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Diversificar é essencial para aumentar o rendimento de seus investimentos. Essa é a regra número um para quem quer expandir o seu patrimônio e existem várias formas de alcançar esse objetivo. Uma delas é plantar mudas de mogno-africano. A proposta parece ousada, mas o resultado é promissor, o que atrai a atenção de investidores em todo o mundo.

Um dos principais motivos desse interesse em torno do mogno africano é a projeção da indústria madeireira para os próximos anos. Segundo estudo realizado pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB) e pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), haverá uma redução de 64% da oferta de madeira até 2030, enquanto, no mesmo período, a previsão é de um aumento de quatro vezes na demanda por esse material, chegando a 21 milhões de m³ ao ano.

Fonte da imagem: Relatório Técnico “Florestas Nativas de Produção Brasileira”, publicado pelo Serviço Florestal Brasileiro e pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia em 2011.

Neste cenário, o investimento em madeira beneficiada é uma boa aposta para quem busca variar seus negócios.

Por que escolher mudas de mogno para diversificar seus investimentos?

A madeira sempre foi uma atividade muito rentável. A história do Brasil, inclusive, sempre foi pautada pela exportação desse material tão versátil e que está presente há anos no nosso cotidiano. 

De acordo com o SFB, atualmente no Brasil são extraídos 11 milhões de metros cúbicos de madeira tropical oriundos de florestas naturais. Ainda assim, esse montante não será suficiente para a crescente demanda do mercado, o que pode ocasionar o fenômeno “Apagão Florestal”, ou seja, a escassez de madeira comercializável. Afinal, produzir madeira leva tempo. 

Para conter esse fenômeno e manter o mercado aquecido, várias medidas estão sendo tomadas pelo setor industrial madeireiro. Uma delas é a silvicultura, uma ciência que permite o aproveitamento, exploração e manutenção racional das florestas. Isso significa que se pode criar uma floresta ou determinadas espécies de plantas, com o interesse ecológico, científico, econômico e social. É nessa ciência que você deve aplicar o seu dinheiro por meio de florestas plantadas.

De acordo com o SFB, em 2016, os produtos madeireiros provenientes de florestas plantadas foi de R$13,7 bilhões. Além da projeção econômica ser positiva, é preciso entender também os motivos que fazem do mogno, especialmente o africano, ser um bom investimento.

Quem já comercializa madeira, ou tem curiosidade sobre o assunto, sabe que o mogno brasileiro (Swietenia macrophylla) é uma madeira muito nobre e extremamente valorizada no mercado internacional. Entretanto, devido à sua exploração ao longo dos anos, a espécie entrou em extinção e seu corte foi proibido.

Nesse cenário, o mogno africano surgiu como um bom substituto para o mogno brasileiro, pois apresenta características físicas e mecânicas, além de aparência e trabalhabilidade, semelhantes à madeira nacional. Tais características aumentam a sua valorização no exterior.

O rápido crescimento, a baixa incidência à pragas e a facilidade de realizar o plantio sem a necessidade de autorização, são outros fatores que fazem o mogno africano a aposta da vez em silvicultura. 

Outro ponto importante a considerar é que o mogno africano ainda é algo relativamente recente no território nacional, sendo que as maiores plantações comerciais desta espécie estão atualmente com idade entre 5 e 10 anos. 

Mesmo que o segmento ainda não esteja saturado, vale ressaltar que os cultivos das duas principais espécies de mogno africano têm crescido significativamente no Brasil. O dado mais recente divulgado pela Embrapa*, revela que a estimativa de área plantada de mogno africano no território brasileiro já ultrapassou mais de 37 mil hectares, tornando o país um dos maiores plantadores desse gênero.

Quais as diferenças entre as silviculturas de mogno e de outras culturas?

Entender as diferenças entre as culturas de mogno e outras espécies é essencial para saber onde investir o seu capital. Afinal, existem diversas madeiras que também trazem retornos positivos. Abaixo, explicamos um pouco sobre cada espécie.

Silvicultura de mogno africano (Khaya grandifoliola)

O que faz o mogno africano da espécie Khaya grandifoliola atraente para investimentos é a sua fácil adaptação ao solo, podendo ser plantado em grande parte do Brasil.

Além disso, por ser uma madeira clara, ela se torna muito versátil para atender desde a indústria de construção naval até a de instrumentos musicais. A sua característica de galho retilíneo e derrama natural também facilita o manejo.

Silvicultura de mogno africano (Khaya senegalensis)

Outra espécie de mogno que é muito plantada no Brasil é a Khaya senegalensis. Também possui uma madeira clara e é de fácil adaptação no solo de qualquer parte do Brasil. Ao contrário do mogno Khaya grandifoliola, esta espécie possui muitos galhos laterais, o que torna o manejo mais difícil, exigindo desramas periódicas.

Silvicultura de Eucalipto

Famoso para uso na indústria energética (produção de carvão vegetal), para madeira (construção civil, revestimentos leves, mourões de cerca, etc) e para obtenção de celulose, o eucalipto é uma espécie considerada de ciclo curto. O seu manejo também é facilitado, pois possui galhos retilíneos e desrama natural. Além disso, pode ser plantado em quase todas as áreas do Brasil.

Embora seja uma madeira versátil, o rendimento do Eucalipto é baixo em comparação às espécies de madeiras conhecidas como madeiras nobres. 

Silvicultura de Teca

A Teca é outra madeira muito usada por produtores que buscam investir em florestas plantadas. Sua madeira é leve e pode ser utilizada desde a fabricação de móveis de luxo até a construção naval.

No entanto, o manejo da Teca é mais complexo, pois a teca é uma espécie que exige cuidados constantes, tornando o custo de manutenção mais elevado do que em uma floresta de mogno-africano, por exemplo. Além disso, a espécie não suporta solos muito ácidos, limitando as áreas de plantio no Brasil e aumentando os gastos com adubação e correção de solo.

Qual a rentabilidade do investimento em mogno-africano?

