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Investir em mogno-africano vai além de comprar mudas e plantá-las. É preciso fazer um acompanhamento de perto e completo para saber se a sua floresta está crescendo de forma saudável e dentro de uma média esperada para a espécie.

Imagine uma criança que acabou de nascer. Você pode preparar o melhor berço, alimentá-la e cuidar com carinho, mas se esquecer de levá-la ao pediatra para monitorar o desenvolvimento e a saúde do bebê, poderá enfrentar situações desagradáveis e não poderá voltar mais no tempo! 

A mesma coisa acontece em uma floresta de mogno-africano. Sem ficar “vigiando” o seu desenvolvimento, corre-se o risco de comprometer grande parte do seu investimento.

Uma etapa importante para acompanhar o desempenho da sua floresta é documentar e monitorar os dados de evolução da floresta. Muitos produtores deixam de lado essa tarefa, seja porque não têm tempo para executá-la, não destinam  verba para contratação de um técnico ou até mesmo por falta de informação.

Para tornar esse trabalho o mais simples possível, criamos uma lista de monitoramento da sua floresta. Veja abaixo o passo a passo!

1.º passo: levantamento dos dados primários

Ao comprar suas mudas de mogno-africano, você já tem acesso a informações relevantes para o seu cultivo. Logo, a primeira coisa a se fazer é documentar sua aquisição. Anote:

  • a espécie de khaya adquirida;
  • o viveiro de origem;
  • o tipo da muda (se é seminal ou clonal/estaquia);
  • número da Nota Fiscal de aquisição das mudas.

Sugerimos sempre exigir do fornecedor das mudas a Nota Fiscal e o Termo de Conformidade assinado pelo responsável técnico do viveiro, pois estes documentos poderão ser importantes futuramente na hipótese de certificação da floresta.

Anotações feitas e documentos arquivados, é hora de aprofundar mais um pouco!

2.º passo: registro do plantio original

Com as mudas de mogno-africano em mãos, certifique-se que sua área possui as condições ideais para o plantio.

Tudo certo para receber as mudas? Então, execute o plantio. Após finalizá-lo, documente as seguintes informações:

    • Local: cidade e Estado onde foram plantadas as mudas;
    • Coordenadas geográficas: indique a latitude e a longitude da sua propriedade;
    • Data: anote o dia, mês e ano do plantio;
    • Pre
      paro do solo:
      o que foi feito para preparar o solo? Gradagem, subsolagem, outros;
    • Características do solo: se você realizou a análise de solo da área antes do plantio, você terá as informações no relatório técnico gerado; 
    • Correções feitas no solo antes do plantio e adubações feitas na cova: detalhe o máximo possível, informando quantidade, tipo de adubação, data de realização;
    • Espaçamento original: qual foi o adensamento definido. Consulte nosso post se tiver dúvidas sobre espaçamento;
  • Mudas totais plantadas;
  • Área total original plantada.

plantio mogno africano

Vencida essa etapa, vamos para uma fase com ainda mais registro de dados!

3.º passo: manejo após o plantio

Alguns meses após o plantio, é normal e até positivo fazer pequenos ajustes. Sendo assim, adicione às suas anotações o seguinte:

  • Irrigação: registre se foi necessário irrigar as mudas, tipo de irrigação implantada, volume de água usado por planta e até qual idade a planta precisou dessa técnica;
  • Consórcio: se decidiu diversificar a sua floresta, anote as culturas que plantou com o mogno-africano, bem como o espaçamento utilizado na linha e nas entrelinhas (para ambas as culturas);
  • Adubação: informe o que foi feito de adubação após o plantio (frequência e quantidade);
  • Combates a pragas e doenças: o que foi feito e quantas vezes foi realizado? Houve perda de mudas por este motivo? Informar se houve o aparecimento de formigas, abelhas, fungos, se houve a morte de alguma árvore ou outras intercorrências. 
  • Replantios: caso tenham sido feitos, anotar a data e registro das mudas como descrito no passo 1.

Pronto! Em 3 passos você já fez a maior parte do trabalho de monitoramento da sua floresta. Se você cumpriu à risca a nossa lista até aqui, a última etapa será mais fácil!

