Posts

O mogno-africano é uma das madeiras nobres que está chamando a atenção dos produtores brasileiros. A sua versatilidade, manejo mais simples se comparado com outras culturas e perspectivas de alta rentabilidade são pontos de destaque da espécie.

Embora a silvicultura esteja crescendo no país, ainda existem dúvidas a respeito do seu cultivo. Será que vale a pena plantar mogno-africano?

Bom, nada melhor do que perguntar aos produtores que já investem em mogno para responderem a essa pergunta, não é mesmo? Por isso, conversamos com alguns dos clientes do Viveiro Origem para contar um pouco sobre como está sendo a experiência deles. Confira!

O que motiva os produtores a investir em mogno-africano?

São muitas as vantagens que levam os produtores a escolherem o mogno-africano como um investimento. Para o médico ortopedista Henrique Cembranelli, foi um conjunto de fatores que determinou o mogno como uma espécie boa para plantio em sua fazenda.

“Iniciei o plantio com meus dois irmãos, mas foi o Eduardo, meu irmão mais novo, que primeiro descobriu o mogno. Ele viu no jornal sobre a espécie e começou a fazer uma pesquisa a respeito, encontrando informações positivas sobre rentabilidade, manejo e a facilidade na plantação. Ele até fez um curso na área, mas deixamos a ideia de investir de lado por um tempo. Depois de alguns anos pesquisando, ao visitar novamente a nossa terra, resolvemos retomar a ideia de plantar mogno-africano”, conta.

mudas de mogno africano viveiro origem

Mudas de mogno-africano do Viveiro Origem

Em novembro de 2019, os irmãos fizeram o primeiro plantio de mogno-africano, na Fazenda do Céu, localizada na cidade de Caçapava, região do Vale da Paraíba, em São Paulo. 

“A escolha pelo mogno foi de encontro com nossos objetivos: queremos valorizar nossas terras e fazer um investimento com um prazo maior (entre 18 a 20 anos), então, o que inicialmente parece uma desvantagem, na verdade é uma vantagem para nós”, afirma Henrique.

Outro produtor que apostou as suas fichas no mogno-africano foi Ricardo Rogano, proprietário da fazenda Santíssima Trindade. Ele explica que a ideia de investir na espécie surgiu de maneira inusitada, em uma viagem com amigos a Campos de Jordão, em 2016.

“Na época o dólar estava baixo e os juros também, então, as aplicações financeiras estavam dando pouco retorno. Foi quando no meio da conversa surgiu o assunto de pessoas que compraram terras para plantar Eucalipto e vender para indústria de celulose”.

Sim, Ricardo a princípio pensou em plantar Eucalipto. O que fez ele mudar de ideia? O baixo retorno financeiro dessa cultura. 

“Ainda estava no início da discussão de plantios de madeiras nobres, mas vi que elas podiam ter um retorno mais interessante. Então, eu comecei a pesquisar com minha esposa sobre o assunto e vimos que havia uma demanda grande por mogno no mercado internacional”, recorda.

Após muita pesquisa, Ricardo decidiu comprar uma fazenda na cidade de Lorena, também na região do Vale do Paraíba.

A escolha pelo local foi planejada. Ricardo considerou a fertilidade da terra, o índice pluviométrico e a logística para fazer escoamento de madeira no futuro. Todos esses fatores contribuem para que o plantio do mogno obtenha sucesso no futuro.

Todos os clientes contaram com o apoio da equipe do Viveiro Origem

Embora o plantio tenha começado tímido, Ricardo já está há 5 anos investindo em mogno-africano e sua floresta tem plantios de 6 meses a 5 anos. “Eu planto todo ano para ter talhões com idades diferentes para efeito de manejo, pois isso permite ter uma rotação natural das árvores”, explica.

Na Santíssima Trindade, fazenda que recebe esse nome em homenagem aos seus trigêmeos e também a sua religião, podemos encontrar espécies diferentes de mogno: uma pequena parte de khaya senegalensis e 95% de khaya grandifoliola.

“São 80 hectares de fazenda, sendo 60 deles com plantação de mogno-africano, 10 hectares de mata nativa e 10 de hectares de reserva ambiental”, revela Ricardo.

Já para Daniel César Alvarenga, a vontade de plantar mogno veio do rendimento agregado que esse cultivo oferece. “Eu pensei o que poderia plantar na minha fazenda para ter o máximo de aproveitamento. Pesquisei muito e quando li a matéria sobre o Augusto Cury a respeito do mogno, tomei a minha decisão”, afirma. 

Daniel dedicou toda a área da sua fazenda (chamada Santa Marta e localizada em Vargem Bonita, Minas Gerais) para o plantio de mogno-africano. São 60 hectares plantados há dois anos e meio. 

Vale a pena ter uma floresta de mogno-africano?

Com toda certeza! Henrique Cembranelli afirma que o mogno é uma forma de diversificar suas aplicações com um grau de segurança e previsibilidade maior. “O mercado é menos volátil se compararmos com outros segmentos do mercado financeiro”, diz.

Daniel César Alvarenga também indicaria o investimento em mogno. “É seguro, você pode aproveitar uma área improdutiva da sua fazenda e, no longo prazo, é melhor que muitos outros investimentos”, reforça. 

Contudo, vale lembrar que os produtores são dedicados a esse cultivo. Uma floresta de mogno-africano exige cuidados contínuos e é importante ter isso em mente antes de iniciar o negócio. 

Floresta de mogno-africano no Brasil

É um investimento de muito trabalho e a longo prazo. É bom ter sempre em mente que é uma cultura que exige dedicação na sua manutenção, não pode apenas plantar e esquecer do plantio. É preciso combater a mato-competição e a concorrência de outros elementos naturais, como formigas, principalmente nas mudas mais jovens”, reforça o produtor Ricardo Rogano. 

O produtor também recomenda o plantio do mogno, fazendo uma analogia interessante: “Investir em Eucalipto é como investir em poupança. Já investir em mogno é como investir em uma ação de uma startup. Então, se você tem apetite de risco, fazendo o cálculo financeiro e sendo dedicado ao trabalho que esse plantio exige, é um investimento feito para você, pois é um mercado muito promissor”. 

Outro fator que o produtor ressalta é a parte intangível desse tipo de cultivo, que, segundo ele, só ficou mais claro depois que começou a se conectar mais com a sua floresta. “O ato de cuidar das mudas, de ver as árvores se desenvolverem — eu até dou nome para algumas das minhas árvores — de devolver uma parcela para a natureza de tudo aquilo que ela nos fornece, esse sentimento não tem dinheiro que pague”, diz.

Mudas de mogno-africano na estufa

Vale lembrar que o plantio de mogno-africano é uma alternativa para o reflorestamento, justamente por ter um crescimento relativamente rápido da árvore e que possibilita a recuperação de áreas degradadas em menor tempo. Fato comprovado por pesquisa da Embrapa e também pela experiência do Ricardo.

“Plantar a minha floresta foi também uma forma de ver como a natureza tem a possibilidade de se regenerar e reerguer, pois a floresta de mogno se uniu com a Mata Atlântica que tinha próxima da região”, conta o produtor Ricardo Rogano.

Como começar o seu plantio com o Viveiro Origem?

Nosso viveiro investe muito em pesquisa científica para obter as melhores mudas para os nossos clientes. São anos de estudos e dedicação ao mercado de mogno-africano.

“O Viveiro Origem nos deu toda a assessoria possível quando compramos as mudas. Além disso, as mudas são de alta qualidade e chegaram saudáveis na nossa fazenda. Nossas mudas estão crescendo bem e a assistência pós-venda também tem nos ajudado bastante”, afirma Henrique Cembranelli.

Além disso, trabalhamos em conjunto com nossos clientes, dando toda a assessoria necessária para ele alcançar um plantio de sucesso. “Pude fazer uma visita no viveiro com o agrônomo da minha fazenda e, com isso, vi as mudas de perto. Viramos clientes de carteirinha, pois o suporte foi maravilhoso. O Carlos e a Luciana são pessoas muito flexíveis, que oferecem mudas de qualidade, boa condição comercial e de entrega do produto”, reforça Ricardo Rogano.

Outro cliente que investe em mogno-africano é o Mauro Salles. Ele ressalta que comprou mudas de diversos viveiros, mas o que fez o Viveiro Origem se destacar entre os outros foi a entrega da documentação, cumprir o prazo de entrega e, principalmente, a qualidade. Veja abaixo o vídeo com o depoimento completo:

Como gostamos de frisar com nossos clientes, quando se trata do cultivo de mogno-africano, para ir longe é preciso caminhar em grupo.

O mogno-africano é a madeira do futuro e uma silvicultura muito promissora. Que tal começar hoje mesmo a fazer o seu investimento? Solicite o seu orçamento!

Por ser um investimento com potencial de alto rendimento e uma espécie de fácil adaptação em grande parte do solo nacional, o interesse em plantar mogno-africano tem crescido no mercado brasileiro. No entanto, para ter rentabilidade, é preciso planejar o plantio e entender detalhadamente os passos necessários para iniciar o negócio. 

Se você tem interesse em investir em mogno-africano, este post trará o passo a passo para você iniciar esse projeto. Confira!

Como iniciar o planejamento para investir em uma floresta de mogno-africano?

Antes de investir no plantio de madeiras para fins comerciais, é importante estudar os objetivos e etapas necessárias para a implantação da floresta, para que seu plantio, seja ele grande ou pequeno, atinja seus objetivos. Os principais aspectos a serem incluídos no projeto são:

1. Efetuar uma análise de solo 

A análise do solo é essencial para conhecer as características e necessidades de eventuais ajustes na área de plantio, propiciando um melhor estabelecimento da floresta. Então, coletar amostra do solo e enviar para um laboratório fazer a análise é o primeiro passo no planejamento do plantio.