Entre as espécies mais comuns de silvicultura no Brasil, o mogno-africano se destaca por sua excelente projeção de rentabilidade. Segundo o relatório divulgado pela ITTO (International Tropical Timber Organization) em 2015, o mercado de mogno-africano já movimentava R$ 500 milhões por ano no Brasil neste período. Isso apenas reforça o quanto o investimento é promissor.

A viabilidade e rentabilidade desse investimento também possui altos valores de taxa interna de retorno, entre 14% e 20% para a madeira beneficiada, sendo superiores à maioria das opções de renda fixa disponíveis no mercado. 

Caso opte por comercializar a madeira beneficiada, com um hectare de plantio é possível atingir a rentabilidade de aproximadamente R$ 300 mil livre de impostos. O custo de implantação varia de acordo com as condições de solo, relevo, clima, proximidade dos fornecedores e mercados consumidores.

Se o comércio não é um interesse do produtor, uma alternativa é vender o direito da exploração futura da floresta  ou vender a madeira “em pé”. Dessa forma, não seria necessário fazer investimentos com corte e beneficiamento da madeira. Contudo, o lucro, nestas hipóteses, será menor que aquele que poderia ser obtido com a madeira serrada e/ou beneficiada.

Outra maneira de se obter renda antecipada com a plantação de mogno é por meio da venda dos créditos do plantio para fazendas que têm déficit em área de reserva. Esta legislação e exigências podem variar de Estado para Estado e é importante verificar a precificação destes “créditos” no mercado, mas pode ser uma boa alternativa para antecipação de receitas 

Com essas oportunidades de ganho, se a sua fazenda tem uma área ociosa, esse é o momento para começar a plantar mudas dessa espécie. Quer saber mais sobre técnicas de cultivo do mogno-africano e como começar esse investimento na prática? Então, leia como planejar o cultivo de mudas de mogno!

* Todos os dados da Embrapa citados neste texto foram retirados do livro “Mogno-africano (khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil”, publicado em 2019.

Uma das maiores necessidades de um investidor é sentir o máximo de segurança possível na hora de fazer uma aplicação. Quando o investimento é em em madeiras nobres, a escolha da origem das mudas é um momento decisivo para quem busca obter o maior retorno financeiro possível. Afinal, é importante conhecer a procedência genética das mudas para saber se elas terão um desenvolvimento satisfatório ou não.

As mudas de mogno africano de um viveiro que investe em pesquisa têm mais chances de apresentar um bom desempenho e resultado madeireiro. Neste artigo, você vai entender o porquê. Vamos explicar como é feita a seleção de mudas aqui, no Viveiro Origem. Nossa equipe se dedica, desde 2013, a desenvolver as melhores técnicas de seleção e clonagem para produção de mudas de mogno africano.

Quais as vantagens da muda obtida por meio de pesquisas?

Os experimentos em laboratório com as mudas são uma forma de oferecer plantas com a melhor qualidade genética para os clientes. Assim, é possível produzir mudas com diversas vantagens:

  • maior resistência ao clima seco;
  • maior resistência a insetos ou pragas;
  • árvores mais retilíneas;
  • troncos com menos bifurcações;
  • maior produtividade madeireira.

O Viveiro Origem é especializado na produção de mudas do mogno africano da espécie Khaya grandifoliola, anteriormente denominada Khaya ivorensis e tem trabalhado na busca das melhores matrizes para propagação, seja por meio de seleção criteriosa das matrizes, ou por meio de pesquisas em laboratório

Evidências apuradas por meio de inventários sistemáticos e comparativos nos indicam que as mudas provenientes de um processo de clonagem têm um desempenho melhor do que as seminais, por motivos que já explicamos aqui, no nosso blog. 

Temos um laboratório de pesquisas instalado dentro do Viveiro Origem, no qual a Dra. Gracielle Costa, especialista em biotecnologia e coordenadora do Mestrado Profissional em Biotecnologia e Gestão da Inovação da UNIFEM, tem desenvolvido desde 2018 pesquisas visando a seleção das melhores matrizes para o processo de clonagem. A matriz é a planta de onde se tira o material vegetativo para produzir os clones.

Entenda como funciona a seleção de matrizes do Viveiro Origem

Nós fazemos testes de qualidade das nossas plantas para determinar quais apresentam vantagens de desenvolvimento e podem gerar mudas clonais de maior qualidade se utilizadas como matrizes.

Um exemplo de teste que fazemos é submeter plantas jovens a um estresse hídrico muito alto no primeiro ano de vida, para identificar quais são as mais resistentes a climas e solos mais secos. É assim que procuramos pelas matrizes com todas as vantagens que citamos acima para oferecer um bom resultado aos nossos clientes e parceiros.

Área de testes de mudas de Khaya grandifoliola no Viveiro Origem

Área de testes de mudas de Khaya grandifoliola no Viveiro Origem

Hoje, algumas das nossas matrizes já têm idade genética superior a 10 anos e têm demonstrado excelente desenvolvimento em campo. Estamos investindo constantemente na multiplicação das melhores plantas, por meio da renovação de nossos jardins clonais e também por meio de nosso laboratório.

Parcerias e práticas sustentáveis

O Viveiro Origem também tem parcerias com autoridades reconhecidas pelo mercado e universidades de vários estados brasileiros, visando o desenvolvimento, em conjunto, de novas técnicas para obter mudas clonais de mogno cada vez melhores.

Além disso, nosso viveiro adota práticas sustentáveis para a produção das mudas, como sistema de captação e reaproveitamento de água, por exemplo. Temos registro no Ministério da Agricultura, fazemos parte da Associação Brasileira dos Produtores de Mogno Africano (ABPMA) e contamos com profissionais especializados que estão à disposição do agricultor para ajudar a solucionar dúvidas sobre o cultivo do mogno em suas propriedades.

Um dos nossos parceiros é o engenheiro e professor Ítalo Cláudio Falesi, pesquisador da Embrapa e um dos introdutores do mogno africano no Brasil. Alguns dos mognos mais antigos do país estão na fazenda dele. Trabalhamos com essas árvores como matrizes para oferecer as suas vantagens genéticas para nossos clientes.