4.º passo: Inventário florestal contínuo (monitoramento anual)

Geralmente, depois de um ano de plantio é preciso fazer um levantamento de dados para saber o quanto a sua floresta cresceu e desenvolveu. Nesse primeiro ano, o intuito maior do levantamento é quantificar a mortalidade das mudas e a altura média. Essa parte do inventário é feita por meio de métodos de amostragem baseados em estatísticas e deve ser realizada, preferencialmente, anualmente, como explicamos no vídeo abaixo:

O mais recomendado é monitorar pelo menos 2 a 5% das árvores plantadas de forma aleatória no plantio (de acordo com o total de área monitorada), porém o cálculo do erro do inventário que lhe trará tal confiabilidade. 

Esqueça a subjetividade e preferência. Ao realizar a amostragem, escolha árvores localizadas em diferentes partes do seu plantio, garantindo assim que não irá medir apenas as melhores e superestimar os valores. 

Importante lembrar de sempre monitorar a mesma amostra original (parcela), ou seja, é esse conjunto de árvores que você acompanhará até o corte final.

O que registrar no inventário anual: 

  • Tamanho da amostra: indicar a porcentagem de árvores analisadas e demarcadas na parcela amostral (formato e tamanho da parcela devem ser definidos previamente).
  • Data da medição: o dia, mês e ano. 
  • DAP: medir a circunferência de cada árvore a 1,30m do solo (CAP= circunferência à altura do peito). Tal medida é convertida em diâmetro em razão da constante 𝝅.
  • Altura: medir a altura total da árvore e também do fuste (geralmente até onde a árvore bifurca ou então abre sua copa). Para medição das alturas, equipamentos específicos são necessários — clinômetros e hipsômetros. É comum na prática de inventário florestal medir apenas parte das alturas e posteriormente estimar as demais com um modelo matemático de regressão. 
  • Informações qualitativas: informações sobre a qualidade do plantio também devem ser incluídas no inventário. Como exemplos podemos citar a qualidade do fuste (tortuosidade) e presença de cancro (intensidade no tronco).

Preste muita atenção nessa dica: se existirem setores com características de mudas, plantios e manejos distintos, recomenda-se avaliar separadamente cada área. A sugestão é tratar como estas áreas como “talhões” e ponderar a quantidade de parcelas amostrais entre os setores.

O ideal é que nesta etapa, caso o produtor não tenha experiência, que se contrate um especialista para realizar o inventário florestal, pois este profissional terá os aparelhos necessários e o treinamento adequado para realizar as medições eficientemente e de forma confiável. 

Os custos de inventário devem ser encarados como parte do investimento quando se pensa em investir em florestas. O retorno virá em produtividade e ganhos gerados por intervenções precoces, graças aos resultados e apontamentos presentes no relatório do inventário florestal. 

Cumprido o quarto passo, você finalizou o seu monitoramento e já documentou os dados mais importantes de sua plantação de mogno-africano.

A importância de cumprir a lista de monitoramento da floresta de mogno

Assim como em outras áreas da nossa vida, só conseguimos melhorar algo se identificarmos o que pode ser medido. Um maratonista, por exemplo, mede o seu tempo de corrida todos os dias. Só assim ele identifica qual tática pode implementar para baixar o seu tempo e, assim, melhorar sua performance.

A floresta de mogno-africano segue o mesmo princípio. Só conseguiremos ter um resultado positivo se acompanharmos de perto o seu desenvolvimento. Dentre os principais benefícios de fazer o monitoramento, podemos destacar:

  • Antecipação de problemas, como a incidência de pragas para combate imediato.
  • Informações para modificar a estratégia do cultivo, já que com os dados coletados é possível comparar o desenvolvimento de sua floresta com outras que possuam condições similares.
  • Tranquilidade para o produtor, que terá dados suficientes para intervir no curso do plantio, caso melhorias possam ser implementadas.
  • Fortalecimento do mercado brasileiro de mogno-africano, já que os dados ajudam em pesquisas científicas para trazer melhorias para a silvicultura da espécie.

Não é uma tarefa fácil coletar todos os dados de uma vez. Contudo, se fizer como sugerimos aqui, todo o processo ficará mais simples e leve. Monitorar a floresta é parte importante do projeto e do investimento. 

