ de madeira serrada, a um valor de mercado de R$2.300 mil por m³. Portanto, ao final do ciclo, a expectativa de receita bruta através da madeira serrada de um projeto de 1 hectare poderá chegar em aproximadamente R$370 mil.

Trabalhadores cuidam das mudas de mogno-africano em estufa

Contudo, antes mesmo de atingir o seu ciclo final, que acontece entre 18 e 20 anos, pode ser necessário realizar alguns desbastes no mogno-africano, cuja quantidade e manejo deverão ser definidos conforme desenvolvimento da floresta (aferido por meio de inventários). Se a floresta tiver bom desenvolvimento, a madeira retirada no desbaste poderá ser absorvida pelo mercado como “mogno jovem”, gerando algum rendimento ao produtor.

Além da comercialização para o exterior, há outras possibilidades de rentabilidade com a floresta de mogno-africano, como a venda de madeira “em pé” ou a venda dos créditos do plantio para fazendas com déficit em área de reserva.

Agora que você já sabe o que é preciso para começar a investir em mogno-africano, que tal saber mais sobre o plantio dessa espécie? Nesse post falamos sobre as condições ideais para implantar uma floresta de mogno-africano de sucesso!

O investimento em mogno é um negócio de longo prazo, portanto, estar atento aos detalhes em todas as fases do processo é essencial para alcançar o melhor resultado. Uma dessas fases inclui a escolha das mudas que serão utilizadas no plantio.

Uma muda de qualidade é o primeiro passo para um plantio bem feito e, consequentemente, para obter maior produtividade em campo. Neste post, vamos mostrar  porque a aquisição de uma boa muda é tão importante e como cuidar dessa fase tão sensível do projeto.

Por que comprar uma muda de qualidade?

Se trabalhada de maneira adequada, uma boa muda proporcionará mais chances de ter uma floresta mais produtiva no futuro. Comprar uma muda que não segue os parâmetros mínimos de sanidade recomendados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) ou de viveiros que não estão credenciados junto a este órgão, pode representar um risco grande ao seu investimento.

É necessário ainda ter a garantia legal no processo, ou seja, além de receber boas mudas para o plantio, ter a Nota Fiscal e o Termo de Conformidade da compra. Estes documentos irão lastrear a origem de sua floresta e poderão ser utilizados para futura certificação do plantio e comercialização da madeira produzida.

Como saber se uma muda de mogno tem qualidade?

O produtor deve observar os seguintes pontos para identificar uma boa muda de mogno-africano:

Aparência e qualidade das raízes

As raízes devem ser ativas (na cor branca), abundantes, agregadas ao substrato e bem distribuídas no tubete. As raízes ativas são importantes porque elas têm a função de absorver a água e os nutrientes do solo, permitindo o desenvolvimento da planta.

Altura e qualidade da haste

A haste da muda deve ter o comprimento mínimo de 25 a 30 cm, não ter bifurcações e estar lignificada, ou seja, madura, em tom marrom. Estas características são importantes para dar firmeza ao caule no momento do plantio.

Estado nutricional da muda

A muda precisa estar rustificada, sem sinais de deficiências nutricionais e de estresse hídrico. O processo de rustificação consiste em diminuir a irrigação da muda e aumentar a sua exposição à luz para que ela fique mais resistente, permitindo uma fácil transição entre o viveiro e o campo. 

Quando a muda está no viveiro, ela recebe irrigação contínua e luminosidade certa para o seu desenvolvimento, mas no campo a realidade é outra e essas características são diferentes de acordo com o local do plantio. Logo, se a muda não passa pelo processo de rustificação, o produtor poderá ter um resultado inferior ao esperado, pois ela não estará preparada para enfrentar as condições ambientais de sua “nova casa”.

O tempo de rustificação varia de acordo com o destino da muda e da necessidade do produtor, mas geralmente, o processo dura no mínimo 15 dias e deve ser feito antes da fase de expedição.

Visual e quantidade de folhas

Uma muda de qualidade deve ter no mínimo 3 pares de folhas maduras e com características de uma planta jovem. As folhas em tons de verde não tão intensos ou até mesmo um pouco amareladas indicam que a muda passou pelo processo de rustificação.

