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Originalidade foi o tema da CASACOR Minas 2021. A exposição, uma das mais importantes do segmento de arquitetura e paisagismo, reuniu mais de 75 projetos de diferentes designers, arquitetos e paisagistas no Palácio das Mangabeiras entre os dias 14 de setembro e 31 de outubro de 2021.

Em meio a inúmeros talentos e instalações de tirar o fôlego, o mogno-africano foi um dos destaques. A madeira, historicamente valorizada por sua beleza e versatilidade, foi ponto central do espaço idealizado por Gustavo Greco.

A instalação, chamada Siré (Xiré), ficou logo na entrada da CASACOR Minas e atraiu a atenção dos espectadores ao passar pelo percurso rodeado por cobogós feitos de mogno-africano. Foram 660 peças artesanais compondo o espaço.

casa cor minas mogno africano entrada

As peças exibiam símbolos que representam os Orixás, trabalhando os conceitos de ancestralidade, brasilidade e identidade. O nome da instalação é uma palavra em iorubá e significa roda ou dança utilizada para evocar os orixás. A ideia era fazer uma alusão entre a origem do mogno-africano e a cultura africana.

Além dos cobogós, todo o piso era feito com mogno-africano. A forma que o designer utilizou a madeira reforça o quanto essa espécie é versátil. Além disso, revela a facilidade de se trabalhar o mogno, comprovando, mais uma vez, que esta é a madeira do futuro.

O mogno-africano também brilhou no Espaço Origem Minas, marca da loja de produtos típicos de Minas Gerais, desenvolvida pelo SEBRAE. 

espaço sebrae casa cor minas

O ambiente, assinado por Cynthia Silva e Maakaroun Arquitetura, tinha prateleiras, esquadrias e estantes construídas com mogno-africano maciço. Essa é mais uma das maneiras que se pode usar o mogno-africano, matéria-prima nobre no mercado. 

O mogno-africano ainda deu vida aos projetos de Cynthia Viana, no Bar da Piscina e na loja de essências de Andrea Pinto Coelho. 

bar pisciina casa cor minas

Para fechar com maestria a presença da madeira na mostra, peças desenhadas por Juliana Vasconcellos ficaram espalhadas em pontos estratégicos da CASACOR. Um exemplo, foi a premiada Poltrona Mahog, que adornou a loja do SEBRAE.

A presença do mogno-africano em eventos como o da CASACOR é fruto do trabalho da Associação Brasileira de Produtores de Mogno-Africano (ABPMA), parceira oficial da mostra e fornecedora (por meio de seus associados) da madeira para vários ambientes. 

Vale lembrar que a madeira trabalhada pelos profissionais é jovem, ou seja, não chegou a sua capacidade máxima e não é oriunda do corte final de uma floresta.

Mesmo assim, o mogno-africano rendeu peças de extrema qualidade, reforçando todo o potencial da madeira para o comércio.

Veja o depoimento dos profissionais sobre o uso do mogno-africano na CASACOR:

Os benefícios do mogno-africano, no entanto, vão além da estética. O diferencial da madeira está justamente na possibilidade dos novos plantios e da extração futura dessas florestas serem facilitados. 

Afinal, não há necessidade de autorização prévia para plantio, caso este seja feito em áreas sem restrições. 

Logo, o fator sustentabilidade está presente na floresta de mogno-africano. E a CASACOR apenas ressalta o quanto o mogno-africano tem evoluído no mercado, não só no Brasil, como no mundo. 

Que tal saber mais sobre esse investimento? Fale com o Viveiro Origem!

Uma das principais dúvidas dos produtores que optam por investir em mogno-africano é se é melhor comprar a semente ou a muda para iniciar o plantio.

A resposta para esse questionamento varia de acordo com o objetivo do seu investimento. Contudo, se a sua meta é ter uma floresta mais produtiva, já adiantamos a resposta: adquirir a muda é a melhor escolha e abaixo explicamos o porquê.

Por que não é fácil comprar sementes viáveis de mogno-africano?

Porque as sementes de mogno-africano são recalcitrantes, ou seja, não sobrevivem à secagem e congelamento durante a conservação fora do seu local de origem. Tal característica dificulta o plantio direto das sementes de mogno, pois envolve fatores de transporte e armazenamento que interferem diretamente na taxa de germinação da espécie.