Como usar os dados do meu inventário com eficiência

Quem investe em algo tão inovador como o mogno-africano precisa ter a quem recorrer quando precisar tomar decisões referentes ao manejo do cultivo. Dessa forma, o Viveiro Origem oferece todo suporte aos nossos clientes.

Nossos clientes podem compartilhar, via e-mail, todos os dados coletados em inventário conosco. 

Após o recebimento dessas informações, nós iremos compará-los com registros de plantios exemplares de outros clientes que já fazem este monitoramento há muitos anos e, com isto, poderemos sinalizar para você eventuais necessidades de intervenções na sua floresta, caso seja necessário.

Lembrando que oferecemos comparações preliminares e médias, que deverão sempre ser checadas e executadas por profissionais técnicos capacitados

Obviamente, esse processo envolve todo o sigilo dos dados. Para nós, oferecer segurança aos nossos clientes é um pilar essencial do nosso negócio. Conheça um pouco do nosso trabalho:

Nosso objetivo é construir uma parceria a longo prazo com os produtores e queremos que o ciclo do seu investimento se feche de maneira positiva. Nosso lema é: não vendemos mudas, vendemos árvores. O acompanhamento do pós-venda e análise de dados é uma maneira de ajudar nossos clientes a terem um investimento que lhes traga retornos reais no futuro.

Quer entender mais sobre a nossa proposta? Solicite um orçamento!

O cultivo de mogno-africano no Brasil, em especial do gênero khaya, tem crescido de forma significativa nos últimos anos. De acordo com dados da Embrapa*, já foram plantados mais de 37 mil hectares de mogno-africano. 

O interesse é motivado pela qualidade das madeiras provenientes do gênero khaya e, consequentemente, do destaque que elas possuem no mercado internacional de madeiras nobres. 

No entanto, o sucesso do plantio do mogno-africano no território brasileiro está diretamente relacionado à espécie escolhida pelo produtor. Nesse sentido, entender as diferenças entre cada uma delas é essencial para fazer a escolha certa e começar o seu investimento. 

Quais as espécies de mogno-africano no Brasil?

De acordo com os estudos técnicos da Embrapa, as quatro espécies de khaya que são mais interessantes para o plantio comercial e obtenção de madeira nobre no Brasil são: Khaya anthotheca, Khaya grandifoliola, Khaya ivorensis e Khaya senegalensis.

A Khaya senegalensis e a Khaya grandifoliola são as espécies com maior área de plantio no Brasil, devido à melhor adaptação ao clima e solo, sendo, portanto, mais promissoras em termos de rentabilidade para os produtores.

Ainda assim, é relevante entender as diferenças entre cada uma das espécies para facilitar, não só o processo de compra das mudas, mas também o plantio e manejo da floresta.

Quais as diferenças entre principais espécies de mogno-africano?

Saber os aspectos técnicos como crescimento dos troncos, formato das folhas,  entre outras características de cada espécie, serve para guiar a escolha do produtor e suas futuras ações na silvicultura de mogno-africano. Abaixo, veja os detalhes de cada uma das espécies encontradas no Brasil:

Khaya anthotheca 

A espécie Khaya anthotheca se adequa mais em solos aluviais férteis profundos, como os de margens de rios e de encostas. Seu desenvolvimento ocorre melhor em altitudes que variam entre baixa e média, indo até 1.500 m e com índices pluviométricos de média anual entre 1.200 mm a 1.800 mm. Suas folhas têm textura bem lisa e com as nervuras secundárias e terciárias pouco aparentes.

A altura das árvores de Khaya anthotheca podem atingir de 40 m a 65 m, com o fuste (parte comercial do tronco) podendo atingir 30 m. Conhecida como mogno-branco, a madeira dessa espécie pode ser usada para fabricação de móveis, pisos, painéis, barcos e canoas, se destacando para o uso em qualquer aplicação que exige madeira de boa qualidade e médio peso.

Apesar de ser uma madeira muito reconhecida no mercado internacional, seu cultivo no Brasil ainda é em pequena escala.