Cultivo da muda

É preferível que o cultivo da muda seja em um tubete de 180 cm³  tubetes com dimensões menores podem prejudicar a qualidade da muda  para que o sistema radicular da planta se desenvolva de maneira mais uniforme e não enovele (efeito que faz as raízes começarem a enrolar e que pode acontecer na muda de saquinho). Uma muda com raízes enoveladas não permite que os nutrientes do solo passem para a planta, dificultando o seu crescimento e podendo levar à morte da árvore.

No vídeo abaixo, você consegue entender detalhadamente todos os aspectos citados para ajudar no momento de compra da sua muda. Confira:

https://www.youtube.com/watch?v=27LVN_tUrcM&ab_channel=MudasOrigem

Evidentemente, o sucesso de uma floresta de mogno depende de um conjunto de boas práticas que estão interligadas e que vão muito além de ter mudas de qualidade. Afinal, de que adianta uma muda perfeita, se ela for plantada no espaçamento inadequado ou se não for adubada/irrigada adequadamente? Sem outros parâmetros de qualidade, o produtor corre o risco de perder tempo e dinheiro.

Ainda assim, iniciar com o pé direito no plantio de mogno-africano só é possível com a compra de boas mudas. Então, onde encontrá-las? Em viveiros credenciados ao MAPA, como o Viveiro Origem. Confira este post no qual explicamos como a definição do viveiro pode influenciar na qualidade das mudas e comece hoje mesmo a se preparar para investir em mogno-africano!

 

Uma das principais dúvidas dos produtores que optam por investir em mogno-africano é se é melhor comprar a semente ou a muda para iniciar o plantio.

A resposta para esse questionamento varia de acordo com o objetivo do seu investimento. Contudo, se a sua meta é ter uma floresta mais produtiva, já adiantamos a resposta: adquirir a muda é a melhor escolha e abaixo explicamos o porquê.

Por que não é fácil comprar sementes viáveis de mogno-africano?

Porque as sementes de mogno-africano são recalcitrantes, ou seja, não sobrevivem à secagem e congelamento durante a conservação fora do seu local de origem. Tal característica dificulta o plantio direto das sementes de mogno, pois envolve fatores de transporte e armazenamento que interferem diretamente na taxa de germinação da espécie.

Sendo assim, embora a taxa de germinação da semente de mogno quando fresca seja de aproximadamente 90%, após duas semanas da coleta, a porcentagem de germinação diminui drasticamente, limitando o plantio. Após dois meses de coleta, as sementes estarão praticamente inviáveis.

Outro fator importante é conhecer a procedência e qualidade das sementes adquiridas, além de exigir a documentação que comprove o registro do coletor de sementes perante o RENASEM – Registro Nacional de Sementes e Mudas, do Ministério da Agricultura.  

Quais as vantagens de comprar mudas prontas de mogno?

Antes de se aprofundar sobre os benefícios de comprar mudas prontas, é interessante entender sobre os dois tipos de mudas de mogno-africano existentes para o plantio.

A muda seminal é proveniente do cultivo de sementes e a muda clonal é obtida por meio de clonagem de matrizes selecionadas (estaquia). Veja mais detalhes no vídeo abaixo: 

https://www.youtube.com/watch?v=vc5BEEwx7EQ&ab_channel=MudasOrigem 

Independentemente de a muda ser oriunda de sementes ou ser produzida por meio da técnica de clonagem, comprá-la já pronta de um viveiro, como o VIVEIRO ORIGEM, traz as seguintes vantagens para o produtor:

Qualidade

O produtor tem tranquilidade quanto à escolha das melhores sementes e melhores matrizes que darão origem às mudas. Também pode contar com a transparência na expedição das mudas com a adoção de um rigoroso controle de qualidade no qual são observados: tamanho, quantidade de pares de folhas, raízes ativas e não enoveladas, caule lignificado (maduro), tamanho do tubete, dentre outros. Isto visa garantir maior uniformidade e qualidade ao lote que será expedido para plantio.