Sendo assim, embora a taxa de germinação da semente de mogno quando fresca seja de aproximadamente 90%, após duas semanas da coleta, a porcentagem de germinação diminui drasticamente, limitando o plantio. Após dois meses de coleta, as sementes estarão praticamente inviáveis.

Outro fator importante é conhecer a procedência e qualidade das sementes adquiridas, além de exigir a documentação que comprove o registro do coletor de sementes perante o RENASEM – Registro Nacional de Sementes e Mudas, do Ministério da Agricultura.  

Quais as vantagens de comprar mudas prontas de mogno?

Antes de se aprofundar sobre os benefícios de comprar mudas prontas, é interessante entender sobre os dois tipos de mudas de mogno-africano existentes para o plantio.

A muda seminal é proveniente do cultivo de sementes e a muda clonal é obtida por meio de clonagem de matrizes selecionadas (estaquia). Veja mais detalhes no vídeo abaixo: 

https://www.youtube.com/watch?v=vc5BEEwx7EQ&ab_channel=MudasOrigem 

Independentemente de a muda ser oriunda de sementes ou ser produzida por meio da técnica de clonagem, comprá-la já pronta de um viveiro, como o VIVEIRO ORIGEM, traz as seguintes vantagens para o produtor:

Qualidade

O produtor tem tranquilidade quanto à escolha das melhores sementes e melhores matrizes que darão origem às mudas. Também pode contar com a transparência na expedição das mudas com a adoção de um rigoroso controle de qualidade no qual são observados: tamanho, quantidade de pares de folhas, raízes ativas e não enoveladas, caule lignificado (maduro), tamanho do tubete, dentre outros. Isto visa garantir maior uniformidade e qualidade ao lote que será expedido para plantio.

Segurança

É feito o manejo adequado das mudas dentro do viveiro, com nutrição e hidratação adequadas durante todo o processo de crescimento das mudas (4 meses no mínimo). Além disso, o produtor tem a garantia de que as mudas passaram por um processo de rustificação (exposição ao sol) antes da expedição por um período de 15 a 40 dias, a depender do local que serão plantadas. Este processo visa garantir maior resistência à muda para serem plantadas.

Confiabilidade

O produtor tem respaldo documental para rastrear a origem das mudas vendidas, com cadastro junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Nota Fiscal e Termo de Conformidade das Mudas assinado pelo responsável técnico do Viveiro.

Ainda tem a certeza de que o transporte das mudas é feito por meio de caminhão próprio que transporta até 20 mil mudas e o faz de maneira adequada para que as mudas não percam qualidade durante o trajeto até o local de plantio. 

Desta forma, as mudas produzidas por um viveiro que se preocupa e monitora os aspectos elencados acima se torna a melhor opção para quem pretende plantar uma floresta de mogno-africano. No vídeo abaixo, você pode ver com mais detalhes sobre a compra de mudas prontas e sementes:

https://www.youtube.com/watch?v=Et-o9j9XRrk&ab_channel=MudasOrigem

Como comprar uma muda de mogno-africano?

Saber identificar uma muda de qualidade é essencial para alcançar o sucesso da sua floresta. 

O tempo médio de formação de mudas é de seis meses, portanto, o produtor deve realizar a encomenda das mudas com antecedência ao plantio para não afetar o seu planejamento.

Viu por quê comprar uma muda pronta é mais vantajoso do que comprar a semente? Agora, confira as principais características que um viveiro de muda deve ter para comprar as suas primeiras mudas de mogno-africano!

O mogno-africano tem se destacado como uma espécie com alto rendimento quando o assunto é investir em silvicultura. A madeira proveniente dessa espécie, em especial da Khaya grandifoliola, possui elevado valor comercial além de ter crescimento de médio prazo, possibilitando a recuperação de áreas degradadas.

Estudos realizados pela Embrapa*, comprovam que o mogno-africano se adaptou muito bem ao Brasil, o que torna o plantio das mudas dessa espécie mais simples se comparado com outros cultivos de outras árvores para produção de madeira nobre. O resultado positivo desse investimento será resultado de um planejamento bem realizado e também de um plantio bem feito

Qual a importância de planejar o plantio do mogno?