Khaya grandifoliola 

É uma espécie de fácil adaptação aos solos aluviais de vales, úmidos e bem drenados. É uma árvore que se beneficia de luz quando já está bem estabelecida, mas também se mostra tolerante à sombra. Se desenvolve muito bem em altitudes de até 1.400 m e em locais com precipitação pluviométrica anual entre 1.200 mm e 1.800 mm. 

O porte das árvores de Khaya grandifoliola é considerado médio a alto, podendo atingir 40 m de altura, sendo os fustes com tamanho máximo de 23 m. Os troncos são inclinados nas proximidades do topo e as folhas são de cor verde-oliva, com venação bem notáveis. 

Conhecida como mogno-da-folha-grande, a khaya grandifoliola possui madeira valorizada para carpintaria, marcenaria, móveis, sendo também utilizada desde para construções leves até para construções navais. É a espécie mais plantada em território brasileiro, pois se adaptou muito bem ao clima e ao solo.

Khaya ivorensis 

Uma planta que se desenvolve muito bem em regiões tropicais úmidas de baixa altitude (até 700 m) e com índice pluviométrico entre 1.600 mm e 2.500 mm. Os solos ideais para o plantio devem ser aluviais bem drenados, mas também tem bom crescimento em solos lateríticos de encostas. 

Com árvores de porte muito alto, podendo chegar até 60 m de altura, possui tronco retilíneo e, em geral, livre de ramos até 30 m. Suas folhas são bem menores se comparadas a outras espécies e pontiagudas no seu ápice. Conhecida como mogno-vermelho, sua madeira pode ser usada no segmento de movelaria até construções mais pesadas como a naval. 

Até 2019 acreditava-se ser a mais plantada no Brasil. Contudo, após um estudo e reclassificação botânica feitos pelo  especialista congolês Dr. Ulrich Gaël, constatou-se que a espécie mais plantada no Brasil era na verdade a Khaya grandifoliola, e não a ivorensis.

Khaya senegalensis 

Essa espécie tem bom crescimento em locais úmidos e ao longo de cursos de água, com facilidade para se desenvolver em solos aluviais profundos e bem drenados. Tem preferência por locais com altitude de até 1.800 m e com precipitação pluviométrica anual entre 650 mm e 1300 mm.

De porte médio, os troncos de Khaya senegalensis chegam até 35 m de altura, com formato tortuoso e ramificação baixa. Suas folhas são de um verde-oliva vivo e com nervuras amarelas.

Comumente conhecida como mogno de zonas secas, a sua madeira é utilizada para carpintaria, marcenaria e lâminas decorativas. É a segunda espécie mais plantada no Brasil, em especial nas áreas com solos arenosos e com deficiência hídrica.

Além de todos os aspectos técnicos, como solo, clima e relevo, uma boa dica para diferenciar as espécies é analisar as folhas das mudas. No vídeo abaixo, você pode ver mais detalhes de como fazer essa identificação:

https://www.youtube.com/watch?v=DgT6mZwNgtM&ab_channel=LucianaMaluf 

Por que a khaya grandifoliola é uma excelente espécie para investir?

A Khaya grandifoliola.apresentou boa adaptação ao solo e clima de grande parte do Brasil  Essa espécie que possui características bem semelhantes às do mogno-brasileiro, o que aumenta a sua relevância no mercado internacional e favorece a sua comercialização.

Por ser uma madeira de qualidade, com baixa incidência de pragas e de fácil manejo, é um investimento que traz um retorno satisfatório, podendo render até R$ 300 mil por hectare de madeira beneficiada. 

No mais, todo conhecimento técnico é válido para poder ter uma base correta de identificação das espécies a serem plantadas e também guiar as futuras tomadas de decisões com o objetivo de obter sucesso no plantio do mogno-africano no Brasil. 

Gostou de saber mais sobre as diferenças entre as espécies de mogno-africano? Então, o próximo passo é entender sobre a qualidade das mudas. Saiba qual a melhor opção começar o seu plantio: mudas seminais ou clonais?

* Todos os dados técnicos das espécies de khaya citados neste texto foram retirados do livro “Mogno-africano (khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil”, publicado em 2019 pela Embrapa.