Com o resultado da análise em mãos, é possível direcionar as melhores práticas de preparo do solo e verificar quais tipos de correção são necessárias para aumentar a produtividade do plantio. 

A correção do solo pode ser feita com a aplicação de macro e micronutrientes que ajudarão, posteriormente, na etapa de nutrição da planta. Por exemplo, se a análise identificar que o solo é muito ácido, correções prévias deverão ser efetuadas para que o solo esteja preparado para receber o plantio.

É importante ressaltar que existem vários métodos de correção para melhorar a qualidade do solo e, assim, garantir a nutrição adequada da planta. O que pode ser bom para sua floresta, não necessariamente será bom para outro silvicultor. Portanto, a sua escolha de correção e, consequentemente, adubação, dependerá única e exclusivamente do relatório de análise de solo da sua área de plantio.

Ainda vale lembrar que, mesmo com a possibilidade de correções, existem solos que não são adequados para o plantio de mogno. Por exemplo, devem ser evitados solos com aflorações rochosas ou impedimentos físicos (lajes ou “toás”) e também áreas que sofram alagamentos com frequência. 

Então, fique atento a esses detalhes antes de iniciar o plantio. O Viveiro Origem, por exemplo, a partir da compra de 1000 mudas, faz a recomendação da correção do solo se o cliente apresentar a análise realizada. Essa assessoria ajuda muito para fazer um plantio mais produtivo.

2. Avaliar a topografia do terreno

Saber a topografia da área de plantio é fundamento para analisar como será feita a drenagem do solo e também os custos de implantação do projeto. Em áreas de topografia muito acidentada*, por exemplo, devem ser considerados parâmetros necessários para o uso de práticas conservacionistas dos solos.

É a partir dessa avaliação da topografia que também pode ser identificada uma necessidade de sondagem da área para se conhecer tanto o perfil do solo, quanto para se obter informações das condições de compactação, profundidade e drenagem do solo.

3. Verificar o índice pluviométrico histórico da região 

Saber a quantidade de chuva média e histórica da região é importante para avaliar a necessidade e a melhor forma de irrigação das mudas após o plantio. O índice pluviométrico ideal para bom desenvolvimento do mogno-africano da espécie Khaya grandifoliola é acima de 1200 mm por ano de forma bem distribuída durante os meses do ano. Abaixo deste parâmetro, é recomendável investir em uma forma de irrigação complementar. 

É indicado plantar a muda de mogno sempre nos períodos chuvosos do ano. Por isso, comece o planejamento antes desse período! Além disso, mesmo que a região mostre bons índices pluviométricos, deverá ser dedicado um cuidado especial às mudas nos primeiros anos de vida. Por isso, é recomendado, até o estabelecimento das mudas no campo (mínimo até os dois primeiros anos de plantio), a irrigação mecânica ou manual das mudas para garantir a complementação das chuvas, já que a falta de água neste período sensível da muda pode comprometer todo o investimento. 

No vídeo abaixo, o engenheiro agrônomo, João Emílio Duarte Matias, explica com mais detalhes a importância desse fator para o plantio do mogno:

4. Determinar o espaçamento a ser adotado 

Outro passo necessário antes de realizar o plantio do mogno é estabelecer o espaçamento entre as mudas. Só assim, será possível definir a quantidade de mudas e as necessidades de desbastes da floresta.

O espaçamento recomendado depende do local escolhido para o plantio (área plana ou em morros) e da existência de atividades consorciadas com o mogno (exemplos: café, melancia, pimenta, etc). Caso não seja feito consórcio com outras culturas, recomendamos o plantio de 400 a 550 mudas por hectare, ou seja, plantios menos adensados para se obter madeira de qualidade com o menor custo-benefício disponível no ciclo total da floresta. 

Com esta quantidade implantada por hectare, as mudas poderão se desenvolver com menos competição, com mais acesso à nutrientes, água e iluminação, além da menor necessidade de desbastes (que geram elevados custos e normalmente possuem pouco valor comercial). Você pode saber mais sobre o espaçamento ideal para o plantio de mogno neste vídeo!

5. Escolher o tipo de muda que será plantada

As mudas de mogno-africano podem ser clonais ou seminais, ou seja, elas podem ser produzidas de formas distintas. As mudas clonais são cópias idênticas da planta de onde se retirou o material vegetativo para sua produção, enquanto as mudas seminais são provenientes das sementes coletadas.

Independentemente do tipo de muda selecionada, o produtor deve sempre prezar pela compra em um viveiro que invista em pesquisa e possua todos os registros perante o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento — MAPA. Isso garante não só a qualidade das mudas, mas também é parte importante para o sucesso do seu plantio.

6. Avaliar o manejo 

Por fim, mas não menos importante, é necessário planejar e avaliar como será feito o manejo da sua floresta de mogno. Essa etapa inclui:

  • Determinar ações de combate contínuo às pragas;
  • Estabelecer o momento de desbaste;
  • Fazer novas adubações.

Esses são todos os passos necessários para se planejar e começar o plantio de mogno-africano. Como em qualquer investimento, não existe uma fórmula mágica para o sucesso, mas sim caminhos mais eficientes para garantir um bom resultado.

Gostou das dicas mas ainda não sabe se vale a pena investir em mogno-africano? Então, confira o post sobre rentabilidade do mogno-africano comparado às outras espécies antes de tomar a sua decisão! 

 

O mogno-africano tem se destacado como uma espécie com alto rendimento quando o assunto é investir em silvicultura. A madeira proveniente dessa espécie, em especial da Khaya grandifoliola, possui elevado valor comercial além de ter crescimento de médio prazo, possibilitando a recuperação de áreas degradadas.

Estudos realizados pela Embrapa*, comprovam que o mogno-africano se adaptou muito bem ao Brasil, o que torna o plantio das mudas dessa espécie mais simples se comparado com outros cultivos de outras árvores para produção de madeira nobre. O resultado positivo desse investimento será resultado de um planejamento bem realizado e também de um plantio bem feito

Qual a importância de planejar o plantio do mogno?

Antes de aprofundar mais sobre os aspectos básicos para iniciar a plantação de mogno-africano, é importante ressaltar que o planejamento é uma etapa imprescindível para otimizar o processo de implantação e também para obter lucratividade.

Dentro dessa etapa, é necessário verificar a área disponível para o plantio, qual o melhor método para o plantio (mecanizado ou manual), disponibilidade hídrica da região para definir necessidade ou não de irrigação, análise de solo para planejar adubações, etc. 

São esses detalhes iniciais aliados a um planejamento técnico e profissional que fazem a diferença para ter um negócio mais rentável no futuro.

O que é preciso saber para plantar mogno-africano no Brasil?

Sabendo-se que o mogno-africano é uma espécie exótica (não nativa do Brasil), é necessário um estudo para saber se a árvore terá aceitação no novo ambiente. No livro publicado pela Embrapa, que detalha os aspectos da silvicultura do mogno-africano, há uma pesquisa que revela os critérios de exigências da planta.

O plantio do mogno-africano inclui cinco aspectos principais a serem verificados: clima, índice pluviométrico, relevo, solo e espaçamento. Detalharemos todos a seguir:

Clima

De acordo com a pesquisa publicada pela Embrapa, no que se refere ao clima para o plantio e cultivo do mogno-africano, a espécie se desenvolve bem em zonas mais subtropicais e em florestas úmidas. Contudo, o clima ideal para o seu crescimento é em climas tropicais úmidos e quentes.

Além da característica climática, é necessário acompanhar a temperatura. De acordo com pesquisas divulgadas pela Embrapa, o mogno-africano possui crescimento adequado entre 18 °C e 43 °C. No entanto, a faixa ótima de temperatura, ou seja, a ideal para a área de plantio, é a média de 27,5 °C.

Com base nessas informações, os estudos da Embrapa comprovam que a espécie possui boa adaptação ao território brasileiro devido à sua tolerância a grandes variações climáticas, exceto na região sul. A restrição neste local acontece devido à predisposição de geadas, que podem causar danos na fase inicial da cultura de mogno.

Índice pluviométrico

A quantidade de chuva que a região recebe anualmente também interfere no estabelecimento das mudas no solo e crescimento do mogno-africano, sendo o índice pluviométrico ideal para bom desenvolvimento do mogno acima de 1200 mm por ano. Abaixo desta marca é recomendável investir em uma forma de irrigação complementar (sistema de irrigação ou irrigação de salvamento com pipa). 

Além de ajudar no desenvolvimento do mogno, o índice pluviométrico é essencial para determinar o início do plantio, que deve ser realizado no começo do período chuvoso. Como o regime de chuvas costuma ser diferente entre as regiões no Brasil, os meses para implementar essa cultura varia em cada local. Caso a sua escolha seja por uma plantação irrigada, pode-se iniciar o plantio em qualquer fase do ano.

Relevo

O relevo do solo é outro aspecto importante a ser considerado na hora do plantio, pois ele direciona quais técnicas serão utilizadas para a implantação, manutenção, manejo e colheita do mogno.

Caso o local seja mais plano, o plantio e o manejo serão mais fáceis, pois permitirá o uso de maquinários, sendo necessário investir menos nessa etapa do projeto. Já relevos mais inclinados não inviabilizam o cultivo, mas tornam o manejo mais difícil e encarecem o custo de produção, pois não permitem, em geral, a mecanização.