Antes de aprofundar mais sobre os aspectos básicos para iniciar a plantação de mogno-africano, é importante ressaltar que o planejamento é uma etapa imprescindível para otimizar o processo de implantação e também para obter lucratividade.

Dentro dessa etapa, é necessário verificar a área disponível para o plantio, qual o melhor método para o plantio (mecanizado ou manual), disponibilidade hídrica da região para definir necessidade ou não de irrigação, análise de solo para planejar adubações, etc. 

São esses detalhes iniciais aliados a um planejamento técnico e profissional que fazem a diferença para ter um negócio mais rentável no futuro.

O que é preciso saber para plantar mogno-africano no Brasil?

Sabendo-se que o mogno-africano é uma espécie exótica (não nativa do Brasil), é necessário um estudo para saber se a árvore terá aceitação no novo ambiente. No livro publicado pela Embrapa, que detalha os aspectos da silvicultura do mogno-africano, há uma pesquisa que revela os critérios de exigências da planta.

O plantio do mogno-africano inclui cinco aspectos principais a serem verificados: clima, índice pluviométrico, relevo, solo e espaçamento. Detalharemos todos a seguir:

Clima

De acordo com a pesquisa publicada pela Embrapa, no que se refere ao clima para o plantio e cultivo do mogno-africano, a espécie se desenvolve bem em zonas mais subtropicais e em florestas úmidas. Contudo, o clima ideal para o seu crescimento é em climas tropicais úmidos e quentes.

Além da característica climática, é necessário acompanhar a temperatura. De acordo com pesquisas divulgadas pela Embrapa, o mogno-africano possui crescimento adequado entre 18 °C e 43 °C. No entanto, a faixa ótima de temperatura, ou seja, a ideal para a área de plantio, é a média de 27,5 °C.

Com base nessas informações, os estudos da Embrapa comprovam que a espécie possui boa adaptação ao território brasileiro devido à sua tolerância a grandes variações climáticas, exceto na região sul. A restrição neste local acontece devido à predisposição de geadas, que podem causar danos na fase inicial da cultura de mogno.

Índice pluviométrico

A quantidade de chuva que a região recebe anualmente também interfere no estabelecimento das mudas no solo e crescimento do mogno-africano, sendo o índice pluviométrico ideal para bom desenvolvimento do mogno acima de 1200 mm por ano. Abaixo desta marca é recomendável investir em uma forma de irrigação complementar (sistema de irrigação ou irrigação de salvamento com pipa). 

Além de ajudar no desenvolvimento do mogno, o índice pluviométrico é essencial para determinar o início do plantio, que deve ser realizado no começo do período chuvoso. Como o regime de chuvas costuma ser diferente entre as regiões no Brasil, os meses para implementar essa cultura varia em cada local. Caso a sua escolha seja por uma plantação irrigada, pode-se iniciar o plantio em qualquer fase do ano.

Relevo

O relevo do solo é outro aspecto importante a ser considerado na hora do plantio, pois ele direciona quais técnicas serão utilizadas para a implantação, manutenção, manejo e colheita do mogno.

Caso o local seja mais plano, o plantio e o manejo serão mais fáceis, pois permitirá o uso de maquinários, sendo necessário investir menos nessa etapa do projeto. Já relevos mais inclinados não inviabilizam o cultivo, mas tornam o manejo mais difícil e encarecem o custo de produção, pois não permitem, em geral, a mecanização.

Solo

Após a identificação do relevo, é preciso fazer uma análise do solo. Quando se trata do cultivo de espécies importadas de outras partes do mundo, como o mogno-africano, o ideal é realizar o plantio em um solo com as mesmas características da sua região de origem para facilitar a adaptação da espécie e seu desenvolvimento.

O solo é um dos principais motivos que fazem o cultivo de mogno-africano no Brasil com grande potencial de sucesso. Como divulgado pela pesquisa da Embrapa em várias regiões brasileiras, podemos encontrar os tipos de solo Argissolo, Latossolo e Neossolos, que são comuns na costa ocidental da África, onde o mogno se desenvolve.

Mesmo com as variações desses tipos de solo, pode-se considerar para o cultivo de mogno-africano, solos bem drenados, sem camadas compactadas ou adensadas e de maior fertilidade natural.