Professor Falesi com uma muda de mogno africano em visita ao Viveiro Origem

Professor Falesi com uma muda de mogno africano em visita ao Viveiro Origem

Saiba mais sobre a equipe do Viveiro Origem

Dra. Gracielle Teodora da Costa Pinto Coelho, mestre e doutora em agronomia e fisiologia vegetal, coordenadora do mestrado profissional em biotecnologia e gestão da inovação UNIFEM“A fazenda Origem me convidou para iniciarmos uma parceria pioneira em pesquisas biotecnológicas com mogno africano. Temos estudado o comportamento das plantas já cultivadas in loco, e também novos plantios; diferentes formas de cultivo e produção de mudas; somando a biotecnologia à fisiologia vegetal para alcançarmos melhoras produtivas e dados mais acurados sobre o cultivo do Mogno no Brasil.”

– Dra. Gracielle Teodora da Costa Pinto Coelho, mestre e doutora em agronomia e fisiologia vegetal, coordenadora do mestrado profissional em biotecnologia e gestão da inovação UNIFEM

 

 

 

João Emílio Duarte, engenheiro agrônomo e responsável técnico do Viveiro Origem“Nos últimos 12 anos, tenho acompanhado diretamente a implantação, condução, colheita e processamento de florestas de mogno africano em todo o Brasil. Desde o início dos nossos trabalhos, reconhecemos a importância de se plantar uma muda com excelência, já que é o insumo que mais interfere na produtividade do resultado final. 

Para ofertar as melhores mudas ao mercado, é necessário investimento em tecnologia, infraestrutura e pessoal qualificado. O investimento é alto, leva tempo para colher os resultados e nem todo viveiro consegue fazer. A maioria se limita a produzir mudas de semente e com baixo critério de seleção genética. Quem tem feito um trabalho sério nessa busca e com bons resultados é o Viveiro Origem. Sei disso porque acompanho, de perto, todo o investimento que já fizeram, para entregar aos seus clientes e produtores de todo o Brasil um clone de melhor produtividade, com precocidade e sem perder a qualidade da madeira.”

– João Emílio Duarte, engenheiro agrônomo e responsável técnico do Viveiro Origem

Que tal nos fazer uma visita? Estamos próximos à Felixlândia (MG). Entre em contato:

vendas@mudasorigem.com.br

(31) 99974-5511

(31) 99305-0314

A prática de integrar culturas de espécies diferentes em um mesmo terreno agrícola é chamada de plantio consorciado, ou consórcio. Uma dúvida frequente de produtores de mogno africano é sobre a possibilidade do plantio consorciado do mogno com outras culturas, como já foi muito feito em Minas Gerais, por exemplo, com o café.

Você vai entender melhor, neste artigo, quais as possíveis vantagens e desvantagens dessa forma de cultivo do mogno africano no Brasil. Vamos explicar, também, quais são os tipos de sistema de integração que podem incluir o mogno e quais as espécies mais indicadas para o consórcio.

Como saber se o consórcio compensa?

Essa prática pode ser interessante para produtores rurais que querem diversificar as fontes de renda da fazenda no médio prazo. Afinal, o corte para venda do mogno africano leva anos, enquanto o tempo de colheita de culturas consorciadas, como o milho e a mandioca, é mais rápido. A venda desses outros produtos pode, inclusive, ajudar com os custos de toda a implantação do sistema de integração na fazenda.

No entanto, a interação entre o mogno africano e outras espécies pode ter resultados positivos ou negativos para o crescimento e desenvolvimento de ambas as culturas. Esse resultado é influenciado por vários fatores, como:

  • características do solo e do clima da região, que podem provocar uma competição das espécies por nutrientes do solo ou por água;
  • presença de insetos ou pragas na região, que pode ser aumentada ou reduzida com a inserção de um determinado cultivo nativo ou exótico;
  • técnicas de irrigação, adubação ou poda, que podem ser dificultadas ou facilitadas pela presença de outra espécie no terreno.

Tudo isso pode ser refletido no seu lucro com o investimento no mogno africano. Afinal, estudos comprovam que o consórcio pode contribuir para variações na altura e na largura do tronco do mogno africano e nas propriedades da madeira.

Antes de optar por essa modalidade de cultivo, é fundamental que o produtor procure a ajuda de especialistas para fazer uma análise das condições do solo e do clima da fazenda, planejar a gestão das culturas e as técnicas de manejo a serem utilizadas. Também é essencial avaliar o mercado da cultura a ser consorciada, como preço, volume que o comprador é capaz de absorver, distância e respectivo custo do frete, etc.

É importante que esse estudo de viabilidade seja feito antes de iniciar o cultivo, para que os resultados possam nortear todas as decisões seguintes. O espaçamento adotado entre as mudas de mogno, por exemplo, precisa ser definido de acordo com as necessidades das espécies consorciadas.

>> Espaçamento necessário para plantio do mogno: Entenda mais sobre esse tema aqui!

Não costuma ser indicado o plantio consorciado do mogno com outras espécies de árvores de porte ou altura semelhante. Nesses casos, pode ocorrer competição por luz solar e nutrientes do solo e até prejuízos para a formação do sistema radicular (raízes) do mogno.

Por outro lado, é possível combinar o cultivo do mogno com componentes pecuários e agrícolas em três formatos de sistemas de integração diferentes.

Tipos de sistemas de plantio consorciado

  1. Sistema de integração pecuária-floresta (IPF): é consórcio entre a floresta de mogno e pastagem para animais, também chamado de silvipastoril. Este tipo de consórcio exige um espaçamento maior entre as árvores e também só pode ser feito com a floresta mais velha, visto que as folhas do mogno são bastante palatáveis para o gado. Existem relatos de animais que se interessaram pela casca das árvores, o que requer cuidados extras e monitoramento constante.
  2. Sistema lavoura-floresta (ILF): consórcio da floresta com cultivos agrícolas anuais ou perenes, também conhecido como silviagrícola.
  3. Sistema lavoura-pecuária-floresta (ILPF): também chamado de agrossilvipastoril, é o consórcio entre a floresta de mogno, cultivos agrícolas e componentes pecuários (animais e pastagem) no mesmo terreno.
Uma muda de mogno africano com folhas avermelhadas em meio a pés de milho, ilustrando um sistema de consórcio do mogno com o milho.