Solo

Após a identificação do relevo, é preciso fazer uma análise do solo. Quando se trata do cultivo de espécies importadas de outras partes do mundo, como o mogno-africano, o ideal é realizar o plantio em um solo com as mesmas características da sua região de origem para facilitar a adaptação da espécie e seu desenvolvimento.

O solo é um dos principais motivos que fazem o cultivo de mogno-africano no Brasil com grande potencial de sucesso. Como divulgado pela pesquisa da Embrapa em várias regiões brasileiras, podemos encontrar os tipos de solo Argissolo, Latossolo e Neossolos, que são comuns na costa ocidental da África, onde o mogno se desenvolve.

Mesmo com as variações desses tipos de solo, pode-se considerar para o cultivo de mogno-africano, solos bem drenados, sem camadas compactadas ou adensadas e de maior fertilidade natural.

Além disso, vale lembrar que para garantir um melhor desenvolvimento do sistema radicular e também do estabelecimento da floresta, é necessário fazer um bom preparo do solo e adubações e/ou correções. A partir dos resultados da análise de solo, o produtor, com a ajuda de um profissional, será capaz de determinar a quantidade de adubo e os tipos de minerais que devem ser incorporados na área de plantio.

Espaçamento

Quando se fala em espaçamento, estamos nos referindo a distância entre as árvores no momento do plantio. Esse aspecto é importante, pois influencia a produtividade e a qualidade da madeira, pontos relevantes para a comercialização do mogno. 

Para definir a distância entre as mudas é necessário analisar o sistema radicular, a parte aérea durante o desenvolvimento das árvores e o tamanho da área de plantio. Muitos testes estão sendo realizados pelos produtores para identificar o espaçamento ideal para o plantio do mogno.

Espaçamentos mais adensados requerem muitos desbastes e a madeira retirada nos primeiros cortes têm, de forma geral, pouco apelo comercial. Espaçamentos que comportem entre 400 e 550 mudas por hectare têm sido os mais promissores quando se trata da busca pelo melhor equação que atenda, por hectare, o maior volume e a melhor qualidade da madeira. 

Considerando esses cinco aspectos citados no texto, você já tem um bom guia para iniciar o plantio bem feito do mogno. Entretanto, temos uma dica bônus para você se destacar nessa etapa inicial: pesquise sobre o tipo de muda de mogno. Esse é um fator-chave que te ajuda a antecipar o tipo de produto que você terá no futuro e, consequentemente, gerar resultados positivos para seu investimento.

Quer saber mais sobre as mudas de mogno e suas características? Confira o nosso post sobre mudas clonais e seminais! 

* Todos os dados da Embrapa citados neste texto foram retirados do livro “Mogno-africano (khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil”, publicado em 2019.

O cultivo de mogno-africano no Brasil, em especial do gênero khaya, tem crescido de forma significativa nos últimos anos. De acordo com dados da Embrapa*, já foram plantados mais de 37 mil hectares de mogno-africano. 

O interesse é motivado pela qualidade das madeiras provenientes do gênero khaya e, consequentemente, do destaque que elas possuem no mercado internacional de madeiras nobres. 

No entanto, o sucesso do plantio do mogno-africano no território brasileiro está diretamente relacionado à espécie escolhida pelo produtor. Nesse sentido, entender as diferenças entre cada uma delas é essencial para fazer a escolha certa e começar o seu investimento. 

Quais as espécies de mogno-africano no Brasil?

De acordo com os estudos técnicos da Embrapa, as quatro espécies de khaya que são mais interessantes para o plantio comercial e obtenção de madeira nobre no Brasil são: Khaya anthotheca, Khaya grandifoliola, Khaya ivorensis e Khaya senegalensis.

A Khaya senegalensis e a Khaya grandifoliola são as espécies com maior área de plantio no Brasil, devido à melhor adaptação ao clima e solo, sendo, portanto, mais promissoras em termos de rentabilidade para os produtores.

Ainda assim, é relevante entender as diferenças entre cada uma das espécies para facilitar, não só o processo de compra das mudas, mas também o plantio e manejo da floresta.

Quais as diferenças entre principais espécies de mogno-africano?

Saber os aspectos técnicos como crescimento dos troncos, formato das folhas,  entre outras características de cada espécie, serve para guiar a escolha do produtor e suas futuras ações na silvicultura de mogno-africano. Abaixo, veja os detalhes de cada uma das espécies encontradas no Brasil:

Khaya anthotheca 

A espécie Khaya anthotheca se adequa mais em solos aluviais férteis profundos, como os de margens de rios e de encostas. Seu desenvolvimento ocorre melhor em altitudes que variam entre baixa e média, indo até 1.500 m e com índices pluviométricos de média anual entre 1.200 mm a 1.800 mm. Suas folhas têm textura bem lisa e com as nervuras secundárias e terciárias pouco aparentes.

A altura das árvores de Khaya anthotheca podem atingir de 40 m a 65 m, com o fuste (parte comercial do tronco) podendo atingir 30 m. Conhecida como mogno-branco, a madeira dessa espécie pode ser usada para fabricação de móveis, pisos, painéis, barcos e canoas, se destacando para o uso em qualquer aplicação que exige madeira de boa qualidade e médio peso.

Apesar de ser uma madeira muito reconhecida no mercado internacional, seu cultivo no Brasil ainda é em pequena escala.

Khaya grandifoliola 

É uma espécie de fácil adaptação aos solos aluviais de vales, úmidos e bem drenados. É uma árvore que se beneficia de luz quando já está bem estabelecida, mas também se mostra tolerante à sombra. Se desenvolve muito bem em altitudes de até 1.400 m e em locais com precipitação pluviométrica anual entre 1.200 mm e 1.800 mm. 

O porte das árvores de Khaya grandifoliola é considerado médio a alto, podendo atingir 40 m de altura, sendo os fustes com tamanho máximo de 23 m. Os troncos são inclinados nas proximidades do topo e as folhas são de cor verde-oliva, com venação bem notáveis. 

Conhecida como mogno-da-folha-grande, a khaya grandifoliola possui madeira valorizada para carpintaria, marcenaria, móveis, sendo também utilizada desde para construções leves até para construções navais. É a espécie mais plantada em território brasileiro, pois se adaptou muito bem ao clima e ao solo.

Khaya ivorensis 

Uma planta que se desenvolve muito bem em regiões tropicais úmidas de baixa altitude (até 700 m) e com índice pluviométrico entre 1.600 mm e 2.500 mm. Os solos ideais para o plantio devem ser aluviais bem drenados, mas também tem bom crescimento em solos lateríticos de encostas. 

Com árvores de porte muito alto, podendo chegar até 60 m de altura, possui tronco retilíneo e, em geral, livre de ramos até 30 m. Suas folhas são bem menores se comparadas a outras espécies e pontiagudas no seu ápice. Conhecida como mogno-vermelho, sua madeira pode ser usada no segmento de movelaria até construções mais pesadas como a naval. 

Até 2019 acreditava-se ser a mais plantada no Brasil. Contudo, após um estudo e reclassificação botânica feitos pelo  especialista congolês Dr. Ulrich Gaël, constatou-se que a espécie mais plantada no Brasil era na verdade a Khaya grandifoliola, e não a ivorensis.

Khaya senegalensis 

Essa espécie tem bom crescimento em locais úmidos e ao longo de cursos de água, com facilidade para se desenvolver em solos aluviais profundos e bem drenados. Tem preferência por locais com altitude de até 1.800 m e com precipitação pluviométrica anual entre 650 mm e 1300 mm.

De porte médio, os troncos de Khaya senegalensis chegam até 35 m de altura, com formato tortuoso e ramificação baixa. Suas folhas são de um verde-oliva vivo e com nervuras amarelas.

Comumente conhecida como mogno de zonas secas, a sua madeira é utilizada para carpintaria, marcenaria e lâminas decorativas. É a segunda espécie mais plantada no Brasil, em especial nas áreas com solos arenosos e com deficiência hídrica.

Além de todos os aspectos técnicos, como solo, clima e relevo, uma boa dica para diferenciar as espécies é analisar as folhas das mudas. No vídeo abaixo, você pode ver mais detalhes de como fazer essa identificação:

https://www.youtube.com/watch?v=DgT6mZwNgtM&ab_channel=LucianaMaluf 

Por que a khaya grandifoliola é uma excelente espécie para investir?

A Khaya grandifoliola.apresentou boa adaptação ao solo e clima de grande parte do Brasil  Essa espécie que possui características bem semelhantes às do mogno-brasileiro, o que aumenta a sua relevância no mercado internacional e favorece a sua comercialização.

Por ser uma madeira de qualidade, com baixa incidência de pragas e de fácil manejo, é um investimento que traz um retorno satisfatório, podendo render até R$ 300 mil por hectare de madeira beneficiada. 

No mais, todo conhecimento técnico é válido para poder ter uma base correta de identificação das espécies a serem plantadas e também guiar as futuras tomadas de decisões com o objetivo de obter sucesso no plantio do mogno-africano no Brasil. 

Gostou de saber mais sobre as diferenças entre as espécies de mogno-africano? Então, o próximo passo é entender sobre a qualidade das mudas. Saiba qual a melhor opção começar o seu plantio: mudas seminais ou clonais?

* Todos os dados técnicos das espécies de khaya citados neste texto foram retirados do livro “Mogno-africano (khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil”, publicado em 2019 pela Embrapa.