Segurança

É feito o manejo adequado das mudas dentro do viveiro, com nutrição e hidratação adequadas durante todo o processo de crescimento das mudas (4 meses no mínimo). Além disso, o produtor tem a garantia de que as mudas passaram por um processo de rustificação (exposição ao sol) antes da expedição por um período de 15 a 40 dias, a depender do local que serão plantadas. Este processo visa garantir maior resistência à muda para serem plantadas.

Confiabilidade

O produtor tem respaldo documental para rastrear a origem das mudas vendidas, com cadastro junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Nota Fiscal e Termo de Conformidade das Mudas assinado pelo responsável técnico do Viveiro.

Ainda tem a certeza de que o transporte das mudas é feito por meio de caminhão próprio que transporta até 20 mil mudas e o faz de maneira adequada para que as mudas não percam qualidade durante o trajeto até o local de plantio. 

Desta forma, as mudas produzidas por um viveiro que se preocupa e monitora os aspectos elencados acima se torna a melhor opção para quem pretende plantar uma floresta de mogno-africano. No vídeo abaixo, você pode ver com mais detalhes sobre a compra de mudas prontas e sementes:

https://www.youtube.com/watch?v=Et-o9j9XRrk&ab_channel=MudasOrigem

Como comprar uma muda de mogno-africano?

Saber identificar uma muda de qualidade é essencial para alcançar o sucesso da sua floresta. 

O tempo médio de formação de mudas é de seis meses, portanto, o produtor deve realizar a encomenda das mudas com antecedência ao plantio para não afetar o seu planejamento.

Viu por quê comprar uma muda pronta é mais vantajoso do que comprar a semente? Agora, confira as principais características que um viveiro de muda deve ter para comprar as suas primeiras mudas de mogno-africano!

O mogno-africano tem se destacado como uma espécie com alto rendimento quando o assunto é investir em silvicultura. A madeira proveniente dessa espécie, em especial da Khaya grandifoliola, possui elevado valor comercial além de ter crescimento de médio prazo, possibilitando a recuperação de áreas degradadas.

Estudos realizados pela Embrapa*, comprovam que o mogno-africano se adaptou muito bem ao Brasil, o que torna o plantio das mudas dessa espécie mais simples se comparado com outros cultivos de outras árvores para produção de madeira nobre. O resultado positivo desse investimento será resultado de um planejamento bem realizado e também de um plantio bem feito

Qual a importância de planejar o plantio do mogno?

Antes de aprofundar mais sobre os aspectos básicos para iniciar a plantação de mogno-africano, é importante ressaltar que o planejamento é uma etapa imprescindível para otimizar o processo de implantação e também para obter lucratividade.

Dentro dessa etapa, é necessário verificar a área disponível para o plantio, qual o melhor método para o plantio (mecanizado ou manual), disponibilidade hídrica da região para definir necessidade ou não de irrigação, análise de solo para planejar adubações, etc. 

São esses detalhes iniciais aliados a um planejamento técnico e profissional que fazem a diferença para ter um negócio mais rentável no futuro.

O que é preciso saber para plantar mogno-africano no Brasil?

Sabendo-se que o mogno-africano é uma espécie exótica (não nativa do Brasil), é necessário um estudo para saber se a árvore terá aceitação no novo ambiente. No livro publicado pela Embrapa, que detalha os aspectos da silvicultura do mogno-africano, há uma pesquisa que revela os critérios de exigências da planta.

O plantio do mogno-africano inclui cinco aspectos principais a serem verificados: clima, índice pluviométrico, relevo, solo e espaçamento. Detalharemos todos a seguir:

Clima

De acordo com a pesquisa publicada pela Embrapa, no que se refere ao clima para o plantio e cultivo do mogno-africano, a espécie se desenvolve bem em zonas mais subtropicais e em florestas úmidas. Contudo, o clima ideal para o seu crescimento é em climas tropicais úmidos e quentes.

Além da característica climática, é necessário acompanhar a temperatura. De acordo com pesquisas divulgadas pela Embrapa, o mogno-africano possui crescimento adequado entre 18 °C e 43 °C. No entanto, a faixa ótima de temperatura, ou seja, a ideal para a área de plantio, é a média de 27,5 °C.

Com base nessas informações, os estudos da Embrapa comprovam que a espécie possui boa adaptação ao território brasileiro devido à sua tolerância a grandes variações climáticas, exceto na região sul. A restrição neste local acontece devido à predisposição de geadas, que podem causar danos na fase inicial da cultura de mogno.