Uma das maiores necessidades de um investidor é sentir o máximo de segurança possível na hora de fazer uma aplicação. Quando o investimento é em em madeiras nobres, a escolha da origem das mudas é um momento decisivo para quem busca obter o maior retorno financeiro possível. Afinal, é importante conhecer a procedência genética das mudas para saber se elas terão um desenvolvimento satisfatório ou não.

As mudas de mogno africano de um viveiro que investe em pesquisa têm mais chances de apresentar um bom desempenho e resultado madeireiro. Neste artigo, você vai entender o porquê. Vamos explicar como é feita a seleção de mudas aqui, no Viveiro Origem. Nossa equipe se dedica, desde 2013, a desenvolver as melhores técnicas de seleção e clonagem para produção de mudas de mogno africano.

Quais as vantagens da muda obtida por meio de pesquisas?

Os experimentos em laboratório com as mudas são uma forma de oferecer plantas com a melhor qualidade genética para os clientes. Assim, é possível produzir mudas com diversas vantagens:

  • maior resistência ao clima seco;
  • maior resistência a insetos ou pragas;
  • árvores mais retilíneas;
  • troncos com menos bifurcações;
  • maior produtividade madeireira.

O Viveiro Origem é especializado na produção de mudas do mogno africano da espécie Khaya grandifoliola, anteriormente denominada Khaya ivorensis e tem trabalhado na busca das melhores matrizes para propagação, seja por meio de seleção criteriosa das matrizes, ou por meio de pesquisas em laboratório

Evidências apuradas por meio de inventários sistemáticos e comparativos nos indicam que as mudas provenientes de um processo de clonagem têm um desempenho melhor do que as seminais, por motivos que já explicamos aqui, no nosso blog. 

Temos um laboratório de pesquisas instalado dentro do Viveiro Origem, no qual a Dra. Gracielle Costa, especialista em biotecnologia e coordenadora do Mestrado Profissional em Biotecnologia e Gestão da Inovação da UNIFEM, tem desenvolvido desde 2018 pesquisas visando a seleção das melhores matrizes para o processo de clonagem. A matriz é a planta de onde se tira o material vegetativo para produzir os clones.

Entenda como funciona a seleção de matrizes do Viveiro Origem

Nós fazemos testes de qualidade das nossas plantas para determinar quais apresentam vantagens de desenvolvimento e podem gerar mudas clonais de maior qualidade se utilizadas como matrizes.

Um exemplo de teste que fazemos é submeter plantas jovens a um estresse hídrico muito alto no primeiro ano de vida, para identificar quais são as mais resistentes a climas e solos mais secos. É assim que procuramos pelas matrizes com todas as vantagens que citamos acima para oferecer um bom resultado aos nossos clientes e parceiros.

Área de testes de mudas de Khaya grandifoliola no Viveiro Origem

Área de testes de mudas de Khaya grandifoliola no Viveiro Origem

Hoje, algumas das nossas matrizes já têm idade genética superior a 10 anos e têm demonstrado excelente desenvolvimento em campo. Estamos investindo constantemente na multiplicação das melhores plantas, por meio da renovação de nossos jardins clonais e também por meio de nosso laboratório.

Parcerias e práticas sustentáveis

O Viveiro Origem também tem parcerias com autoridades reconhecidas pelo mercado e universidades de vários estados brasileiros, visando o desenvolvimento, em conjunto, de novas técnicas para obter mudas clonais de mogno cada vez melhores.

Além disso, nosso viveiro adota práticas sustentáveis para a produção das mudas, como sistema de captação e reaproveitamento de água, por exemplo. Temos registro no Ministério da Agricultura, fazemos parte da Associação Brasileira dos Produtores de Mogno Africano (ABPMA) e contamos com profissionais especializados que estão à disposição do agricultor para ajudar a solucionar dúvidas sobre o cultivo do mogno em suas propriedades.

Um dos nossos parceiros é o engenheiro e professor Ítalo Cláudio Falesi, pesquisador da Embrapa e um dos introdutores do mogno africano no Brasil. Alguns dos mognos mais antigos do país estão na fazenda dele. Trabalhamos com essas árvores como matrizes para oferecer as suas vantagens genéticas para nossos clientes.