Uma das maiores necessidades de um investidor é sentir o máximo de segurança possível na hora de fazer uma aplicação. Quando o investimento é em em madeiras nobres, a escolha da origem das mudas é um momento decisivo para quem busca obter o maior retorno financeiro possível. Afinal, é importante conhecer a procedência genética das mudas para saber se elas terão um desenvolvimento satisfatório ou não.

As mudas de mogno africano de um viveiro que investe em pesquisa têm mais chances de apresentar um bom desempenho e resultado madeireiro. Neste artigo, você vai entender o porquê. Vamos explicar como é feita a seleção de mudas aqui, no Viveiro Origem. Nossa equipe se dedica, desde 2013, a desenvolver as melhores técnicas de seleção e clonagem para produção de mudas de mogno africano.

Quais as vantagens da muda obtida por meio de pesquisas?

Os experimentos em laboratório com as mudas são uma forma de oferecer plantas com a melhor qualidade genética para os clientes. Assim, é possível produzir mudas com diversas vantagens:

  • maior resistência ao clima seco;
  • maior resistência a insetos ou pragas;
  • árvores mais retilíneas;
  • troncos com menos bifurcações;
  • maior produtividade madeireira.

O Viveiro Origem é especializado na produção de mudas do mogno africano da espécie Khaya grandifoliola, anteriormente denominada Khaya ivorensis e tem trabalhado na busca das melhores matrizes para propagação, seja por meio de seleção criteriosa das matrizes, ou por meio de pesquisas em laboratório

Evidências apuradas por meio de inventários sistemáticos e comparativos nos indicam que as mudas provenientes de um processo de clonagem têm um desempenho melhor do que as seminais, por motivos que já explicamos aqui, no nosso blog. 

Temos um laboratório de pesquisas instalado dentro do Viveiro Origem, no qual a Dra. Gracielle Costa, especialista em biotecnologia e coordenadora do Mestrado Profissional em Biotecnologia e Gestão da Inovação da UNIFEM, tem desenvolvido desde 2018 pesquisas visando a seleção das melhores matrizes para o processo de clonagem. A matriz é a planta de onde se tira o material vegetativo para produzir os clones.

Entenda como funciona a seleção de matrizes do Viveiro Origem

Nós fazemos testes de qualidade das nossas plantas para determinar quais apresentam vantagens de desenvolvimento e podem gerar mudas clonais de maior qualidade se utilizadas como matrizes.

Um exemplo de teste que fazemos é submeter plantas jovens a um estresse hídrico muito alto no primeiro ano de vida, para identificar quais são as mais resistentes a climas e solos mais secos. É assim que procuramos pelas matrizes com todas as vantagens que citamos acima para oferecer um bom resultado aos nossos clientes e parceiros.

Área de testes de mudas de Khaya grandifoliola no Viveiro Origem

Área de testes de mudas de Khaya grandifoliola no Viveiro Origem

Hoje, algumas das nossas matrizes já têm idade genética superior a 10 anos e têm demonstrado excelente desenvolvimento em campo. Estamos investindo constantemente na multiplicação das melhores plantas, por meio da renovação de nossos jardins clonais e também por meio de nosso laboratório.

Parcerias e práticas sustentáveis

O Viveiro Origem também tem parcerias com autoridades reconhecidas pelo mercado e universidades de vários estados brasileiros, visando o desenvolvimento, em conjunto, de novas técnicas para obter mudas clonais de mogno cada vez melhores.

Além disso, nosso viveiro adota práticas sustentáveis para a produção das mudas, como sistema de captação e reaproveitamento de água, por exemplo. Temos registro no Ministério da Agricultura, fazemos parte da Associação Brasileira dos Produtores de Mogno Africano (ABPMA) e contamos com profissionais especializados que estão à disposição do agricultor para ajudar a solucionar dúvidas sobre o cultivo do mogno em suas propriedades.

Um dos nossos parceiros é o engenheiro e professor Ítalo Cláudio Falesi, pesquisador da Embrapa e um dos introdutores do mogno africano no Brasil. Alguns dos mognos mais antigos do país estão na fazenda dele. Trabalhamos com essas árvores como matrizes para oferecer as suas vantagens genéticas para nossos clientes.

Professor Falesi com uma muda de mogno africano em visita ao Viveiro Origem

Professor Falesi com uma muda de mogno africano em visita ao Viveiro Origem

Saiba mais sobre a equipe do Viveiro Origem

Dra. Gracielle Teodora da Costa Pinto Coelho, mestre e doutora em agronomia e fisiologia vegetal, coordenadora do mestrado profissional em biotecnologia e gestão da inovação UNIFEM“A fazenda Origem me convidou para iniciarmos uma parceria pioneira em pesquisas biotecnológicas com mogno africano. Temos estudado o comportamento das plantas já cultivadas in loco, e também novos plantios; diferentes formas de cultivo e produção de mudas; somando a biotecnologia à fisiologia vegetal para alcançarmos melhoras produtivas e dados mais acurados sobre o cultivo do Mogno no Brasil.”

– Dra. Gracielle Teodora da Costa Pinto Coelho, mestre e doutora em agronomia e fisiologia vegetal, coordenadora do mestrado profissional em biotecnologia e gestão da inovação UNIFEM

 

 

 

João Emílio Duarte, engenheiro agrônomo e responsável técnico do Viveiro Origem“Nos últimos 12 anos, tenho acompanhado diretamente a implantação, condução, colheita e processamento de florestas de mogno africano em todo o Brasil. Desde o início dos nossos trabalhos, reconhecemos a importância de se plantar uma muda com excelência, já que é o insumo que mais interfere na produtividade do resultado final. 

Para ofertar as melhores mudas ao mercado, é necessário investimento em tecnologia, infraestrutura e pessoal qualificado. O investimento é alto, leva tempo para colher os resultados e nem todo viveiro consegue fazer. A maioria se limita a produzir mudas de semente e com baixo critério de seleção genética. Quem tem feito um trabalho sério nessa busca e com bons resultados é o Viveiro Origem. Sei disso porque acompanho, de perto, todo o investimento que já fizeram, para entregar aos seus clientes e produtores de todo o Brasil um clone de melhor produtividade, com precocidade e sem perder a qualidade da madeira.”

– João Emílio Duarte, engenheiro agrônomo e responsável técnico do Viveiro Origem

Que tal nos fazer uma visita? Estamos próximos à Felixlândia (MG). Entre em contato:

vendas@mudasorigem.com.br

(31) 99974-5511

(31) 99305-0314

A prática de integrar culturas de espécies diferentes em um mesmo terreno agrícola é chamada de plantio consorciado, ou consórcio. Uma dúvida frequente de produtores de mogno africano é sobre a possibilidade do plantio consorciado do mogno com outras culturas, como já foi muito feito em Minas Gerais, por exemplo, com o café.

Você vai entender melhor, neste artigo, quais as possíveis vantagens e desvantagens dessa forma de cultivo do mogno africano no Brasil. Vamos explicar, também, quais são os tipos de sistema de integração que podem incluir o mogno e quais as espécies mais indicadas para o consórcio.

Como saber se o consórcio compensa?

Essa prática pode ser interessante para produtores rurais que querem diversificar as fontes de renda da fazenda no médio prazo. Afinal, o corte para venda do mogno africano leva anos, enquanto o tempo de colheita de culturas consorciadas, como o milho e a mandioca, é mais rápido. A venda desses outros produtos pode, inclusive, ajudar com os custos de toda a implantação do sistema de integração na fazenda.

No entanto, a interação entre o mogno africano e outras espécies pode ter resultados positivos ou negativos para o crescimento e desenvolvimento de ambas as culturas. Esse resultado é influenciado por vários fatores, como:

  • características do solo e do clima da região, que podem provocar uma competição das espécies por nutrientes do solo ou por água;
  • presença de insetos ou pragas na região, que pode ser aumentada ou reduzida com a inserção de um determinado cultivo nativo ou exótico;
  • técnicas de irrigação, adubação ou poda, que podem ser dificultadas ou facilitadas pela presença de outra espécie no terreno.

Tudo isso pode ser refletido no seu lucro com o investimento no mogno africano. Afinal, estudos comprovam que o consórcio pode contribuir para variações na altura e na largura do tronco do mogno africano e nas propriedades da madeira.

Antes de optar por essa modalidade de cultivo, é fundamental que o produtor procure a ajuda de especialistas para fazer uma análise das condições do solo e do clima da fazenda, planejar a gestão das culturas e as técnicas de manejo a serem utilizadas. Também é essencial avaliar o mercado da cultura a ser consorciada, como preço, volume que o comprador é capaz de absorver, distância e respectivo custo do frete, etc.

É importante que esse estudo de viabilidade seja feito antes de iniciar o cultivo, para que os resultados possam nortear todas as decisões seguintes. O espaçamento adotado entre as mudas de mogno, por exemplo, precisa ser definido de acordo com as necessidades das espécies consorciadas.

>> Espaçamento necessário para plantio do mogno: Entenda mais sobre esse tema aqui!

Não costuma ser indicado o plantio consorciado do mogno com outras espécies de árvores de porte ou altura semelhante. Nesses casos, pode ocorrer competição por luz solar e nutrientes do solo e até prejuízos para a formação do sistema radicular (raízes) do mogno.

Por outro lado, é possível combinar o cultivo do mogno com componentes pecuários e agrícolas em três formatos de sistemas de integração diferentes.