Índice pluviométrico

A quantidade de chuva que a região recebe anualmente também interfere no estabelecimento das mudas no solo e crescimento do mogno-africano, sendo o índice pluviométrico ideal para bom desenvolvimento do mogno acima de 1200 mm por ano. Abaixo desta marca é recomendável investir em uma forma de irrigação complementar (sistema de irrigação ou irrigação de salvamento com pipa). 

Além de ajudar no desenvolvimento do mogno, o índice pluviométrico é essencial para determinar o início do plantio, que deve ser realizado no começo do período chuvoso. Como o regime de chuvas costuma ser diferente entre as regiões no Brasil, os meses para implementar essa cultura varia em cada local. Caso a sua escolha seja por uma plantação irrigada, pode-se iniciar o plantio em qualquer fase do ano.

Relevo

O relevo do solo é outro aspecto importante a ser considerado na hora do plantio, pois ele direciona quais técnicas serão utilizadas para a implantação, manutenção, manejo e colheita do mogno.

Caso o local seja mais plano, o plantio e o manejo serão mais fáceis, pois permitirá o uso de maquinários, sendo necessário investir menos nessa etapa do projeto. Já relevos mais inclinados não inviabilizam o cultivo, mas tornam o manejo mais difícil e encarecem o custo de produção, pois não permitem, em geral, a mecanização.

Solo

Após a identificação do relevo, é preciso fazer uma análise do solo. Quando se trata do cultivo de espécies importadas de outras partes do mundo, como o mogno-africano, o ideal é realizar o plantio em um solo com as mesmas características da sua região de origem para facilitar a adaptação da espécie e seu desenvolvimento.

O solo é um dos principais motivos que fazem o cultivo de mogno-africano no Brasil com grande potencial de sucesso. Como divulgado pela pesquisa da Embrapa em várias regiões brasileiras, podemos encontrar os tipos de solo Argissolo, Latossolo e Neossolos, que são comuns na costa ocidental da África, onde o mogno se desenvolve.

Mesmo com as variações desses tipos de solo, pode-se considerar para o cultivo de mogno-africano, solos bem drenados, sem camadas compactadas ou adensadas e de maior fertilidade natural.

Além disso, vale lembrar que para garantir um melhor desenvolvimento do sistema radicular e também do estabelecimento da floresta, é necessário fazer um bom preparo do solo e adubações e/ou correções. A partir dos resultados da análise de solo, o produtor, com a ajuda de um profissional, será capaz de determinar a quantidade de adubo e os tipos de minerais que devem ser incorporados na área de plantio.

Espaçamento

Quando se fala em espaçamento, estamos nos referindo a distância entre as árvores no momento do plantio. Esse aspecto é importante, pois influencia a produtividade e a qualidade da madeira, pontos relevantes para a comercialização do mogno. 

Para definir a distância entre as mudas é necessário analisar o sistema radicular, a parte aérea durante o desenvolvimento das árvores e o tamanho da área de plantio. Muitos testes estão sendo realizados pelos produtores para identificar o espaçamento ideal para o plantio do mogno.

Espaçamentos mais adensados requerem muitos desbastes e a madeira retirada nos primeiros cortes têm, de forma geral, pouco apelo comercial. Espaçamentos que comportem entre 400 e 550 mudas por hectare têm sido os mais promissores quando se trata da busca pelo melhor equação que atenda, por hectare, o maior volume e a melhor qualidade da madeira. 

Considerando esses cinco aspectos citados no texto, você já tem um bom guia para iniciar o plantio bem feito do mogno. Entretanto, temos uma dica bônus para você se destacar nessa etapa inicial: pesquise sobre o tipo de muda de mogno. Esse é um fator-chave que te ajuda a antecipar o tipo de produto que você terá no futuro e, consequentemente, gerar resultados positivos para seu investimento.

Quer saber mais sobre as mudas de mogno e suas características? Confira o nosso post sobre mudas clonais e seminais! 

* Todos os dados da Embrapa citados neste texto foram retirados do livro “Mogno-africano (khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil”, publicado em 2019.