Além disso, vale lembrar que para garantir um melhor desenvolvimento do sistema radicular e também do estabelecimento da floresta, é necessário fazer um bom preparo do solo e adubações e/ou correções. A partir dos resultados da análise de solo, o produtor, com a ajuda de um profissional, será capaz de determinar a quantidade de adubo e os tipos de minerais que devem ser incorporados na área de plantio.

Espaçamento

Quando se fala em espaçamento, estamos nos referindo a distância entre as árvores no momento do plantio. Esse aspecto é importante, pois influencia a produtividade e a qualidade da madeira, pontos relevantes para a comercialização do mogno. 

Para definir a distância entre as mudas é necessário analisar o sistema radicular, a parte aérea durante o desenvolvimento das árvores e o tamanho da área de plantio. Muitos testes estão sendo realizados pelos produtores para identificar o espaçamento ideal para o plantio do mogno.

Espaçamentos mais adensados requerem muitos desbastes e a madeira retirada nos primeiros cortes têm, de forma geral, pouco apelo comercial. Espaçamentos que comportem entre 400 e 550 mudas por hectare têm sido os mais promissores quando se trata da busca pelo melhor equação que atenda, por hectare, o maior volume e a melhor qualidade da madeira. 

Considerando esses cinco aspectos citados no texto, você já tem um bom guia para iniciar o plantio bem feito do mogno. Entretanto, temos uma dica bônus para você se destacar nessa etapa inicial: pesquise sobre o tipo de muda de mogno. Esse é um fator-chave que te ajuda a antecipar o tipo de produto que você terá no futuro e, consequentemente, gerar resultados positivos para seu investimento.

Quer saber mais sobre as mudas de mogno e suas características? Confira o nosso post sobre mudas clonais e seminais! 

* Todos os dados da Embrapa citados neste texto foram retirados do livro “Mogno-africano (khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil”, publicado em 2019.

O cultivo de mogno-africano no Brasil, em especial do gênero khaya, tem crescido de forma significativa nos últimos anos. De acordo com dados da Embrapa*, já foram plantados mais de 37 mil hectares de mogno-africano. 

O interesse é motivado pela qualidade das madeiras provenientes do gênero khaya e, consequentemente, do destaque que elas possuem no mercado internacional de madeiras nobres. 

No entanto, o sucesso do plantio do mogno-africano no território brasileiro está diretamente relacionado à espécie escolhida pelo produtor. Nesse sentido, entender as diferenças entre cada uma delas é essencial para fazer a escolha certa e começar o seu investimento. 

Quais as espécies de mogno-africano no Brasil?

De acordo com os estudos técnicos da Embrapa, as quatro espécies de khaya que são mais interessantes para o plantio comercial e obtenção de madeira nobre no Brasil são: Khaya anthotheca, Khaya grandifoliola, Khaya ivorensis e Khaya senegalensis.

A Khaya senegalensis e a Khaya grandifoliola são as espécies com maior área de plantio no Brasil, devido à melhor adaptação ao clima e solo, sendo, portanto, mais promissoras em termos de rentabilidade para os produtores.

Ainda assim, é relevante entender as diferenças entre cada uma das espécies para facilitar, não só o processo de compra das mudas, mas também o plantio e manejo da floresta.

Quais as diferenças entre principais espécies de mogno-africano?

Saber os aspectos técnicos como crescimento dos troncos, formato das folhas,  entre outras características de cada espécie, serve para guiar a escolha do produtor e suas futuras ações na silvicultura de mogno-africano. Abaixo, veja os detalhes de cada uma das espécies encontradas no Brasil:

Khaya anthotheca 

A espécie Khaya anthotheca se adequa mais em solos aluviais férteis profundos, como os de margens de rios e de encostas. Seu desenvolvimento ocorre melhor em altitudes que variam entre baixa e média, indo até 1.500 m e com índices pluviométricos de média anual entre 1.200 mm a 1.800 mm. Suas folhas têm textura bem lisa e com as nervuras secundárias e terciárias pouco aparentes.

A altura das árvores de Khaya anthotheca podem atingir de 40 m a 65 m, com o fuste (parte comercial do tronco) podendo atingir 30 m. Conhecida como mogno-branco, a madeira dessa espécie pode ser usada para fabricação de móveis, pisos, painéis, barcos e canoas, se destacando para o uso em qualquer aplicação que exige madeira de boa qualidade e médio peso.