Tipos de sistemas de plantio consorciado

  1. Sistema de integração pecuária-floresta (IPF): é consórcio entre a floresta de mogno e pastagem para animais, também chamado de silvipastoril. Este tipo de consórcio exige um espaçamento maior entre as árvores e também só pode ser feito com a floresta mais velha, visto que as folhas do mogno são bastante palatáveis para o gado. Existem relatos de animais que se interessaram pela casca das árvores, o que requer cuidados extras e monitoramento constante.
  2. Sistema lavoura-floresta (ILF): consórcio da floresta com cultivos agrícolas anuais ou perenes, também conhecido como silviagrícola.
  3. Sistema lavoura-pecuária-floresta (ILPF): também chamado de agrossilvipastoril, é o consórcio entre a floresta de mogno, cultivos agrícolas e componentes pecuários (animais e pastagem) no mesmo terreno.
Uma muda de mogno africano com folhas avermelhadas em meio a pés de milho, ilustrando um sistema de consórcio do mogno com o milho.

Sistema de integração lavoura-floresta com milho e mogno-africano (Fonte: REIS, C. F.; DE OLIVEIRA, Edilson Batista; SANTOS, Alisson Moura. Mogno-africano (Khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil. Embrapa Florestas-Livro científico (ALICE), 2019)

Árvores de mogno africano em volta de uma área de pasto com capim amarelado, ilustrando o consórcio do mogno com o gado e o capim para pastagem.

Consórcio pecuária-floresta entre mogno africano e capim (Fonte: REIS, C. F.; DE OLIVEIRA, Edilson Batista; SANTOS, Alisson Moura. Mogno-africano (Khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil. Embrapa Florestas-Livro científico (ALICE), 2019)

Espécies que podem ser consorciadas com mogno africano

Nos últimos anos, estudos de sistemas de integração com o mogno africano têm obtido resultados motivadores com uma série de espécies diferentes. Elencamos algumas delas aqui, mas vale lembrar que nenhum resultado pode ser encarado como uma recomendação, já que as peculiaridades de cada local interferem no estudo, e as pesquisas estão em constante evolução.

  • palmito (Euterpe sp.)
  • pupunha (Bactris gasipaes)
  • guanandi (Calophyllum brasiliense)
  • café (Coffea sp.)
  • citros como a laranja e o limão (Citrus sp.)
  • cacau (Theobroma cacao)
  • cupuaçu (Theobroma grandiflorum)
  • mandioca (Manihot esculenta)
  • banana (Musa spp.)
  • milhos brasileiros
  • capim como forro de pasto (Brachiaria brizantha, B. decumbens ou B. ruziziensis)

Se você quer aprender mais sobre técnicas de cultivo do mogno africano, acompanhe as atualizações do Blog do Mogno, do Viveiro Origem. Fazemos parte da Associação Brasileira de Produtores de Mogno Africano (ABPMA) e fornecemos mudas clonais e seminais da melhor qualidade para o seu investimento.

A definição do espaçamento entre as mudas, na hora de plantar madeiras nobres, está diretamente ligada ao resultado do seu investimento. Por isso, neste artigo, vamos explicar quais são os fatores a se considerar na hora de tomar essa decisão e qual o espaçamento recomendado pela nossa equipe aqui, no Viveiro Origem.

É importante ressaltar que a escolha do espaçamento de plantios ainda é uma questão bastante discutida entre produtores e estudiosos do mogno africano. Não existe uma distância ideal para todos os casos. A densidade da sua floresta vai depender de outras questões que você precisa responder sobre o seu investimento no mogno:

  • Qual o objetivo do seu empreendimento?
  • Qual espécie de mogno será utilizada?

>> Entenda a polêmica em torno da classificação das espécies de mogno africano no Brasil!

  • Qual o manejo adotado?
  • Quais as condições do solo, relevo e do clima da fazenda onde a floresta será plantada?

Todos esses fatores são importantes para a definição do espaçamento e a distância entre as árvores de mogno interfere em resultados como o diâmetro do tronco dos indivíduos e o tempo de fechamento de copa.

O diâmetro dos troncos é um parâmetro importante a se considerar se você quer investir no mogno africano com o objetivo de vender produtos madeireiros finais de alta qualidade. Quanto mais antigas as árvores e maior o espaçamento entre elas, maior a largura e, consequentemente, a quantidade de madeira de qualidade obtida por árvore no momento do corte final. 

No entanto, vale lembrar que esse resultado também implica em uma demora maior para obter retorno do investimento inicial. Árvores largas exigem mais tempo de crescimento antes do corte para a venda. Se você quer um retorno mais rápido, pode ser interessante fazer cortes de desbastes.

Os desbastes são cortes feitos em árvores de mogno jovem para favorecer os indivíduos que se desenvolveram melhor até o momento, deixando mais espaço para eles e diminuindo a competição pelos nutrientes do solo, iluminação e água. Mesmo sabendo que o mogno ainda é uma cultura nova no Brasil do ponto de vista comercial, já existem  demandas de mercado para o mogno jovem.

Essa pode ser uma forma de obter algum retorno antes do corte final das árvores. Obviamente, o valor da madeira, nestes casos, é  inferior ao atingido pela madeira do corte final. Descubra quais as perspectivas de mercado do mogno neste outro artigo! 

Já o fechamento de copa é o que acontece quando as partes aéreas do mogno (compostas pelos galhos e folhas) são densas e largas o suficiente para sombrear a maior parte do solo da floresta. Esse processo é mais rápido quando o espaçamento entre as mudas é menor.

O sombreamento provocado pelo fechamento de copa do mogno prejudica a fotossíntese de outras plantas mais baixas. Logo, quanto mais cedo ocorrer esse fechamento, menores serão os gastos para evitar a matocompetição, ou seja, para evitar que outras plantas entrem na competição pelos nutrientes do solo necessários para o desenvolvimento do mogno.

Em espaçamentos maiores, o controle da matocompetição se estende por um período maior e deve ser tratada com bastante seriedade pelos plantadores de mogno, já que as raízes do mogno são rasas e a grande incidência de mato no plantio pode prejudicar o desenvolvimento e nutrição da floresta.

Assim, na prática, existem três possibilidades de espaçamentos de plantios de mogno:

  1. Espaçamento menor, ou seja, mais adensado, normalmente de 2 x 3 metros a 4 x 4 metros: garante um fechamento de copa mais rápido e é para quem deseja fazer cortes seletivos de desbaste quando as plantas entrarem em competição, o que costuma acontecer de 4 a 12 anos de idade (número de desbastes dependerá da evolução da floresta), e um corte final na idade adulta das árvores. O destino da madeira mais fina dos primeiros desbastes pode ser um complicador, além dos elevados custos de manejo e desbastes presentes em uma floresta mais adensada;
  2. Espaçamento intermediário, normalmente de 3 x 6 metros a 6 x 6 metros: terá um fechamento de copa não tão precoce como nos plantios mais adensados e demandará um ou dois cortes seletivos de desbaste antes do corte final, quando as plantas entrarem em competição, o que costuma acontecer entre 5 e 10 anos de idade (número de desbastes dependerá da evolução da floresta). O destino da madeira de desbaste dependerá da qualidade da madeira extraída, mas já poderá apresentar boas características para absorção pelo mercado como “mogno jovem”; 
  3. Espaçamento maior desde a primeira implantação, normalmente acima de 8 X 8, podendo chegar a 10 x 10 ou 12 x 12: indicado para obtenção de maior aproveitamento industrial da madeira no final do ciclo. Neste caso, os desbastes seriam raros e deve-se tomar cuidado com exposição da floresta a ventos fortes, já que com maior espaçamento as árvores estariam mais vulneráveis, Barreiras de proteção com árvores (eucalipto, por exemplo), podem ser uma opção.

Aqui, no Viveiro Origem, recomendamos o espaçamento mínimo de 3 x 6 (para futuro 6 x 6 e 12 x 12) ou 5 x 5 metros (para futuro 10 x 10) em cultivos de Khaya grandifoliola.

Estes espaçamentos são ideais para se obter um melhor aproveitamento do produto madeireiro, em termos de qualidade e quantidade de madeira por hectare, com possibilidade de retorno de parte do investimento no curso do plantio, além de menos custos com desbastes e com mais possibilidade de destinação nobre da madeira de desbaste. O resultado seria uma floresta com densidade inicial de 400 a 555 plantas por hectare (10 mil m²).

>> Acesse nossa calculadora on-line e veja qual seria o provável rendimento da sua floresta de mogno nessas condições!

Para que as suas florestas de mogno africano produzam madeira de qualidade e quantidade compatíveis com a expectativa do mercado, é preciso se atentar aos métodos empregados durante o cultivo. No Brasil, as técnicas de irrigação exigem ainda mais atenção, já que parte das áreas cultiváveis podem ter deficiência hídrica para o cultivo do mogno africano.

A irrigação fornece a água suplementar que a árvore precisa para que essa deficiência não prejudique o funcionamento do seu metabolismo. Para quem quer investir no mogno africano nas mais diversas condições climáticas brasileiras, vamos explicar, neste artigo, a técnica de irrigação localizada, seus diferentes tipos e vantagens comprovadas para o bom desenvolvimento da sua floresta.

Quando a irrigação é necessária?

Em regiões com índice pluviométrico acima de 1.200 mm, bem distribuídos ao longo do ano, a irrigação pode não ser necessária. Mas, quando a precipitação acumulada é inferior a 1.200 mm e / ou inconstante ao longo do ano, havendo muitos meses de seca, é aconselhado ter um sistema de irrigação para sua floresta, especialmente nos dois primeiros anos de implantação da floresta, seja de funcionamento constante ou apenas nos períodos secos, de acordo com a necessidade observada.

O que é irrigação localizada?