Professor Falesi com uma muda de mogno africano em visita ao Viveiro Origem

Professor Falesi com uma muda de mogno africano em visita ao Viveiro Origem

Saiba mais sobre a equipe do Viveiro Origem

Dra. Gracielle Teodora da Costa Pinto Coelho, mestre e doutora em agronomia e fisiologia vegetal, coordenadora do mestrado profissional em biotecnologia e gestão da inovação UNIFEM“A fazenda Origem me convidou para iniciarmos uma parceria pioneira em pesquisas biotecnológicas com mogno africano. Temos estudado o comportamento das plantas já cultivadas in loco, e também novos plantios; diferentes formas de cultivo e produção de mudas; somando a biotecnologia à fisiologia vegetal para alcançarmos melhoras produtivas e dados mais acurados sobre o cultivo do Mogno no Brasil.”

– Dra. Gracielle Teodora da Costa Pinto Coelho, mestre e doutora em agronomia e fisiologia vegetal, coordenadora do mestrado profissional em biotecnologia e gestão da inovação UNIFEM

 

 

 

João Emílio Duarte, engenheiro agrônomo e responsável técnico do Viveiro Origem“Nos últimos 12 anos, tenho acompanhado diretamente a implantação, condução, colheita e processamento de florestas de mogno africano em todo o Brasil. Desde o início dos nossos trabalhos, reconhecemos a importância de se plantar uma muda com excelência, já que é o insumo que mais interfere na produtividade do resultado final. 

Para ofertar as melhores mudas ao mercado, é necessário investimento em tecnologia, infraestrutura e pessoal qualificado. O investimento é alto, leva tempo para colher os resultados e nem todo viveiro consegue fazer. A maioria se limita a produzir mudas de semente e com baixo critério de seleção genética. Quem tem feito um trabalho sério nessa busca e com bons resultados é o Viveiro Origem. Sei disso porque acompanho, de perto, todo o investimento que já fizeram, para entregar aos seus clientes e produtores de todo o Brasil um clone de melhor produtividade, com precocidade e sem perder a qualidade da madeira.”

– João Emílio Duarte, engenheiro agrônomo e responsável técnico do Viveiro Origem

Que tal nos fazer uma visita? Estamos próximos à Felixlândia (MG). Entre em contato:

vendas@mudasorigem.com.br

(31) 99974-5511

(31) 99305-0314

A prática de integrar culturas de espécies diferentes em um mesmo terreno agrícola é chamada de plantio consorciado, ou consórcio. Uma dúvida frequente de produtores de mogno africano é sobre a possibilidade do plantio consorciado do mogno com outras culturas, como já foi muito feito em Minas Gerais, por exemplo, com o café.

Você vai entender melhor, neste artigo, quais as possíveis vantagens e desvantagens dessa forma de cultivo do mogno africano no Brasil. Vamos explicar, também, quais são os tipos de sistema de integração que podem incluir o mogno e quais as espécies mais indicadas para o consórcio.

Como saber se o consórcio compensa?

Essa prática pode ser interessante para produtores rurais que querem diversificar as fontes de renda da fazenda no médio prazo. Afinal, o corte para venda do mogno africano leva anos, enquanto o tempo de colheita de culturas consorciadas, como o milho e a mandioca, é mais rápido. A venda desses outros produtos pode, inclusive, ajudar com os custos de toda a implantação do sistema de integração na fazenda.

No entanto, a interação entre o mogno africano e outras espécies pode ter resultados positivos ou negativos para o crescimento e desenvolvimento de ambas as culturas. Esse resultado é influenciado por vários fatores, como:

  • características do solo e do clima da região, que podem provocar uma competição das espécies por nutrientes do solo ou por água;
  • presença de insetos ou pragas na região, que pode ser aumentada ou reduzida com a inserção de um determinado cultivo nativo ou exótico;
  • técnicas de irrigação, adubação ou poda, que podem ser dificultadas ou facilitadas pela presença de outra espécie no terreno.

Tudo isso pode ser refletido no seu lucro com o investimento no mogno africano. Afinal, estudos comprovam que o consórcio pode contribuir para variações na altura e na largura do tronco do mogno africano e nas propriedades da madeira.