Apesar de ser uma madeira muito reconhecida no mercado internacional, seu cultivo no Brasil ainda é em pequena escala.

Khaya grandifoliola 

É uma espécie de fácil adaptação aos solos aluviais de vales, úmidos e bem drenados. É uma árvore que se beneficia de luz quando já está bem estabelecida, mas também se mostra tolerante à sombra. Se desenvolve muito bem em altitudes de até 1.400 m e em locais com precipitação pluviométrica anual entre 1.200 mm e 1.800 mm. 

O porte das árvores de Khaya grandifoliola é considerado médio a alto, podendo atingir 40 m de altura, sendo os fustes com tamanho máximo de 23 m. Os troncos são inclinados nas proximidades do topo e as folhas são de cor verde-oliva, com venação bem notáveis. 

Conhecida como mogno-da-folha-grande, a khaya grandifoliola possui madeira valorizada para carpintaria, marcenaria, móveis, sendo também utilizada desde para construções leves até para construções navais. É a espécie mais plantada em território brasileiro, pois se adaptou muito bem ao clima e ao solo.

Khaya ivorensis 

Uma planta que se desenvolve muito bem em regiões tropicais úmidas de baixa altitude (até 700 m) e com índice pluviométrico entre 1.600 mm e 2.500 mm. Os solos ideais para o plantio devem ser aluviais bem drenados, mas também tem bom crescimento em solos lateríticos de encostas. 

Com árvores de porte muito alto, podendo chegar até 60 m de altura, possui tronco retilíneo e, em geral, livre de ramos até 30 m. Suas folhas são bem menores se comparadas a outras espécies e pontiagudas no seu ápice. Conhecida como mogno-vermelho, sua madeira pode ser usada no segmento de movelaria até construções mais pesadas como a naval. 

Até 2019 acreditava-se ser a mais plantada no Brasil. Contudo, após um estudo e reclassificação botânica feitos pelo  especialista congolês Dr. Ulrich Gaël, constatou-se que a espécie mais plantada no Brasil era na verdade a Khaya grandifoliola, e não a ivorensis.

Khaya senegalensis 

Essa espécie tem bom crescimento em locais úmidos e ao longo de cursos de água, com facilidade para se desenvolver em solos aluviais profundos e bem drenados. Tem preferência por locais com altitude de até 1.800 m e com precipitação pluviométrica anual entre 650 mm e 1300 mm.

De porte médio, os troncos de Khaya senegalensis chegam até 35 m de altura, com formato tortuoso e ramificação baixa. Suas folhas são de um verde-oliva vivo e com nervuras amarelas.

Comumente conhecida como mogno de zonas secas, a sua madeira é utilizada para carpintaria, marcenaria e lâminas decorativas. É a segunda espécie mais plantada no Brasil, em especial nas áreas com solos arenosos e com deficiência hídrica.

Além de todos os aspectos técnicos, como solo, clima e relevo, uma boa dica para diferenciar as espécies é analisar as folhas das mudas. No vídeo abaixo, você pode ver mais detalhes de como fazer essa identificação:

https://www.youtube.com/watch?v=DgT6mZwNgtM&ab_channel=LucianaMaluf 

Por que a khaya grandifoliola é uma excelente espécie para investir?

A Khaya grandifoliola.apresentou boa adaptação ao solo e clima de grande parte do Brasil  Essa espécie que possui características bem semelhantes às do mogno-brasileiro, o que aumenta a sua relevância no mercado internacional e favorece a sua comercialização.

Por ser uma madeira de qualidade, com baixa incidência de pragas e de fácil manejo, é um investimento que traz um retorno satisfatório, podendo render até R$ 300 mil por hectare de madeira beneficiada. 

No mais, todo conhecimento técnico é válido para poder ter uma base correta de identificação das espécies a serem plantadas e também guiar as futuras tomadas de decisões com o objetivo de obter sucesso no plantio do mogno-africano no Brasil. 

Gostou de saber mais sobre as diferenças entre as espécies de mogno-africano? Então, o próximo passo é entender sobre a qualidade das mudas. Saiba qual a melhor opção começar o seu plantio: mudas seminais ou clonais?