Sistema de integração lavoura-floresta com milho e mogno-africano (Fonte: REIS, C. F.; DE OLIVEIRA, Edilson Batista; SANTOS, Alisson Moura. Mogno-africano (Khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil. Embrapa Florestas-Livro científico (ALICE), 2019)

Árvores de mogno africano em volta de uma área de pasto com capim amarelado, ilustrando o consórcio do mogno com o gado e o capim para pastagem.

Consórcio pecuária-floresta entre mogno africano e capim (Fonte: REIS, C. F.; DE OLIVEIRA, Edilson Batista; SANTOS, Alisson Moura. Mogno-africano (Khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil. Embrapa Florestas-Livro científico (ALICE), 2019)

Espécies que podem ser consorciadas com mogno africano

Nos últimos anos, estudos de sistemas de integração com o mogno africano têm obtido resultados motivadores com uma série de espécies diferentes. Elencamos algumas delas aqui, mas vale lembrar que nenhum resultado pode ser encarado como uma recomendação, já que as peculiaridades de cada local interferem no estudo, e as pesquisas estão em constante evolução.

  • palmito (Euterpe sp.)
  • pupunha (Bactris gasipaes)
  • guanandi (Calophyllum brasiliense)
  • café (Coffea sp.)
  • citros como a laranja e o limão (Citrus sp.)
  • cacau (Theobroma cacao)
  • cupuaçu (Theobroma grandiflorum)
  • mandioca (Manihot esculenta)
  • banana (Musa spp.)
  • milhos brasileiros
  • capim como forro de pasto (Brachiaria brizantha, B. decumbens ou B. ruziziensis)

Se você quer aprender mais sobre técnicas de cultivo do mogno africano, acompanhe as atualizações do Blog do Mogno, do Viveiro Origem. Fazemos parte da Associação Brasileira de Produtores de Mogno Africano (ABPMA) e fornecemos mudas clonais e seminais da melhor qualidade para o seu investimento.

A definição do espaçamento entre as mudas, na hora de plantar madeiras nobres, está diretamente ligada ao resultado do seu investimento. Por isso, neste artigo, vamos explicar quais são os fatores a se considerar na hora de tomar essa decisão e qual o espaçamento recomendado pela nossa equipe aqui, no Viveiro Origem.

É importante ressaltar que a escolha do espaçamento de plantios ainda é uma questão bastante discutida entre produtores e estudiosos do mogno africano. Não existe uma distância ideal para todos os casos. A densidade da sua floresta vai depender de outras questões que você precisa responder sobre o seu investimento no mogno:

  • Qual o objetivo do seu empreendimento?
  • Qual espécie de mogno será utilizada?

>> Entenda a polêmica em torno da classificação das espécies de mogno africano no Brasil!

  • Qual o manejo adotado?
  • Quais as condições do solo, relevo e do clima da fazenda onde a floresta será plantada?

Todos esses fatores são importantes para a definição do espaçamento e a distância entre as árvores de mogno interfere em resultados como o diâmetro do tronco dos indivíduos e o tempo de fechamento de copa.

O diâmetro dos troncos é um parâmetro importante a se considerar se você quer investir no mogno africano com o objetivo de vender produtos madeireiros finais de alta qualidade. Quanto mais antigas as árvores e maior o espaçamento entre elas, maior a largura e, consequentemente, a quantidade de madeira de qualidade obtida por árvore no momento do corte final. 

No entanto, vale lembrar que esse resultado também implica em uma demora maior para obter retorno do investimento inicial. Árvores largas exigem mais tempo de crescimento antes do corte para a venda. Se você quer um retorno mais rápido, pode ser interessante fazer cortes de desbastes.

Os desbastes são cortes feitos em árvores de mogno jovem para favorecer os indivíduos que se desenvolveram melhor até o momento, deixando mais espaço para eles e diminuindo a competição pelos nutrientes do solo, iluminação e água. Mesmo sabendo que o mogno ainda é uma cultura nova no Brasil do ponto de vista comercial, já existem  demandas de mercado para o mogno jovem.

Essa pode ser uma forma de obter algum retorno antes do corte final das árvores. Obviamente, o valor da madeira, nestes casos, é  inferior ao atingido pela madeira do corte final. Descubra quais as perspectivas de mercado do mogno neste outro artigo! 

Já o fechamento de copa é o que acontece quando as partes aéreas do mogno (compostas pelos galhos e folhas) são densas e largas o suficiente para sombrear a maior parte do solo da floresta. Esse processo é mais rápido quando o espaçamento entre as mudas é menor.

O sombreamento provocado pelo fechamento de copa do mogno prejudica a fotossíntese de outras plantas mais baixas. Logo, quanto mais cedo ocorrer esse fechamento, menores serão os gastos para evitar a matocompetição, ou seja, para evitar que outras plantas entrem na competição pelos nutrientes do solo necessários para o desenvolvimento do mogno.

Em espaçamentos maiores, o controle da matocompetição se estende por um período maior e deve ser tratada com bastante seriedade pelos plantadores de mogno, já que as raízes do mogno são rasas e a grande incidência de mato no plantio pode prejudicar o desenvolvimento e nutrição da floresta.