Para definir qual o melhor método de rega artificial para a sua floresta, é importante fazer uma análise profissional das condições do solo, topografia e clima. Recomendamos que você procure um especialista. Optamos por abordar, aqui, o sistema mais comum em florestas de mogno africano, que é a irrigação localizada.

Esse método consiste na aplicação direta de água na região onde a muda foi plantada, irrigando as raízes da planta com pequena intensidade. Ele pode ser feito por superfície, com a técnica de gotejamento (mais utilizada), ou por microaspersão, simulando uma chuva e umidificando não só o solo, mas também a planta. Ainda é possível a irrigação de salvamento, feita com a utilização de carros pipa, mas que pode gerar custos superiores aos de uma irrigação convencional a depender do tamanho do plantio e volume de água utilizado.

Sistema de irrigação de gotejamento em mudas de mogno africano, pequenas, com poucas folhas, em um terreno com terra alaranjada. Um tubo preto permite a irrigação por gotas e a terra em volta das mudas está molhada.

Sistema de irrigação de gotejamento.

Sistema de microaspersão, no qual uma haste sustenta um dispositivo que libera água em pequenas gotículas sobre uma plantação rasteira, com o sol ao fundo, se pondo atrás da montanha.

Sistema de microaspersão

Quais as vantagens da irrigação?

Um estudo conduzido, a partir de 2012, pela UFG, com mudas jovens de mogno e irrigação localizada por gotejamento e microaspersão, em Bonfinópolis (GO), concluiu que a altura de plantas irrigadas pode crescer até 25% mais do que as não irrigadas. Já o diâmetro da planta pode ser até 24% maior aos 20 meses de idade (Fonte: REIS, C. F.; DE OLIVEIRA, Edilson Batista; SANTOS, Alisson Moura. Mogno-africano (Khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil. Embrapa Florestas-Livro científico (ALICE), 2019).

O gráfico a seguir evidencia a importância da irrigação para o crescimento das mudas de mogno nos primeiros dois anos após o plantio. É possível observar que os resultados começam a ser vistos em setembro de 2012, ou seja, quatro meses após o início da rega artificial, o que indica que as plantas que não foram irrigadas sentiram mais o transplantio e demoraram mais a se desenvolver.

gráficos que mostram Dados médios de crescimento de plantas de Khaya ivorensis - atual Khaya grandifoliola (altura total, altura de fuste, diâmetro do coleto e diâmetro à altura do fuste), dos dois aos vinte meses no campo, em Bonfinópolis, GO.

Dados médios de crescimento de plantas de Khaya ivorensis – atual Khaya grandifoliola (altura total, altura de fuste, diâmetro do coleto e diâmetro à altura do fuste), dos dois aos vinte meses no campo, em Bonfinópolis, GO.
* Fuste: distância entre o solo e as primeiras ramificações e folhas. DAP: diâmetro a 1,30 metros de altura em relação ao solo.
(Fonte: REIS, C. F.; DE OLIVEIRA, Edilson Batista; SANTOS, Alisson Moura. Mogno-africano (Khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil. Embrapa Florestas-Livro científico (ALICE), 2019).

 

Assim, podemos concluir que a irrigação localizada pode ser um fator importante para o bom estabelecimento das mudas e também para um crescimento satisfatório do mogno africano, especialmente nos primeiros dois anos de plantio, em várias regiões brasileiras, como no cerrado, por exemplo, que tem invernos bastante secos.

Entretanto, quando for começar sua floresta, lembre-se de analisar outros fatores importantes para o bom desenvolvimento das árvores. A escolha do viveiro é algo a se considerar para obter mudas de qualidade. Se você ainda não conhece o Viveiro Origem, confira aqui os nossos vídeos!

A certificação florestal é um atestado de que os produtos florestais foram obtidos por meio de práticas sustentáveis, sem a geração de passivos indesejáveis, ou seja, de impactos negativos do ponto de vista econômico, ambiental ou social. Se você quer investir no plantio de madeiras nobres, a certificação é um passo importante para garantir o sucesso do seu empreendimento. Neste artigo, vamos explicar o porquê, e o que você precisa fazer para obtê-la.

Primeiramente, vale ressaltar que a certificação florestal é uma forma de reconhecer e valorizar produtores e empreendedores que buscam um desenvolvimento sustentável e garantir aos compradores e consumidores finais que eles não estão admitindo passivos em suas aquisições.

Fazer a certificação florestal é um investimento que pode parecer alto. No entanto, no mercado global, ela já é uma exigência frequente. A tendência é que o mercado do mogno africano no Brasil siga esse padrão. Logo, certificar o plantio deixa de ser um diferencial e passa a ser considerada, na prática, um item obrigatório para muitos compradores.

Mas as vantagens de fazer a certificação são muitas. As normas podem parecer muito extensas e elaboradas, mas a verdade é que a maioria dos pequenos produtores já cumpre grande parte do que é exigido antes mesmo de buscar a certificação.

Confira a lista de vantagens a seguir e entenda como seu investimento será recompensado:

A certificação oferece auxílio na gestão do negócio florestal!

As normas da certificação funcionam como um guia de boas práticas que você pode seguir para gerir seu empreendimento e aumentar as chances de sucesso.

Você garante que seu produto final não terá prejudicado o meio ambiente.

A certificação garante a conservação dos recursos naturais e a ausência do desmatamento. Produzir madeiras nobres de forma sustentável já é uma grande vantagem por si só, mas essa é também uma garantia de que seu produto final vai agradar o mercado: a preocupação ambiental é uma tendência e as pessoas evitam, cada vez mais, consumir produtos que prejudicam o planeta. 

A certificação te estimula a manter indicadores de performance, fazer um monitoramento frequente da fazenda e executar planos de ações mais apropriados ao negócio.

O investimento na certificação pode funcionar como um estímulo para que você e toda a sua equipe mantenham boas práticas de gestão durante todo o processo de plantio, cultivo, desbaste e venda do mogno africano.

Seus produtos florestais terão um valor mais alto no mercado.

Tecnicamente, não existe nenhuma norma na certificação florestal que indique a cobrança de preços mais altos no produto final. No entanto, produtos certificados têm preços melhores, uma vez que a sustentabilidade agrega valor para o consumidor, inclusive para o mogno jovem.

>> Perspectivas de mercado para o mogno jovem: descubra como essa madeira pode ser utilizada aqui!

Além disso, o preço final da madeira considera o custo na produção. Na prática, produtos certificados têm mais valor, já que o custo de produção da madeira certificada é maior.

Você terá produtos competitivos para exportação e mais chances de fidelizar clientes

O mercado estrangeiro exige rastreabilidade total e ausência de passivos de produtos florestais. Logo, a certificação florestal é uma forma de tornar seus produtos aptos para a exportação. Assim você também promove a fidelização dos compradores, que ficarão satisfeitos com a qualidade do produto adquirido da sua fazenda.

Quais os tipos de certificação florestal no Brasil?

Existem diversos sistemas de certificações ou selos que oferecem garantias diferentes. Vamos falar aqui sobre os dois sistemas disponíveis mais relevantes no mercado e que têm boa aceitação mundial: o Forest Stewardship Council (FSC); e o Programme for the Endorsement of Forest Certification Schemes (PEFC) – Certificação Florestal (CERFLOR).

Essas certificações exigem performances semelhantes, mas funcionam de formas diferentes. O brasileiro CERFLOR é reconhecido pelo internacional PEFC, que o permite identificar seus produtos como tal. A certificação é de responsabilidade do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e os processos são conduzidos pela Coordenação Geral de Acreditação (CGCRE) do Inmetro, que atua como o orgão de acreditação.

O Sistema FSC assume a liderança no mercado por garantir a participação equitativa de todos os seus associados nas tomadas de decisões. Ele também tem um conjunto de normas mais robusto. O FSC credencia e autoriza seus certificadores a conduzirem processos de certificação. Suas exigências incluem:

  • questões fundiárias (legalidade do terreno);
  • respeito ao direito dos trabalhadores;
  • respeito aos direito das comunidades tradicionais do entorno do plantio;
  • uso múltiplo da floresta;
  • redução de impactos ambientais;
  • plano sustentável de manejo e gestão do plantio e melhores práticas operacionais;
  • realização de monitoramentos operacionais e socioambientais;
  • conservação de atributos de alto valor da fauna e flora local.

Ficou com dúvidas sobre qual selo escolher? Acompanhe o passo a passo para obter a certificação e descubra como optar pela melhor alternativa para o seu investimento!

Como obter a certificação em 4 passos

1) Defina o escopo da certificação, ou seja, a abrangência.

Você precisa ter clareza se irá certificar somente uma parte ou toda sua produção, seja florestal ou de processamento dos produtos.

2) Defina o arranjo da certificação: você vai passar pelo processo de forma individual ou em cooperação com outros empreendedores com negócios semelhantes?

Deixamos aqui nossa dica para pequenos produtores: optar pela certificação em grupo pode baratear o processo, uma vez que a cooperativa pode dividir os custos de prestadores de serviço e consultores. Os envolvidos também podem compartilhar e trocar conhecimentos, orientações e oportunidades, e se apresentarem, juntos, como um fornecedor mais competitivo no mercado.

3) O próximo passo é diagnosticar seu nível de cumprimento da certificação.

Aqui, é feita uma avaliação dos seus métodos de produção para verificar quais procedimentos exigidos pelos sistemas a sua fazenda já cumpre.

Neste momento, pode ser interessante contratar uma consultoria e avaliar as diferentes exigências dos sistemas de certificação. Assim, você descobre para qual selo sua produção está mais apta.