* Todos os dados técnicos das espécies de khaya citados neste texto foram retirados do livro “Mogno-africano (khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil”, publicado em 2019 pela Embrapa.

Uma das maiores necessidades de um investidor é sentir o máximo de segurança possível na hora de fazer uma aplicação. Quando o investimento é em em madeiras nobres, a escolha da origem das mudas é um momento decisivo para quem busca obter o maior retorno financeiro possível. Afinal, é importante conhecer a procedência genética das mudas para saber se elas terão um desenvolvimento satisfatório ou não.

As mudas de mogno africano de um viveiro que investe em pesquisa têm mais chances de apresentar um bom desempenho e resultado madeireiro. Neste artigo, você vai entender o porquê. Vamos explicar como é feita a seleção de mudas aqui, no Viveiro Origem. Nossa equipe se dedica, desde 2013, a desenvolver as melhores técnicas de seleção e clonagem para produção de mudas de mogno africano.

Quais as vantagens da muda obtida por meio de pesquisas?

Os experimentos em laboratório com as mudas são uma forma de oferecer plantas com a melhor qualidade genética para os clientes. Assim, é possível produzir mudas com diversas vantagens:

  • maior resistência ao clima seco;
  • maior resistência a insetos ou pragas;
  • árvores mais retilíneas;
  • troncos com menos bifurcações;
  • maior produtividade madeireira.

O Viveiro Origem é especializado na produção de mudas do mogno africano da espécie Khaya grandifoliola, anteriormente denominada Khaya ivorensis e tem trabalhado na busca das melhores matrizes para propagação, seja por meio de seleção criteriosa das matrizes, ou por meio de pesquisas em laboratório

Evidências apuradas por meio de inventários sistemáticos e comparativos nos indicam que as mudas provenientes de um processo de clonagem têm um desempenho melhor do que as seminais, por motivos que já explicamos aqui, no nosso blog. 

Temos um laboratório de pesquisas instalado dentro do Viveiro Origem, no qual a Dra. Gracielle Costa, especialista em biotecnologia e coordenadora do Mestrado Profissional em Biotecnologia e Gestão da Inovação da UNIFEM, tem desenvolvido desde 2018 pesquisas visando a seleção das melhores matrizes para o processo de clonagem. A matriz é a planta de onde se tira o material vegetativo para produzir os clones.

Entenda como funciona a seleção de matrizes do Viveiro Origem

Nós fazemos testes de qualidade das nossas plantas para determinar quais apresentam vantagens de desenvolvimento e podem gerar mudas clonais de maior qualidade se utilizadas como matrizes.

Um exemplo de teste que fazemos é submeter plantas jovens a um estresse hídrico muito alto no primeiro ano de vida, para identificar quais são as mais resistentes a climas e solos mais secos. É assim que procuramos pelas matrizes com todas as vantagens que citamos acima para oferecer um bom resultado aos nossos clientes e parceiros.

Área de testes de mudas de Khaya grandifoliola no Viveiro Origem

Área de testes de mudas de Khaya grandifoliola no Viveiro Origem

Hoje, algumas das nossas matrizes já têm idade genética superior a 10 anos e têm demonstrado excelente desenvolvimento em campo. Estamos investindo constantemente na multiplicação das melhores plantas, por meio da renovação de nossos jardins clonais e também por meio de nosso laboratório.

Parcerias e práticas sustentáveis

O Viveiro Origem também tem parcerias com autoridades reconhecidas pelo mercado e universidades de vários estados brasileiros, visando o desenvolvimento, em conjunto, de novas técnicas para obter mudas clonais de mogno cada vez melhores.

Além disso, nosso viveiro adota práticas sustentáveis para a produção das mudas, como sistema de captação e reaproveitamento de água, por exemplo. Temos registro no Ministério da Agricultura, fazemos parte da Associação Brasileira dos Produtores de Mogno Africano (ABPMA) e contamos com profissionais especializados que estão à disposição do agricultor para ajudar a solucionar dúvidas sobre o cultivo do mogno em suas propriedades.