Assim, na prática, existem três possibilidades de espaçamentos de plantios de mogno:

  1. Espaçamento menor, ou seja, mais adensado, normalmente de 2 x 3 metros a 4 x 4 metros: garante um fechamento de copa mais rápido e é para quem deseja fazer cortes seletivos de desbaste quando as plantas entrarem em competição, o que costuma acontecer de 4 a 12 anos de idade (número de desbastes dependerá da evolução da floresta), e um corte final na idade adulta das árvores. O destino da madeira mais fina dos primeiros desbastes pode ser um complicador, além dos elevados custos de manejo e desbastes presentes em uma floresta mais adensada;
  2. Espaçamento intermediário, normalmente de 3 x 6 metros a 6 x 6 metros: terá um fechamento de copa não tão precoce como nos plantios mais adensados e demandará um ou dois cortes seletivos de desbaste antes do corte final, quando as plantas entrarem em competição, o que costuma acontecer entre 5 e 10 anos de idade (número de desbastes dependerá da evolução da floresta). O destino da madeira de desbaste dependerá da qualidade da madeira extraída, mas já poderá apresentar boas características para absorção pelo mercado como “mogno jovem”; 
  3. Espaçamento maior desde a primeira implantação, normalmente acima de 8 X 8, podendo chegar a 10 x 10 ou 12 x 12: indicado para obtenção de maior aproveitamento industrial da madeira no final do ciclo. Neste caso, os desbastes seriam raros e deve-se tomar cuidado com exposição da floresta a ventos fortes, já que com maior espaçamento as árvores estariam mais vulneráveis, Barreiras de proteção com árvores (eucalipto, por exemplo), podem ser uma opção.

Aqui, no Viveiro Origem, recomendamos o espaçamento mínimo de 3 x 6 (para futuro 6 x 6 e 12 x 12) ou 5 x 5 metros (para futuro 10 x 10) em cultivos de Khaya grandifoliola.

Estes espaçamentos são ideais para se obter um melhor aproveitamento do produto madeireiro, em termos de qualidade e quantidade de madeira por hectare, com possibilidade de retorno de parte do investimento no curso do plantio, além de menos custos com desbastes e com mais possibilidade de destinação nobre da madeira de desbaste. O resultado seria uma floresta com densidade inicial de 400 a 555 plantas por hectare (10 mil m²).

>> Acesse nossa calculadora on-line e veja qual seria o provável rendimento da sua floresta de mogno nessas condições!

Para que as suas florestas de mogno africano produzam madeira de qualidade e quantidade compatíveis com a expectativa do mercado, é preciso se atentar aos métodos empregados durante o cultivo. No Brasil, as técnicas de irrigação exigem ainda mais atenção, já que parte das áreas cultiváveis podem ter deficiência hídrica para o cultivo do mogno africano.

A irrigação fornece a água suplementar que a árvore precisa para que essa deficiência não prejudique o funcionamento do seu metabolismo. Para quem quer investir no mogno africano nas mais diversas condições climáticas brasileiras, vamos explicar, neste artigo, a técnica de irrigação localizada, seus diferentes tipos e vantagens comprovadas para o bom desenvolvimento da sua floresta.

Quando a irrigação é necessária?

Em regiões com índice pluviométrico acima de 1.200 mm, bem distribuídos ao longo do ano, a irrigação pode não ser necessária. Mas, quando a precipitação acumulada é inferior a 1.200 mm e / ou inconstante ao longo do ano, havendo muitos meses de seca, é aconselhado ter um sistema de irrigação para sua floresta, especialmente nos dois primeiros anos de implantação da floresta, seja de funcionamento constante ou apenas nos períodos secos, de acordo com a necessidade observada.

O que é irrigação localizada?

Para definir qual o melhor método de rega artificial para a sua floresta, é importante fazer uma análise profissional das condições do solo, topografia e clima. Recomendamos que você procure um especialista. Optamos por abordar, aqui, o sistema mais comum em florestas de mogno africano, que é a irrigação localizada.

Esse método consiste na aplicação direta de água na região onde a muda foi plantada, irrigando as raízes da planta com pequena intensidade. Ele pode ser feito por superfície, com a técnica de gotejamento (mais utilizada), ou por microaspersão, simulando uma chuva e umidificando não só o solo, mas também a planta. Ainda é possível a irrigação de salvamento, feita com a utilização de carros pipa, mas que pode gerar custos superiores aos de uma irrigação convencional a depender do tamanho do plantio e volume de água utilizado.

Sistema de irrigação de gotejamento em mudas de mogno africano, pequenas, com poucas folhas, em um terreno com terra alaranjada. Um tubo preto permite a irrigação por gotas e a terra em volta das mudas está molhada.

Sistema de irrigação de gotejamento.

Sistema de microaspersão, no qual uma haste sustenta um dispositivo que libera água em pequenas gotículas sobre uma plantação rasteira, com o sol ao fundo, se pondo atrás da montanha.

Sistema de microaspersão

Quais as vantagens da irrigação?

Um estudo conduzido, a partir de 2012, pela UFG, com mudas jovens de mogno e irrigação localizada por gotejamento e microaspersão, em Bonfinópolis (GO), concluiu que a altura de plantas irrigadas pode crescer até 25% mais do que as não irrigadas. Já o diâmetro da planta pode ser até 24% maior aos 20 meses de idade (Fonte: REIS, C. F.; DE OLIVEIRA, Edilson Batista; SANTOS, Alisson Moura. Mogno-africano (Khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil. Embrapa Florestas-Livro científico (ALICE), 2019).

O gráfico a seguir evidencia a importância da irrigação para o crescimento das mudas de mogno nos primeiros dois anos após o plantio. É possível observar que os resultados começam a ser vistos em setembro de 2012, ou seja, quatro meses após o início da rega artificial, o que indica que as plantas que não foram irrigadas sentiram mais o transplantio e demoraram mais a se desenvolver.

gráficos que mostram Dados médios de crescimento de plantas de Khaya ivorensis - atual Khaya grandifoliola (altura total, altura de fuste, diâmetro do coleto e diâmetro à altura do fuste), dos dois aos vinte meses no campo, em Bonfinópolis, GO.