Mas este não deve ser o único fator por trás da escolha do selo. Lembre-se de considerar também a aceitação no mercado e a conformidade com os seus objetivos de venda no futuro.

4) Agora é hora de escolher um certificador.

É importante que você analise perfis, propostas e cotações de cada um dos certificadores e alinhe, com o profissional escolhido, todo o cronograma de prazos de cumprimento das exigências.

Florestas sustentáveis são indispensáveis para um desenvolvimento saudável e o progresso da sociedade como um todo. O mercado de madeiras nobres, assim como o meio ambiente, só tem a ganhar quando negócios florestais passam a ser promotores de impactos socioambientais positivos. Invista nessa ideia! Nós, do Viveiro Origem, queremos ser o seu parceiro nesse empreendimento. As melhores mudas de mogno africano estão aqui!

Segundo a Food Agricultural Organization (FAO), uma das agências da Organização das Nações Unidas (ONU), a demanda global por madeira em tora aumentou 37% no período de 1990 a 2017. Há espaço para a plantação de madeiras nobres. Mas você já se perguntou que tipos de demandas são essas?

Existem vários usos para as cascas, folhas, frutos, sementes e madeira do mogno africano. Estudos comprovam que o extrato da casca da árvore do mogno, por exemplo, tem propriedades medicinais, podendo ser utilizado até mesmo no tratamento da malária. Como o uso dessas outras partes da árvore ainda é pouco explorado no Brasil e a venda da madeira é o principal foco dos produtores, vamos falar mais sobre a demanda madeireira.

A madeira do mogno africano é historicamente valorizada pela sua beleza e características tecnológicas. Ela tem um tom marrom rosado escuro e é fácil de ser trabalhada, o que a torna ideal para a carpintaria. Por isso, em geral, a madeira do mogno costuma ser utilizada para a confecção de móveis, de instrumentos musicais, construção naval e de interiores. 

As características de densidade e tonalidade da madeira de mogno africano podem variar, influenciando na utilização de cada uma. Confira, a seguir, as finalidades mais comuns para a madeira do mogno de espécies diferentes.

Usos mais comuns das espécies de mogno africano:

  • Khaya anthotheca: esta espécie é conhecida como mogno-branco. Sua madeira é empregada popularmente na fabricação de móveis, pisos, painéis, lâminas e construção de barcos e canoas.
  • Khaya grandifoliola: conhecida como mogno-da-folha-grande, é adequada para carpintaria, marcenaria, móveis e laminação decorativa, mas também para construção leve, incluindo pisos e acabamentos, ou instrumentos musicais, brinquedos, artesanatos, entalhes, utensílios domésticos etc.
  • Khaya ivorensis: popularmente chamada de mogno-vermelho, também é utilizada na movelaria e em pequenos objetos, mas seus usos mais comuns são para estruturas de janelas, painéis, escadas e portas. Pode ser usada tanto em construções leves quanto pesadas.
  • Khaya senegalensis: tem usos semelhantes aos citados para a Khaya ivorensis e é indicado para produção de assoalho e construção leve. Também pode servir para carpintaria, marcenaria, móveis, construção naval e lâminas decorativas. É adequada para construção, pavimentação, acabamento interno, carrocerias de veículos, brinquedos, fabricação de dormentes, peças torneadas e madeira para celulose.

Fonte: REIS, C. F.; DE OLIVEIRA, Edilson Batista; SANTOS, Alisson Moura. Mogno-africano (Khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil. Embrapa Florestas-Livro científico (ALICE), 2019

>> Por que o mogno-africano já pode ser considerado a madeira do futuro? Contamos os motivos neste outro post!

Perspectivas de mercado para o mogno jovem

No Brasil, o plantio de mogno ainda é considerado recente e as espécies mais plantadas são a Khaya grandifoliola e a senegalensis. Pelo fato de ainda termos poucos plantios antigos, é difícil encontrar árvores antigas com troncos muito largos e a maioria destas árvores estão no norte do Brasil.

Vale ressaltar que uma largura menor da árvore no momento do primeiro corte para venda, chamado de desbaste (ou mogno jovem), não reduz as possibilidades de uso. Esse primeiro corte consiste na remoção de algumas árvores da floresta para garantir espaço para o aumento da produção de madeira das remanescentes.

São várias as perspectivas mercadológicas para o mogno jovem, obtido nesse desbaste. A Associação Brasileira de Produtores de Mogno Africano (ABPMA) faz, inclusive, trabalhos com designers brasileiros de móveis que utilizam a madeira nas suas peças. Essa parceria já rendeu móveis premiados. Foram utilizadas, também, as raízes do mogno, para confeccionar peças únicas de grande valor para o mercado moveleiro.

Outros destinos para o mogno jovem vêm sendo testados e divulgados por meio de participação em feiras/mostras nacionais e internacionais, como forma de mostrar ao grande mercado consumidor as propriedades desta nobre madeira que o Brasil tende a ser grande produtor. Veja os exemplos nas imagens, fornecidas pela ABPMA (Fonte: REIS, C. F.; DE OLIVEIRA, Edilson Batista; SANTOS, Alisson Moura. Mogno-africano (Khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil. Embrapa Florestas-Livro científico (ALICE), 2019):

Guitarra e contrabaixo de madeira de mogno africano feitos pelo luthier Sânzio Brandão

Guitarra e contrabaixo feitos pelo luthier Sânzio Brandão

 

Escrivaninha laminada com mogno africano dos designers Juliana Vasconcelos e Matheus Barreto

Escrivaninha laminada com mogno africano dos designers Juliana Vasconcelos e Matheus Barreto

Poltrona de madeira retorcida feita a partir das raízes do mogno africano pelo designer Hugo França

Poltrona feita a partir das raízes do mogno pelo designer Hugo França

 

Móveis feitos a partir do mogno africano, dos designers Paulo Alves (aparador) e Maurício Azeredo (banco).

Móveis feitos a partir do mogno africano, dos designers Paulo Alves (aparador) e Maurício Azeredo (banco).

No Brasil, em 2018, foi estimada uma área plantada de cerca de 37 mil hectares de mogno africano. A expectativa é de que essa área aumente. Afinal, o mogno se adapta muito bem a países tropicais e a demanda por madeira de qualidade cresce a cada ano.

O que o grande mercado consumidor interno e externo de madeiras nobres procura é por volume e continuidade no fornecimento de madeira, o que, em breve, os produtores de mogno africano no Brasil poderão oferecer, com os desbastes e com os cortes finais das florestas de mogno já plantadas e em implantação pelo país.

Investir em madeira nobre é, sem dúvida, um ótimo investimento, pois, além de valorizar de imediato a propriedade na qual o plantio é feito, promete um retorno financeiro elevado quando comparado às aplicações financeiras convencionais (conservadoras ou moderadas), mesmo considerando as projeções mais conservadoras feitas para o mogno.

Quanto vale uma árvore de mogno africano?

O valor final da madeira dependerá de vários fatores, como, por exemplo, formato da venda (madeira em pé, madeira em tora, madeira serrada e seca ao ar livre ou em estufa, produto final beneficiado). Obviamente, cada etapa do processo implica em custos, mas tende a agregar valor ao produto final oferecido ao mercado.

Quando se pensa em investir em madeira nobre, muitos questionam o fato de o prazo parecer longo, visto que o corte final acontecerá após os 16 anos do plantio. Avaliamos este retorno de forma diferente, visto que a floresta plantada em uma propriedade rural agrega valor ao imóvel e cria novas possibilidades de mercado talvez não imaginadas em um primeiro momento. Como exemplos, podemos citar:

  • venda antecipada da madeira para investidores;
  • projetos de crédito de carbono ou de compensação florestal;
  • valorização da fazenda imediatamente após o plantio.

Além disto, o plantio de florestas tem um papel importante na pauta de desenvolvimento sustentável da economia, pois evita o comércio ilegal de madeiras nativas e pode ser usado para recompor áreas degradadas.

Iniciar um plantio de mogno africano não precisa ser difícil. Não é necessário ter uma licença e você encontra mudas clonais e seminais de qualidade aqui, no Viveiro Origem. 

Quer saber quanto você pode ganhar, aproximadamente, com o seu investimento? Use nossa calculadora on-line!

Desde que o mogno africano começou a ser cultivado no Brasil, alguns agentes causadores de doenças foram se adaptando a esta nova espécie exótica. Por isso, quem tem interesse em investir no plantio do mogno africano precisa estar atento às doenças e insetos que podem causar danos às árvores e cuidar para minimizar ou evitar estes danos. 

 

Vale ressaltar que, em geral, os relatos de pragas que prejudicam cultivos de espécies de mogno africano no país ainda são, relativamente, poucos. Mesmo assim, o monitoramento dos insetos presentes no plantio é fundamental para acompanhar o crescimento do número de agentes capazes de afetar a espécie.

 

Com base nos capítulos escritos por Edson Luiz Furtado, Lucas Antonio Benso, Alexandre Mehl Lunz e Cristiane Aparecida Fioravante Reis, do livro Mogno-africano (Khaya spp.): atualidades e perspectivas do cultivo no Brasil, publicado pela Embrapa em 2019, vamos explicar, neste artigo, quais os sintomas e as medidas de manejo necessárias para lidar com as pragas do mogno detectadas no Brasil. 

 

Problemas causados por fungos

 

  • Podridão Branca ou murcha letal

Esta doença é causada por um fungo que habita as florestas brasileiras, por isso, tem alta incidência em plantios de mogno feitos em locais anteriormente cobertos por florestas. Solos sujeitos ao encharcamento das raízes também facilitam o processo infeccioso.