Um dos nossos parceiros é o engenheiro e professor Ítalo Cláudio Falesi, pesquisador da Embrapa e um dos introdutores do mogno africano no Brasil. Alguns dos mognos mais antigos do país estão na fazenda dele. Trabalhamos com essas árvores como matrizes para oferecer as suas vantagens genéticas para nossos clientes.

Professor Falesi com uma muda de mogno africano em visita ao Viveiro Origem

Professor Falesi com uma muda de mogno africano em visita ao Viveiro Origem

Saiba mais sobre a equipe do Viveiro Origem

Dra. Gracielle Teodora da Costa Pinto Coelho, mestre e doutora em agronomia e fisiologia vegetal, coordenadora do mestrado profissional em biotecnologia e gestão da inovação UNIFEM“A fazenda Origem me convidou para iniciarmos uma parceria pioneira em pesquisas biotecnológicas com mogno africano. Temos estudado o comportamento das plantas já cultivadas in loco, e também novos plantios; diferentes formas de cultivo e produção de mudas; somando a biotecnologia à fisiologia vegetal para alcançarmos melhoras produtivas e dados mais acurados sobre o cultivo do Mogno no Brasil.”

– Dra. Gracielle Teodora da Costa Pinto Coelho, mestre e doutora em agronomia e fisiologia vegetal, coordenadora do mestrado profissional em biotecnologia e gestão da inovação UNIFEM

 

 

 

João Emílio Duarte, engenheiro agrônomo e responsável técnico do Viveiro Origem“Nos últimos 12 anos, tenho acompanhado diretamente a implantação, condução, colheita e processamento de florestas de mogno africano em todo o Brasil. Desde o início dos nossos trabalhos, reconhecemos a importância de se plantar uma muda com excelência, já que é o insumo que mais interfere na produtividade do resultado final. 

Para ofertar as melhores mudas ao mercado, é necessário investimento em tecnologia, infraestrutura e pessoal qualificado. O investimento é alto, leva tempo para colher os resultados e nem todo viveiro consegue fazer. A maioria se limita a produzir mudas de semente e com baixo critério de seleção genética. Quem tem feito um trabalho sério nessa busca e com bons resultados é o Viveiro Origem. Sei disso porque acompanho, de perto, todo o investimento que já fizeram, para entregar aos seus clientes e produtores de todo o Brasil um clone de melhor produtividade, com precocidade e sem perder a qualidade da madeira.”

– João Emílio Duarte, engenheiro agrônomo e responsável técnico do Viveiro Origem

Que tal nos fazer uma visita? Estamos próximos à Felixlândia (MG). Entre em contato:

vendas@mudasorigem.com.br

(31) 99974-5511

(31) 99305-0314

A prática de integrar culturas de espécies diferentes em um mesmo terreno agrícola é chamada de plantio consorciado, ou consórcio. Uma dúvida frequente de produtores de mogno africano é sobre a possibilidade do plantio consorciado do mogno com outras culturas, como já foi muito feito em Minas Gerais, por exemplo, com o café.

Você vai entender melhor, neste artigo, quais as possíveis vantagens e desvantagens dessa forma de cultivo do mogno africano no Brasil. Vamos explicar, também, quais são os tipos de sistema de integração que podem incluir o mogno e quais as espécies mais indicadas para o consórcio.

Como saber se o consórcio compensa?

Essa prática pode ser interessante para produtores rurais que querem diversificar as fontes de renda da fazenda no médio prazo. Afinal, o corte para venda do mogno africano leva anos, enquanto o tempo de colheita de culturas consorciadas, como o milho e a mandioca, é mais rápido. A venda desses outros produtos pode, inclusive, ajudar com os custos de toda a implantação do sistema de integração na fazenda.

No entanto, a interação entre o mogno africano e outras espécies pode ter resultados positivos ou negativos para o crescimento e desenvolvimento de ambas as culturas. Esse resultado é influenciado por vários fatores, como:

  • características do solo e do clima da região, que podem provocar uma competição das espécies por nutrientes do solo ou por água;
  • presença de insetos ou pragas na região, que pode ser aumentada ou reduzida com a inserção de um determinado cultivo nativo ou exótico;
  • técnicas de irrigação, adubação ou poda, que podem ser dificultadas ou facilitadas pela presença de outra espécie no terreno.