Dados médios de crescimento de plantas de Khaya ivorensis – atual Khaya grandifoliola (altura total, altura de fuste, diâmetro do coleto e diâmetro à altura do fuste), dos dois aos vinte meses no campo, em Bonfinópolis, GO.
* Fuste: distância entre o solo e as primeiras ramificações e folhas. DAP: diâmetro a 1,30 metros de altura em relação ao solo.
(Fonte: REIS, C. F.; DE OLIVEIRA, Edilson Batista; SANTOS, Alisson Moura. Mogno-africano (Khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil. Embrapa Florestas-Livro científico (ALICE), 2019).

 

Assim, podemos concluir que a irrigação localizada pode ser um fator importante para o bom estabelecimento das mudas e também para um crescimento satisfatório do mogno africano, especialmente nos primeiros dois anos de plantio, em várias regiões brasileiras, como no cerrado, por exemplo, que tem invernos bastante secos.

Entretanto, quando for começar sua floresta, lembre-se de analisar outros fatores importantes para o bom desenvolvimento das árvores. A escolha do viveiro é algo a se considerar para obter mudas de qualidade. Se você ainda não conhece o Viveiro Origem, confira aqui os nossos vídeos!

Segundo a Food Agricultural Organization (FAO), uma das agências da Organização das Nações Unidas (ONU), a demanda global por madeira em tora aumentou 37% no período de 1990 a 2017. Há espaço para a plantação de madeiras nobres. Mas você já se perguntou que tipos de demandas são essas?

Existem vários usos para as cascas, folhas, frutos, sementes e madeira do mogno africano. Estudos comprovam que o extrato da casca da árvore do mogno, por exemplo, tem propriedades medicinais, podendo ser utilizado até mesmo no tratamento da malária. Como o uso dessas outras partes da árvore ainda é pouco explorado no Brasil e a venda da madeira é o principal foco dos produtores, vamos falar mais sobre a demanda madeireira.

A madeira do mogno africano é historicamente valorizada pela sua beleza e características tecnológicas. Ela tem um tom marrom rosado escuro e é fácil de ser trabalhada, o que a torna ideal para a carpintaria. Por isso, em geral, a madeira do mogno costuma ser utilizada para a confecção de móveis, de instrumentos musicais, construção naval e de interiores. 

As características de densidade e tonalidade da madeira de mogno africano podem variar, influenciando na utilização de cada uma. Confira, a seguir, as finalidades mais comuns para a madeira do mogno de espécies diferentes.

Usos mais comuns das espécies de mogno africano:

  • Khaya anthotheca: esta espécie é conhecida como mogno-branco. Sua madeira é empregada popularmente na fabricação de móveis, pisos, painéis, lâminas e construção de barcos e canoas.
  • Khaya grandifoliola: conhecida como mogno-da-folha-grande, é adequada para carpintaria, marcenaria, móveis e laminação decorativa, mas também para construção leve, incluindo pisos e acabamentos, ou instrumentos musicais, brinquedos, artesanatos, entalhes, utensílios domésticos etc.
  • Khaya ivorensis: popularmente chamada de mogno-vermelho, também é utilizada na movelaria e em pequenos objetos, mas seus usos mais comuns são para estruturas de janelas, painéis, escadas e portas. Pode ser usada tanto em construções leves quanto pesadas.
  • Khaya senegalensis: tem usos semelhantes aos citados para a Khaya ivorensis e é indicado para produção de assoalho e construção leve. Também pode servir para carpintaria, marcenaria, móveis, construção naval e lâminas decorativas. É adequada para construção, pavimentação, acabamento interno, carrocerias de veículos, brinquedos, fabricação de dormentes, peças torneadas e madeira para celulose.

Fonte: REIS, C. F.; DE OLIVEIRA, Edilson Batista; SANTOS, Alisson Moura. Mogno-africano (Khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil. Embrapa Florestas-Livro científico (ALICE), 2019

>> Por que o mogno-africano já pode ser considerado a madeira do futuro? Contamos os motivos neste outro post!

Perspectivas de mercado para o mogno jovem

No Brasil, o plantio de mogno ainda é considerado recente e as espécies mais plantadas são a Khaya grandifoliola e a senegalensis. Pelo fato de ainda termos poucos plantios antigos, é difícil encontrar árvores antigas com troncos muito largos e a maioria destas árvores estão no norte do Brasil.

Vale ressaltar que uma largura menor da árvore no momento do primeiro corte para venda, chamado de desbaste (ou mogno jovem), não reduz as possibilidades de uso. Esse primeiro corte consiste na remoção de algumas árvores da floresta para garantir espaço para o aumento da produção de madeira das remanescentes.

São várias as perspectivas mercadológicas para o mogno jovem, obtido nesse desbaste. A Associação Brasileira de Produtores de Mogno Africano (ABPMA) faz, inclusive, trabalhos com designers brasileiros de móveis que utilizam a madeira nas suas peças. Essa parceria já rendeu móveis premiados. Foram utilizadas, também, as raízes do mogno, para confeccionar peças únicas de grande valor para o mercado moveleiro.

Outros destinos para o mogno jovem vêm sendo testados e divulgados por meio de participação em feiras/mostras nacionais e internacionais, como forma de mostrar ao grande mercado consumidor as propriedades desta nobre madeira que o Brasil tende a ser grande produtor. Veja os exemplos nas imagens, fornecidas pela ABPMA (Fonte: REIS, C. F.; DE OLIVEIRA, Edilson Batista; SANTOS, Alisson Moura. Mogno-africano (Khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil. Embrapa Florestas-Livro científico (ALICE), 2019):

Guitarra e contrabaixo de madeira de mogno africano feitos pelo luthier Sânzio Brandão

Guitarra e contrabaixo feitos pelo luthier Sânzio Brandão

 

Escrivaninha laminada com mogno africano dos designers Juliana Vasconcelos e Matheus Barreto

Escrivaninha laminada com mogno africano dos designers Juliana Vasconcelos e Matheus Barreto

Poltrona de madeira retorcida feita a partir das raízes do mogno africano pelo designer Hugo França

Poltrona feita a partir das raízes do mogno pelo designer Hugo França

 

Móveis feitos a partir do mogno africano, dos designers Paulo Alves (aparador) e Maurício Azeredo (banco).