Ele causa o
amarelecimento de toda a copa da árvore, seguido da sua murcha e seca. As raízes adquirem coloração esbranquiçada e amarelada. Para controlar esta praga, é necessário arrancar e queimar as partes das raízes afetadas e tratar o local com fungicida. Para prevenir, é importante evitar o encharcamento do solo, facilitando a evaporação e a drenagem da água nas áreas de plantio.

 

  • Cancro do córtex 

 

Este fungo forma colônias, inicialmente brancas, mas que se tornam pretas com o tempo, nos troncos do mogno africano. As colônias podem causar lesões nas cascas da árvore e até grandes áreas de descolamento e necrose. Para controlar a praga, os tecidos doentes precisam ser raspados e a área deve ser tratada com fungicida ou com produtos diluídos à base de triazol+estrubirulina. 

 

  • Rubelose ou mal rosado

 

Causada por um fungo que gera lesões de coloração rosada. Por baixo da crosta rosa, acontecem sulcos e rachaduras nos galhos e troncos doentes. O controle desta praga é feito por meio da poda dos ramos afetados ou da retirada das partes afetadas da casca. Em seguida, aplica-se uma mistura de tinta látex, triazol e estrubirulina para selar os ferimentos. 

 

  • Murcha de ceratocystis

 

Esta doença é causada por um fungo que acomete ferimentos abertos no processo de poda das árvores. Ele obstrui os vasos de seiva da planta, provocando a murcha e seca da parte aérea dos indivíduos em níveis avançados da doença. Outro sintoma é o vazamento da seiva por rachaduras nos troncos afetados.

 

Ainda não foi bem estudado o uso do controle químico para esta doença. Por isso, a melhor forma de controle é a remoção e destruição das árvores doentes, para impedir que elas transmitam a infecção às árvores vizinhas. Para prevenir a doença, é importante manter os instrumentos de poda higienizados e aplicar fungicidas em ferimentos abertos, para evitar a entrada do fungo. 

 

  • Mancha areolada

 

O fungo responsável por esta doença causa manchas arredondadas nas folhas jovens do mogno. As manchas têm centro esbranquiçado e bordas cor de vinho, mas podem se tornar amarronzadas e necróticas com o amadurecimento da folhagem. Para plantas em fase de viveiro, é possível tratar com a aplicação de fungicidas que contenham Pencycuron, quinzenalmente. 

 

  • Mancha foliar de Cylindrocladium

 

Este fungo causa lesões necróticas marrom-escuras em folhas de todas as idades, mas principalmente nas mais jovens. As folhas não caem com facilidade. Permanecendo na planta, elas geram novas infecções. Não existem recomendações de manejo dessa doença, mas ela pode ser evitada com a higienização dos insumos e equipamentos. 

 

  • Mancha alvo

 

As manchas causadas pelo fungo nesta doença são escuras, com halo púrpura e centro mais claro. Elas podem causar a queda das folhas afetadas. Também não existem recomendações de tratamento específicas para o mogno africano, mas para outras plantas, são recomendadas pulverizações de fungicidas.

 

  • Broca do ponteiro

 

Este inseto foi o responsável pela inviabilidade de monocultivos comerciais do mogno brasileiro no país. Foi essa limitação que motivou a introdução de espécies africanas do mogno por aqui. No entanto, já existem alguns relatos da incidência desta praga em espécies do mogno africano também. Por isso, vale ressaltar que a crença de que a broca do ponteiro não afeta as espécies exóticas é um mito. 

 

As larvas atacam a região apical das árvores, causando uma ramificação excessiva e a depreciação da madeira ou a mortalidade da planta. Ela também causa danos em frutos e sementes, impedindo a produção de mudas a partir do indivíduo afetado. Técnicas como o sombreamento das árvores, o plantio misto e a remoção de rebentos laterais podem reduzir os danos.

 

  • Mosca negra do citros

 

Este inseto suga a seiva de folhas novas das árvores, enfraquecendo a planta. Neste processo, a mosca ainda pode transmitir fungos para o mogno, e a combinação dos dois agentes pode causar uma redução no crescimento das plantas mais jovens, o que aumenta o tempo de corte da árvore. Ainda não há estudos que detalham o combate desta praga no mogno africano. 

 

  • Broca do alburno

 

As larvas da broca do alburno constroem galerias no tronco das árvores, o que prejudica a futura venda da madeira. As perfurações enfraquecem os troncos, por isso, eles ficam mais suscetíveis a quebras causadas por ventos fortes. Também não há estudos que detalham o combate desta praga, por enquanto.

 

  • Formiga cortadeira

 

 Esta formiga pode fazer ninhos em plantações de mogno africano e cortar as folhas das árvores. Para combatê-las, pode-se usar iscas formicidas nas plantações. O ideal é começar com as práticas de controle antes mesmo do plantio e seguir fazendo vistorias frequentes à medida que as plantas se desenvolvem. 

 

  • Coleobrocas ou brocas do tronco

 

Esse tipo de inseto costuma atacar troncos de árvores mortas ou moribundas, mas já foram registrados casos em árvores saudáveis que passaram pela prática da desrama. As galerias feitas pelo inseto não só enfraquecem os troncos como permitem a penetração de um fungo manchador, o que pode prejudicar ainda mais a qualidade da madeira. 

 

Para combater essa praga, deve-se recolher do plantio e destruir todo o material vegetal proveniente da desrama, para evitar o aumento populacional das brocas. 

 

  • Cochonilhas

 

As cochonilhas são insetos que atacam folhas e ramos das plantas, causando a morte da gema apical e o corrugamento das folhas. Às vezes, podem interagir de forma simbiótica com formigas. Podem ser combatidas com aplicação de óleo mineral, piretróides e emulsificantes.

 

  • Psilídeos

 

São insetos semelhantes a pequenas cigarras que podem colaborar para a infecção por fungos no mogno africano, resultando em queda e escurecimento das folhas. Dependendo da espécie, podem se formar galhas nas folhas e na base de ramos novos, resultando em uma alta densidade de galhas, e pode ocorrer também retardo no crescimento das plantas.  

 

  • Gafanhotos

 

Os gafanhotos abrem orifícios nas folhas para botar seus ovos. Isso facilita com que as folhas quebrem, caem ou sequem. O resultado é um estresse pela perda de folhas e ramos, além de deformações na planta quando o ataque acontece na região apical, o que pode comprometer seu desenvolvimento retilíneo

 

Ao primeiro sinal de ataque, devem ser cortados e queimados os materiais vegetais com posturas de ovos, sejam folhas, ramos ou partes da região apical das árvores, quinzenalmente. 

 

  • Irapuá ou abelha-cachorro

 

Essas abelhas atacam brotações novas do mogno, causando a queda dos pecíolos, os pequenos caules que sustentam as folhas. A fotossíntese fica prejudicada, e o resultado pode ser a atrofia ou a superbrotação das plantas. 

 

Para controlar o problema, pode ser feito o remanejamento das colmeias localizadas próximas aos plantios. Para localizar a colônia, basta observar a direção do voo das abelhas. 

 

  • Brocas do pecíolo

 

Esses insetos também prejudicam o pecíolo das folhas do mogno, tornando-os escuros e quebradiços, em folhas de todas as idades. As folhas ficam murchas, secas e mais suscetíveis ao dano interno causado por um fungo simbionte, que chega até a planta carregado pelo inseto. É importante retirar e queimar as folhas danificadas pelo inseto e aplicar inseticida fosforado por meio de pulverizações para combater a praga.

Quando falamos de investir no plantio de madeiras nobres é preciso levar em conta alguns outros fatores, além da escolha entre mudas clonais e seminais. É importante optar por um fornecedor que tenha um controle de qualidade rigoroso e um cuidado especial com as plantas.

Aqui, no Viveiro Origem, por exemplo, não vendemos sementes. Trabalhamos com foco nas melhores mudas clonais e seminais do mogno africano. Entenda, neste artigo, como funciona cada etapa de preparação das nossas mudas!

1. Fazemos a escolha das melhores sementes e matrizes


Selecionamos os melhores produtores de sementes com plantios consolidados e critérios de coleta de sementes estabelecidos. As matrizes que compõem os jardins clonais do Viveiro Origem passam por uma seleção criteriosa de mudas com características superiores para que possamos proporcionar melhor produtividade e qualidade nas florestas plantadas, o que já vem sendo comprovado por meio dos plantios de nossos clientes espalhados por todo o Brasil. Temos investido, pesadamente, na propagação e seleção genética de nossas matrizes.


2.      As mudas passam por um período de adaptação.


Depois de saírem das estufas, as mudas clonais passam por um período de crescimento e adaptação em áreas cobertas por sombrites. Antes de irem para os clientes, tanto as mudas clonais quanto as mudas seminais passam por um período final chamado de rustificação, para que estejam aptas ao plantio. Nesta fase, também é feita uma seleção com base em um rigoroso controle de qualidade.


3.      Cuidamos para que o transporte não danifique as plantas.


Temos um veículo próprio e adaptado para o transporte das mudas até o local de plantio. Garantimos, assim, a qualidade das plantas no momento da entrega. Fazemos entregas para todo o Brasil com valores bastante competitivos.

VÍDEO: Como plantar uma muda de mogno africano?


O viveiro Mudas Origem é especializado em mudas clonais da espécie Khaya grandifoliola e integrante da Associação Brasileira dos Produtores de Mogno Africano (ABPMA). Conheça a nossa história!

YouTube player