Tudo isso pode ser refletido no seu lucro com o investimento no mogno africano. Afinal, estudos comprovam que o consórcio pode contribuir para variações na altura e na largura do tronco do mogno africano e nas propriedades da madeira.

Antes de optar por essa modalidade de cultivo, é fundamental que o produtor procure a ajuda de especialistas para fazer uma análise das condições do solo e do clima da fazenda, planejar a gestão das culturas e as técnicas de manejo a serem utilizadas. Também é essencial avaliar o mercado da cultura a ser consorciada, como preço, volume que o comprador é capaz de absorver, distância e respectivo custo do frete, etc.

É importante que esse estudo de viabilidade seja feito antes de iniciar o cultivo, para que os resultados possam nortear todas as decisões seguintes. O espaçamento adotado entre as mudas de mogno, por exemplo, precisa ser definido de acordo com as necessidades das espécies consorciadas.

>> Espaçamento necessário para plantio do mogno: Entenda mais sobre esse tema aqui!

Não costuma ser indicado o plantio consorciado do mogno com outras espécies de árvores de porte ou altura semelhante. Nesses casos, pode ocorrer competição por luz solar e nutrientes do solo e até prejuízos para a formação do sistema radicular (raízes) do mogno.

Por outro lado, é possível combinar o cultivo do mogno com componentes pecuários e agrícolas em três formatos de sistemas de integração diferentes.

Tipos de sistemas de plantio consorciado

  1. Sistema de integração pecuária-floresta (IPF): é consórcio entre a floresta de mogno e pastagem para animais, também chamado de silvipastoril. Este tipo de consórcio exige um espaçamento maior entre as árvores e também só pode ser feito com a floresta mais velha, visto que as folhas do mogno são bastante palatáveis para o gado. Existem relatos de animais que se interessaram pela casca das árvores, o que requer cuidados extras e monitoramento constante.
  2. Sistema lavoura-floresta (ILF): consórcio da floresta com cultivos agrícolas anuais ou perenes, também conhecido como silviagrícola.
  3. Sistema lavoura-pecuária-floresta (ILPF): também chamado de agrossilvipastoril, é o consórcio entre a floresta de mogno, cultivos agrícolas e componentes pecuários (animais e pastagem) no mesmo terreno.
Uma muda de mogno africano com folhas avermelhadas em meio a pés de milho, ilustrando um sistema de consórcio do mogno com o milho.

Sistema de integração lavoura-floresta com milho e mogno-africano (Fonte: REIS, C. F.; DE OLIVEIRA, Edilson Batista; SANTOS, Alisson Moura. Mogno-africano (Khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil. Embrapa Florestas-Livro científico (ALICE), 2019)

Árvores de mogno africano em volta de uma área de pasto com capim amarelado, ilustrando o consórcio do mogno com o gado e o capim para pastagem.

Consórcio pecuária-floresta entre mogno africano e capim (Fonte: REIS, C. F.; DE OLIVEIRA, Edilson Batista; SANTOS, Alisson Moura. Mogno-africano (Khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil. Embrapa Florestas-Livro científico (ALICE), 2019)

Espécies que podem ser consorciadas com mogno africano

Nos últimos anos, estudos de sistemas de integração com o mogno africano têm obtido resultados motivadores com uma série de espécies diferentes. Elencamos algumas delas aqui, mas vale lembrar que nenhum resultado pode ser encarado como uma recomendação, já que as peculiaridades de cada local interferem no estudo, e as pesquisas estão em constante evolução.

  • palmito (Euterpe sp.)
  • pupunha (Bactris gasipaes)
  • guanandi (Calophyllum brasiliense)
  • café (Coffea sp.)
  • citros como a laranja e o limão (Citrus sp.)
  • cacau (Theobroma cacao)
  • cupuaçu (Theobroma grandiflorum)
  • mandioca (Manihot esculenta)
  • banana (Musa spp.)
  • milhos brasileiros
  • capim como forro de pasto (Brachiaria brizantha, B. decumbens ou B. ruziziensis)

Se você quer aprender mais sobre técnicas de cultivo do mogno africano, acompanhe as atualizações do Blog do Mogno, do Viveiro Origem. Fazemos parte da Associação Brasileira de Produtores de Mogno Africano (ABPMA) e fornecemos mudas clonais e seminais da melhor qualidade para o seu investimento.