Móveis feitos a partir do mogno africano, dos designers Paulo Alves (aparador) e Maurício Azeredo (banco).

No Brasil, em 2018, foi estimada uma área plantada de cerca de 37 mil hectares de mogno africano. A expectativa é de que essa área aumente. Afinal, o mogno se adapta muito bem a países tropicais e a demanda por madeira de qualidade cresce a cada ano.

O que o grande mercado consumidor interno e externo de madeiras nobres procura é por volume e continuidade no fornecimento de madeira, o que, em breve, os produtores de mogno africano no Brasil poderão oferecer, com os desbastes e com os cortes finais das florestas de mogno já plantadas e em implantação pelo país.

Investir em madeira nobre é, sem dúvida, um ótimo investimento, pois, além de valorizar de imediato a propriedade na qual o plantio é feito, promete um retorno financeiro elevado quando comparado às aplicações financeiras convencionais (conservadoras ou moderadas), mesmo considerando as projeções mais conservadoras feitas para o mogno.

Quanto vale uma árvore de mogno africano?

O valor final da madeira dependerá de vários fatores, como, por exemplo, formato da venda (madeira em pé, madeira em tora, madeira serrada e seca ao ar livre ou em estufa, produto final beneficiado). Obviamente, cada etapa do processo implica em custos, mas tende a agregar valor ao produto final oferecido ao mercado.

Quando se pensa em investir em madeira nobre, muitos questionam o fato de o prazo parecer longo, visto que o corte final acontecerá após os 16 anos do plantio. Avaliamos este retorno de forma diferente, visto que a floresta plantada em uma propriedade rural agrega valor ao imóvel e cria novas possibilidades de mercado talvez não imaginadas em um primeiro momento. Como exemplos, podemos citar:

  • venda antecipada da madeira para investidores;
  • projetos de crédito de carbono ou de compensação florestal;
  • valorização da fazenda imediatamente após o plantio.

Além disto, o plantio de florestas tem um papel importante na pauta de desenvolvimento sustentável da economia, pois evita o comércio ilegal de madeiras nativas e pode ser usado para recompor áreas degradadas.

Iniciar um plantio de mogno africano não precisa ser difícil. Não é necessário ter uma licença e você encontra mudas clonais e seminais de qualidade aqui, no Viveiro Origem. 

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A polêmica em torno da identificação da espécie de mogno africano cultivada nos plantios brasileiros foi encerrada depois de muitos anos de divergências e suspeitas levantadas por profissionais do ramo no Brasil.

As árvores pioneiras, plantadas no jardim da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no Pará, que sempre foram consideradas da espécie Khaya ivorensis, são, na verdade, da espécie Khaya grandifoliola. Quem atestou foi o maior especialista no gênero Khaya do mundo, atualmente: o doutor e pesquisador congolês Ulrich Gaël.

> Clique aqui e confira os laudos originais emitidos pelo dr. Gaël

O botânico esteve no Brasil em julho de 2019, a convite da Associação Brasileira de Produtores de Mogno Africano (ABPMA), para determinar, incontestavelmente, qual a espécie de mogno das quatro árvores mais antigas do país. As sementes que originaram os plantios brasileiros são, em grande parte, provenientes dessas árvores.

Se você quer investir no plantio de mogno, pode ser útil entender mais sobre a história e a genética desse tipo de árvore. Neste artigo, vamos traçar uma linha do tempo para explicar sobre a vinda do mogno africano para o Brasil e o desafio de definir a classificação taxonômica dessas plantas.

1975: A chegada das primeiras sementes de mogno no Brasil

Em outubro de 1975, um representante do Ministério de Água e Florestas da Costa do Marfim presenteou um engenheiro agrônomo brasileiro com oito sementes de mogno africano. Ele disse ao engenheiro Italo Claudio Falesi:

“Plante, que será o ouro do futuro”.

No entanto, ele não informou a espécie das sementes. Elas foram plantadas na sede da Embrapa Amazônia Ambiental, em Belém, no Pará, e serviram como ponto de partida para a propagação de grande parte das mudas seminais e clonais de mogno existentes, atualmente, no país. Hoje, o professor Falesi é um dos grandes parceiros do Viveiro Origem no desenvolvimento das mudas clonais superiores.

1992: Equipe técnica da Embrapa classifica árvores como Khaya ivorensis

A primeira tentativa de identificar a espécie das árvores de mogno foi feita por técnicos da própria Embrapa, em 1992, que concluíram, a princípio, que seriam exemplares da Khaya ivorensis.

2013: Engenheiros agrônomos e florestais notam divergências entre árvores que seriam da mesma espécie

Ao longo do ano de 2013, profissionais da área analisaram árvores de mogno consideradas da espécie Khaya ivorensis, mas que tinham aparências diferentes das árvores cultivadas a partir de sementes originárias dos quatro mognos mais antigos da Embrapa.

Assim, surgiu a dúvida: quais são, afinal, da espécie Khaya ivorensis e qual a espécie destas outras árvores que têm aparências distintas? Para solucionar as questões, amostras foram coletadas e enviadas a um laboratório especializado na Inglaterra.

2015: O resultado do laboratório chega ao Brasil

Em 2015, vem a confirmação de que as árvores com aparência distinta, plantadas na Reserva da Vale, em Linhares (ES), eram mesmo da espécie Khaya ivorensis, o que significava que os quatro primeiros mognos da Embrapa não poderiam ter essa classificação. Era provável que eles fossem da espécie Khaya grandifoliola, mas ainda havia dúvidas.

Diantes da questão, a Embrapa então se posiciona afirmando que providenciaria uma análise completa dos seus quatro mognos. Mas a empresa não deu nenhum tipo de prazo para chegar a uma conclusão. Por isso, a ABPMA resolve tomar a iniciativa de solicitar também um estudo genético sobre a espécie.