Antes de optar por essa modalidade de cultivo, é fundamental que o produtor procure a ajuda de especialistas para fazer uma análise das condições do solo e do clima da fazenda, planejar a gestão das culturas e as técnicas de manejo a serem utilizadas. Também é essencial avaliar o mercado da cultura a ser consorciada, como preço, volume que o comprador é capaz de absorver, distância e respectivo custo do frete, etc.

É importante que esse estudo de viabilidade seja feito antes de iniciar o cultivo, para que os resultados possam nortear todas as decisões seguintes. O espaçamento adotado entre as mudas de mogno, por exemplo, precisa ser definido de acordo com as necessidades das espécies consorciadas.

>> Espaçamento necessário para plantio do mogno: Entenda mais sobre esse tema aqui!

Não costuma ser indicado o plantio consorciado do mogno com outras espécies de árvores de porte ou altura semelhante. Nesses casos, pode ocorrer competição por luz solar e nutrientes do solo e até prejuízos para a formação do sistema radicular (raízes) do mogno.

Por outro lado, é possível combinar o cultivo do mogno com componentes pecuários e agrícolas em três formatos de sistemas de integração diferentes.

Tipos de sistemas de plantio consorciado

  1. Sistema de integração pecuária-floresta (IPF): é consórcio entre a floresta de mogno e pastagem para animais, também chamado de silvipastoril. Este tipo de consórcio exige um espaçamento maior entre as árvores e também só pode ser feito com a floresta mais velha, visto que as folhas do mogno são bastante palatáveis para o gado. Existem relatos de animais que se interessaram pela casca das árvores, o que requer cuidados extras e monitoramento constante.
  2. Sistema lavoura-floresta (ILF): consórcio da floresta com cultivos agrícolas anuais ou perenes, também conhecido como silviagrícola.
  3. Sistema lavoura-pecuária-floresta (ILPF): também chamado de agrossilvipastoril, é o consórcio entre a floresta de mogno, cultivos agrícolas e componentes pecuários (animais e pastagem) no mesmo terreno.
Uma muda de mogno africano com folhas avermelhadas em meio a pés de milho, ilustrando um sistema de consórcio do mogno com o milho.

Sistema de integração lavoura-floresta com milho e mogno-africano (Fonte: REIS, C. F.; DE OLIVEIRA, Edilson Batista; SANTOS, Alisson Moura. Mogno-africano (Khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil. Embrapa Florestas-Livro científico (ALICE), 2019)

Árvores de mogno africano em volta de uma área de pasto com capim amarelado, ilustrando o consórcio do mogno com o gado e o capim para pastagem.

Consórcio pecuária-floresta entre mogno africano e capim (Fonte: REIS, C. F.; DE OLIVEIRA, Edilson Batista; SANTOS, Alisson Moura. Mogno-africano (Khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil. Embrapa Florestas-Livro científico (ALICE), 2019)

Espécies que podem ser consorciadas com mogno africano

Nos últimos anos, estudos de sistemas de integração com o mogno africano têm obtido resultados motivadores com uma série de espécies diferentes. Elencamos algumas delas aqui, mas vale lembrar que nenhum resultado pode ser encarado como uma recomendação, já que as peculiaridades de cada local interferem no estudo, e as pesquisas estão em constante evolução.

  • palmito (Euterpe sp.)
  • pupunha (Bactris gasipaes)
  • guanandi (Calophyllum brasiliense)
  • café (Coffea sp.)
  • citros como a laranja e o limão (Citrus sp.)
  • cacau (Theobroma cacao)
  • cupuaçu (Theobroma grandiflorum)
  • mandioca (Manihot esculenta)
  • banana (Musa spp.)
  • milhos brasileiros
  • capim como forro de pasto (Brachiaria brizantha, B. decumbens ou B. ruziziensis)

Se você quer aprender mais sobre técnicas de cultivo do mogno africano, acompanhe as atualizações do Blog do Mogno, do Viveiro Origem. Fazemos parte da Associação Brasileira de Produtores de Mogno Africano (ABPMA) e fornecemos mudas clonais e seminais da melhor qualidade para o seu investimento.