Março de 2019: Sequenciamento genético das sementes aponta para Khaya grandifoliola

Na conclusão do estudo genético, feito pelo professor Evandro Novaes, todas as evidências apontavam para a classificação como Khaya grandifoliola. Porém, o próprio professor sugere à ABPMA que seja convidado um botânico especialista para validar o resultado.

O dr. Terry Pennington, botânico inglês que fez o teste das amostras em laboratório, indicou o dr. Ulrich Gaël para solucionar de vez a questão. Um grupo técnico formado por associados da ABPMA optou por aceitar a sugestão. A ABPMA arcaria com todos os custos da vinda do pesquisador ao Brasil e a Embrapa se ofereceu para dar apoio interno e estrutural à visita.

Ulrich Gaël é o autor da tese de doutorado que propõe revisar as espécies do gênero Khaya no mundo depois da descoberta de novas variações. Ele pesquisa sistemática botânica e diferenciação genética de plantas do gênero Khaya há cerca de dez anos.

> VÍDEO: Clique e veja Dr. Gaël agradecendo o convite para vir ao Brasil

Dr. Ulrich Gael com um dos mognos africanos pioneiros do Brasil na Embrapa

Dr. Ulrich Gael com um dos mognos africanos pioneiros do Brasil na Embrapa

Julho de 2019: O dr. Gaël examina os quatro mognos da Embrapa em sua visita

A visita do especialista congolês ao Brasil foi organizada e acompanhada por um grupo de integrantes da ABPMA, incluindo uma das sócias do Viveiro Origem, Luciana Maluf. Dr. Gaël trouxe a confirmação de que os quatro mognos são da espécie Khaya grandifoliola, o que implica na reclassificação de todas as árvores e mudas obtidas a partir das suas sementes.

Além de resolver a grande dúvida dos produtores de mogno africano no Brasil, o dr. Gaël também aproveitou a visita ao país para oferecer palestras e treinamentos sobre as descobertas de seus estudos e ensinar as principais diferenças entre as Khayas.

> VÍDEO: Clique aqui e entenda as principais diferenças entre as espécies de mogno africano

Dr. Ulrich Gael com respresentantes da Embrapa e da ABPMA quando ele atestou que as árvores pioneiras, plantadas no jardim da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no Pará, que sempre foram consideradas da espécie Khaya ivorensis, são, na verdade, da espécie Khaya grandifoliola

Dr. Ulrich Gael com respresentantes da Embrapa e da ABPMA

Quais as consequências da reclassificação?

A definição da espécie de mogno cultivada na maioria dos plantios no Brasil trouxe mais transparência ao mercado do país, que passou a ser reconhecido o maior produtor de mogno da espécie Khaya grandifoliola do mundo. Foi também fortalecida a certeza de que a Khaya grandifoliola gerará um produto madeireiro de ótima procedência e qualidade.

> Clique aqui para saber mais sobre a história do mogno no Brasil!

A cadeia do mogno no Brasil também está tendo que se readequar em alguns pontos da produção das mudas. Antes de novas vendas de sementes, por exemplo, os extratores precisam identificar a espécie correta das árvores localizadas na área de coleta.

Isso implica na necessidade de informar os compradores anteriores sobre a reclassificação das sementes adquiridas. Para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento não é necessário retificar termos e notas fiscais emitidos no passado porque eles estavam em conformidade com a classificação aceita pelo mercado na época.

Um cuidado especial que extratores de sementes precisam ter é com as áreas de coleta que possam ter mais de uma espécie de mogno misturadas, já que nem todas as árvores brasileiras descendem dos quatro mognos pioneiros. Alguns produtores importaram sementes de diversos países da África. É importante identificar essas espécies para que as sementes possam ser vendidas separadamente.

No caso da produção das mudas clonais, é importante que cada viveiro faça a identificação e classificação adequada das suas matrizes. Todas essas medidas visam ajustar a cadeia de produção à classificação correta das Khayas comercializadas. Isso pode, no futuro, impactar o valor de comercialização da madeira, uma vez que a precificação pode variar de acordo com a espécie. As diferenças entre as características destas madeiras ainda será objeto de muitos testes, estudos e pesquisas.

Atualmente, conforme relatório da Organização Internacional de Madeiras Tropicais (ITTO), somente a Khaya ivorensis tem uma cotação individualizada. As demais (senegalensis, anthotheca e grandifoliola) são classificadas e precificadas apenas como Khaya.

A origem deste tratamento diferenciado para a ivorensis está muito mais relacionada à sua raridade e fama do que especificamente à qualidade da madeira. Na África, por mais incrível que possa parecer, o mogno africano está praticamente extinto, sendo raro encontrar espécimes na natureza.

Madeira de lei.

As árvores de Mogno Africano Khaya ivorensis foram cortadas no estado brasileiro do Pará, recentemente ao completarem dezoito anos de idade. Observamos um fuste muito bom. Diferente de outras espécies de Mogno Africano. Esse fuste mais alto é característica da espécie ivorensis. E com um cerne bem desenvolvido. Investir em Mogno de qualidade é sem dúvida promessa de retorno excelente. Em breve publicaremos o resultado final da Madeira trabalhada tanto em itens de construção civil como em movelaria. As ranhuras características do Mogno fazem toda a diferença no embelezamento da peça final.

Visando aprimorar ainda mais nossa busca por melhoramentos genéticos do Mogno Africano, bem como uma maior proximidade com o mercado madeireiro, o Viveiro ORIGEM agora é associado da  Associacao Brasileira dos Produtores de Mogno Africano ABPMA.

No último final de semana ocorreu um Encontro da ABPMA em Pirapora MG onde foi discutido o desenvolvimento da especie Khaya ivorensis após 9 anos de plantio com varias espaçamentos e manejos diferentes. Bem como a comparação com outras especies como Cedro Australiano, Teca e Senegalensis.

O Khaya ivorensis tem se destacado como grande produtor de madeira nobre de qualidade.

Para saber mais visite o site da Associacao  http://www.abpma.com.br